Jô- Uma História de Vida (Parte II)
Atualizado dia 1/26/2007 9:29:03 PM em Autoconhecimentopor Rafaela Magalhães Lopes Souza
As meninas acabaram de entrar no meu quarto. Fica um pouco difícil escrever assim. Minhas memórias são muitas e a vontade de escrever é grande, mas elas estão me olhando com aquele olhar de "Mãe, quero conversar...". Minha caçula não esperou que eu acabasse de escrever, chegou mais próximo da minha cama e me deu uma carta:
“Mamãe,
A vida é um exercício de fé constante. Esta fase que estamos passando é mais uma prova que iremos enfrentar juntas. Precisamos estar sempre em comunhão com o Pai, acreditando Nele, com todas as nossas forças. Falamos muito na fé, mas por qualquer besteira nos desesperamos. Somos testados a todo o momento e agora não é diferente. A verdade é que, quando temos muita fé, estamos em paz, temos segurança Nele e, por isso, não há espaço para dúvidas e desespero. É preciso repensar a nossa fé. Sabemos que é difícil, mas tenho certeza de que iremos conseguir; afinal, “tudo posso naquele que me fortalece”. Deus pode tudo, Deus é a força maior que existe na vida. Deus é a própria vida. O porquê de isso tudo estar acontecendo, eu não sei. Talvez seja para nos fortalecer, nos provar que Ele está conosco em todos os momentos. Deus quer o melhor para você, porque Ele a ama. Assim como todos, muitos outros espíritos de luz e todos nós. Estamos todos juntos, numa força só, com o único intuito, sua saúde e plena felicidade. Ontem eu lhe disse que você era a melhor pessoa que eu conhecia, e não menti. O fato é que, mãe, eu não lhe disse isso achando que você não tinha defeitos... você tem, sim. Mas você tem uma força divina, você é iluminada. Quer bem a todos e sempre se esforça para fazer o melhor. Tem seus defeitos como todos nós; mas não como todos nós - e isso é o que me fascina em você e o que a diferencia dos demais - a sua facilidade de superar todos os problemas, essa “força de poder, que todos nós temos, mas que muitas vezes não percebemos”. Isto, ninguém faz melhor do que você, mãe. Continue assim, alegre e linda e, por favor, se ajude a superar isso. Vença, assim como você sempre venceu. “Dizer que eu quero que você seja feliz é muito pouco, eu sei que você vai aprender a ser feliz. Vá em frente, filha. Eu te amo”. Faço das suas, minhas palavras. Com muito amor, da sua filha caçula”.
Este texto é verídico e é sobre a história da minha mãe, Joazil Carvalho de Magalhães Lopes, falecida em 18 de agosto de 2003. Foi escrito por mim, em memória da sua vida.
Continua...
Texto revisado por Cris
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