Jesus falava de meditação, mas poucos percebem isso




Autor Paulo Tavares de Souza
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 3/10/2025 3:16:15 PM
Quando orardes, não façais como os hipócritas, que gostam de orar de pé nas sinagogas e nas esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade eu vos digo: já receberam sua recompensa. Quando orares, entra no teu quarto, fecha a porta e ora ao teu Pai em segredo; e teu Pai, que vê num lugar oculto, recompensar-te-á. Nas vossas orações, não multipliqueis as palavras, como fazem os pagãos que julgam que serão ouvidos à força de palavras. Não os imiteis, porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes que vós lho peçais.
A reflexão sobre esse trecho do Evangelho de Mateus (6:5-8) nos leva a uma profunda conexão entre oração e meditação. Jesus ensina que a verdadeira oração não deve ser um ato público de exibição nem um discurso prolixo tentando convencer Deus de algo. Em vez disso, Ele propõe um encontro íntimo e silencioso, em que a pessoa se recolhe, fecha a porta do quarto e se volta para Deus, que está presente no mais profundo do ser.
Dessa forma, a oração ensinada por Jesus se aproxima muito da meditação. Ambas convidam à interiorização e ao abandono do desejo de controle sobre Deus. Na meditação, como na oração verdadeira, não há tentativa de manipulação ou barganha, mas sim um estado de comunhão e escuta. A ideia de que Deus já conhece nossas necessidades antes mesmo de pedirmos reforça a noção de que o essencial não está em palavras repetitivas ou pedidos insistentes, mas na entrega sincera e na abertura ao divino.
A busca de um diálogo formal, carregado de desejos pessoais, pode nos afastar da experiência da presença divina. Quando se ora ou medita com o coração em silêncio, sem exigências, sem expectativas egoicas, cria-se o espaço para que as respostas surjam naturalmente. Não porque Deus está atendendo a um pedido específico, mas porque, ao nos conectarmos com Ele dentro de nós, passamos a compreender a vida de forma mais profunda.
Jesus ensina que Deus está sempre presente e vê o que acontece no oculto. Esse oculto pode ser compreendido como o espaço interior, onde Ele habita. A verdadeira oração, assim como a meditação, não busca convencer Deus de nada, mas dissolve a ilusão da separação entre Criador e criatura. Quando atingimos essa comunhão, todas as respostas se tornam evidentes, não porque Deus as concedeu como um favor, mas porque, ao nos unirmos a Ele, passamos a ver com mais clareza.
Portanto, a distância entre oração e meditação é mínima. Ambas se tornam uma experiência de presença e entrega, na qual deixamos de lado a ilusão de que Deus está fora de nós e reconhecemos que Ele sempre esteve dentro, aguardando apenas o nosso silêncio para se manifestar.









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