JÁ FUI ROMANA, CELTA E EGÍPCIA...
Atualizado dia 30/03/2008 17:45:07 em Autoconhecimentopor Christina Nunes
Em compensação não me diz nada o Oriente, países como a China ou o Japão, ou as facções nórdicas dos Estados Unidos até o Canadá. Uma análise acurada têm-me oferecido, destarte, e à parte da predominante inclinação por tudo o que diz respeito à Itália e à sua história milenar, a convicção de que a jornada empreendida pela minha alma compreendeu também outros dos velhos países europeus; isso revela-se nas quase apagadas névoas das lembranças espirituais através da ascendência céltica presente nalgumas das minhas inclinações de forma praticamente involuntária, por entre os muitos lances do cotidiano que são de molde a quase sufocar esse tipo de sensibilidade apurada que, em não sendo devidamente nutrida, praticamente se apaga de nossa percepção consciente por debaixo do açoite impiedoso das inquietações do dia-a-dia. Haja vista, portanto, e para exemplo, a inquietante e espontânea familiaridade com a linguagem rúnica e a atração fulminante por imagens, pela música, idioma e características de culturas como a escocesa.
Neste contexto multifacetado de nosso processo evolutivo é que vamos encontrar todo o sentido mais profundo da vida e da existência humana. É fácil concluir-se, a partir dessas descobertas, que se já estagiamos em tantas culturas, terras e povos diferentes, guardando nos recessos mais secretos de nossa sensibilidade anímica o amor profundo pelas peculiaridades que já nos foram tão íntimas e familiares, nenhum propósito existe na idéia de separativismo entre povos, línguas, raças e credos. Afinal, se já "fui" romana, celta, asiática, por qual boa razão na continuidade sem fim da trajetória me sobrarão motivos para incompreensão, intolerância e qualquer tipo de rejeição para com a vasta quanto infinda extensão de meras diferenças de contexto inerentes aos povos da Terra? Diante de tantos enredos diversificados a serem considerados nas suas todas implicações, como admitir a arrogância em se arvorar superior em sendo europeus para com asiáticos, americanos para com latinos, brasileiros para com qualquer outro país da América do Sul?
Já é mais do que tempo de se abolir tal gênero obsoleto de mentalidade, se o que almejamos de fato é a co-existência pacífica entre os povos, numa nova era de tolerância, de entendimento e fraternidade entre os milhões de seres dotados do mesmo hálito vital que, no final das contas, a todos irmana em meros habitantes eventuais do mesmo e imenso barco planetário!
Amor.
Lucilla & amp. Caio Fábio Quinto
Texto revisado por Cris
Avaliação: 5 | Votos: 21
Chris Mohammed (Christina Nunes) é escritora com doze romances espiritualistas publicados. Identificada de longa data com o Sufismo, abraçou o Islam, e hoje escreve em livre criação, sem o que define com humor como as tornozeleiras eletrônicas dos compromissos da carreira de uma escritora profissional. Também é musicista nas horas vagas. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |