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Krishnamurti

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Autor Marcos Spagnuolo Souza

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 9/21/2008 10:54:22 AM


Jiddu Krishnamurti viveu de 1895 a 1986 e foi considerado uma das maiores figuras no campo da filosofia e nas colocações espirituais no século XX. Dizia que não pertencia a nenhuma casta, nacionalidade ou religião, e não representava nenhuma tradição. Suas palestras e diálogos foram compilados e publicados em mais de sessenta livros e traduzido em muitos idiomas diferentes.

Para entendermos os ensinamentos de Krishnamurti temos que fazer a distinção entre ego e consciência. O ego humano é formado pela cultura que estamos inseridos e a consciência é o nosso verdadeiro ser vivendo em harmonia plena com o divino. Apenas através da consciência, que é uma energia não material, podemos realizar o encontro verdadeiro com Deus.

Salienta Krishnamurti que o ser humano não pode encontrar com o divino através de qualquer organização, através de qualquer credo, através de qualquer dogma, padre ou ritual, através de qualquer conhecimento filosófico ou técnica psicológica. O encontro com Deus somente é possível através da compreensão dos conteúdos do ego, através da observação e não através da análise intelectual ou dissecação introspectiva.

Através do ego o ser humano tem construído imagens de si próprio como que se manifestam através de símbolos, idéias, crenças. O peso dessas imagens domina o pensamento humano, seu relacionamento e sua vida quotidiana. Estas imagens são as causas dos nossos problemas jogando o ser humano um contra o outro. A percepção do ser humano através do ego é moldada pelos conceitos já estabelecidos em sua mente sendo comum a toda a humanidade. A individualidade do ego fornece ao ser humano uma cultura superficial adquirida através da tradição e do meio ambiente. A singularidade egótica elabora o indivíduo virtualizado cujo conhecimento foi adquirido através de imposições da cultura em que o ser humano está inserido. O nosso ego nunca é livre possuindo amarras profundas no sistema econômico, social, político e religioso.

A consciência é livre e a liberdade não é uma reação; liberdade não é uma escolha. Liberdade é pura observação sem medo de punição e recompensa. A liberdade não está no fim da evolução do homem, mas situa-se no primeiro passo de seu movimento em direção ao infinito. Liberdade é a observação da consciência sobre todas as atividades do ego descobrindo que o ego não possui liberdade. A liberdade é característica somente da consciência.

O ego pensa e o pensamento está inserido dentro do tempo/espaço, o pensamento é espaço e tempo. O tempo/espaço é inimigo da consciência e o ego coloca todos os pensamentos limitados pela dualidade tempo/espaço. O pensamento faz o ser humano agir dentro do espaço/tempo levando-o para o passado ou futuro não o deixando nunca no presente. Apenas a consciência, por ser atemporal e aespacial não vive no passado ou futuro e sim somente no presente agora.

Quando o ser humano se torna consciente do movimento de sua própria consciência consegue compreender as atividades do ego, pois a consciência torna-se observadora dos pensamentos do ego, das emoções e atividades egóticas e estas observações provocam profundas mutações no ser humano.

Krishnamurti nas suas observações contidas no artigo “Alegria de Viver” salienta que quando chegamos à velhice e o nosso corpo passou toda a vida sendo manipulado pelo ego nos tornamos embotados, insensíveis a existência e cada vez mais apegados a tudo que está inserido no espaço/tempo. O ego nos jogou na luta para tornarmos alguém no mundo espacial temporal nos fazendo deprimido com o passar dos anos. Os rostos das pessoas velhas e controladas pelo ego são tristes, gastos, adoentados, reservados, alheados, neuróticos e sem sorriso. O ego nos leva ao esforço que nos destrói, esforço para vencer as batalhas da vida: batalha para ter mais, batalhas para si impor, batalhas com o próximo e com a sociedade. Quando o ego desaparece e a consciência dirige o corpo tornamo-nos igual a um barco a vela que sobe o rio impelido pelo vento. O barqueiro (consciência) somente tem que guiar o barco (corpo), nenhum esforço é necessário, pois o vento (consciência cósmica) faz todo o trabalho.



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