IRMÃO RENEGADO
Atualizado dia 6/26/2006 1:49:46 PM em Autoconhecimentopor Ilton Alexandre de Lemos
Juninho não completou o segundo grau e entrou para o mundo das drogas. A família sofreu, lutou e quatro anos depois lavaram as mãos com ele. Deram-lhe um desprezo nunca visto, não queriam nem ouvir falar dele. Juninho desapareceu, cumpriu 4 anos de prisão por contrabando e continuou numa vida infeliz. Quem fosse amigo, por favor, não falasse no nome dele para a família.
Entretanto, eles sabiam que Juninho havia degenerado, vivia caído pelas coxias, esfarrapado, parecendo um farrapo humano. Mas mesmo assim não queriam saber nem notícias do filho caçula.
Sayonara, a filha do meio, sonhava em ter um filho pois estava com 6 anos de casada e por deficiência do marido não conseguia engravidar. Após vários tratamentos, engravidou. A família temia ela morrer de parto pois era doente, magrinha e na infância havia dado muito trabalho com sua saúde, para os pais.
Finalmente chegou o dia do parto. Com todos os preparativos levaram Nara (como era chamada) ao hospital. Com toda a pompa ela teve uma linda garota. Quando a transportavam para casa, uma fila de carros descendo o aclive do hospital, avistaram em uma praça em frente, recostado a uma árvore, aquele vulto sujo, magro, sem dentes, sorrindo e açenando com as duas mãos, rindo de alegria pelo sucesso no parto da irmã. Como ele sabia? Sabia sim pois o sangue fala mais alto.
Texto revisado por Cris
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