JULGAMENTO ALHEIO
Atualizado dia 04/07/2007 09:23:15 em Autoconhecimentopor Geraldo de Souza
Desde as primeiras idades, quando a chama tênue do pensamento de justiça se acendeu no homem, ele começou a julgar os seus irmãos. Muitas vezes, o sentimento de justiça ficou empanado pelas paixões e interesses mesquinhos, levando o homem a cometer erros, punindo seu semelhante com o cerceamento da liberdade, o confisco de bens e a morte.
Nos dias atuais, prosseguimos a julgar o semelhante com todo rigor, sem estabelecer critérios e princípios básicos. Afoitos, opinamos e damos a nossa sentença tão logo a imprensa torne pública a conduta desta ou daquela criatura, embora desconhecendo detalhes e razões. E não tememos aumentar um pouco a intensidade da falta cometida, mesmo para justificar a impiedade com que julgamos e a sentença que proferimos. Por vezes, a inveja por não ter conseguido alcançar a posição social, o cargo ou a função do julgado, nos incita ainda mais ao julgamento arbitrário.
E, mesmo assim, prosseguimos a nos afirmar cristãos. Seguidores de Jesus que ensinou: "Não julgueis para não serdes julgados, porquanto sereis julgados conforme houverdes julgado os outros." Há necessidade de cultivarmos a indulgência e a empatia. A indulgência para olharmos os que erram com olhos de quem sabe que o equivocado é sempre um Espírito enfermo. Não necessita do nosso frio julgamento, mas do nosso auxílio para superar sua problemática.
A empatia, a fim de nos situarmos no lugar daquele que julgamos e nos indagarmos se fôssemos nós os julgados, como nos sentiríamos? Fosse nosso filho o julgado, como estaria o nosso coração? A questão do julgamento nos parece fácil, porque os que são trazidos à barra pública do Tribunal não passam de números. Sequer nos recordamos que são seres humanos. Mas são Espíritos imortais, exatamente como nós, e merecem receber justiça, não impiedade ou a carga das nossas frustrações.
Você sabia?
Você sabia que a autoridade para censurar está na razão direta da moralidade daquele que censura? Que, aos olhos de Deus, a única autoridade legítima é a que se apoia no exemplo do bem? E que a base da Justiça Divina se assenta na misericórdia de nosso Pai Criador?
É por esse motivo que Ele nos concede a reencarnação como bendita oportunidade de reparação de nossas faltas, ao tempo que nos faculta crescer e produzir no bem.
Fonte: Redação do Momento Espírita.
Texto revisado por Cris
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