Ir até o fim!
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Autor Paulo Salvio Antolini
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 1/21/2013 11:43:20 AM
Ir até o fim!
Saber o que se quer é a condição básica para se ir até o fim, mas não a única. Quantas coisas você já iniciou e abandonou? Quantos cursos, tentativas de atividades profissionais ou mesmo romances?A quantidade de pessoas que não sabem o que querem ou, mesmo sabendo, não se acreditam capazes de realizá-lo é muito grande. Em todos os lugares e segmentos encontramos um tipo de atendimento que deixa muito a desejar, isso porque estou sendo delicado ao me expressar, pois muitas vezes somos tratados com a hostilidade de quem deveria carregar a "culpa" da insatisfação alheia.
A falta de definições, o "querer a qualquer custo", já são algumas das condições que estão movendo as pessoas e fazendo com que o sucesso fique cada vez mais distante delas. Percebemos que as pessoas iniciam algo já sem convicção do que realmente querem e logo percebem que não é nada disso e muda para outra coisa, e assim por diante.
Outros se tornam verdadeiros "tratores" no alcance daquilo que acham ser o que os realizará e, literalmente, atropelam: passam por cima de regras, normas e pior, pessoas. Os que não são excluídos nessa jornada e pensam que atingiram seus objetivos não têm condições de se manterem aonde chegaram.
Outros ainda querem, mas não seguem os passos que os levarão lá, aos seus objetivos. Tem que ser de imediato, tal qual a criança que ganha um brinquedo antes negado por seus pais e que, ao ganhá-lo, nem olha para o brinquedo, e se o faz, é com rancor, por simbolizar um não atendimento no momento em que pediu. Portanto agora, ter esse brinquedo é ter a lembrança viva da frustração. Em vez de prazer e satisfação, o objeto em questão desperta o rancor.
Dois pontos muito fortes têm se manifestado ultimamente: o primeiro é não saber o que se quer e o segundo, muitas vezes associado ao primeiro, é querer receber sem oferecer algo em troca. A clássica frase: "Ele quer emprego, e não trabalho" está mais em uso do que nunca. Todos querem ganhar, mas não querem ser responsáveis pelo seu ganho, ou seja, ter a remuneração de acordo com seu esforço e resultado.
Atuando em uma empresa onde estava sendo montada uma equipe de vendas, com remuneração diretamente voltada para o resultado, comissão e mais uma ajuda de custo, também vinculada aos resultados, surpreendi-me com o número de pessoas que, mesmo com boas condições de alcançarem rapidamente um retorno financeiro, propuseram que fosse alterada a remuneração para um salário fixo (alguns até estabelecem um salário mínimo), com diminuição da comissão.
Um médico estuda seis anos, mais dois de residência, para sair ganhando em torno de dois mil reais e permanece assim por muito tempo. Um engenheiro também. Um bom vendedor faz, em aproximadamente um ano, uma carteira que lhe possibilitará um rendimento em torno de cinco mil reais. É lógico que tem que trabalhar para isso. Assim como o médico fica no hospital ou consultório de oito a dez horas diárias, o vendedor deverá estar também visitando seus clientes por um tempo equivalente a este.
Está em fase final a remuneração fixa e a estabilidade na função. O mercado de trabalho está, cada vez mais, buscando formas de vínculos profissionais que contemplem, através do resultado atingido, a remuneração. Se ele (o resultado) não ocorre, a remuneração é baixa e mais, a possibilidade de substituição de quem não o atingiu aumenta. Injusto? Cruel? Considerem como quiser, mas saibam que o mercado está mudando e estas são as novas condições impostas.
Estamos vivendo em um mundo de riscos, não apenas em um mercado de risco. Para conseguirmos sobreviver saudavelmente entre tantas incertezas, tantas turbulências, devemos procurar nos adequar à nova era. Como? Primeiro, aceitando o fato de que as mudanças estão ocorrendo. Aceitar não significa concordar, mas dar por verdade o que ocorre e só a partir da aceitação é que se pode fazer algo para buscar alterar o quadro. Depois, buscando em nós o que possuímos de recursos, manifestos ou potenciais para enfrentar tal mundo. Todos podemos!
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