Lei da Ação e Reação



Autor Dante Bolivar Rigon
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 3/14/2012 3:09:11 PM
Continuação 2
- Pelo convívio na sociedade maior. Imaginemos um grupo heterogêneo formado por afinidades decorrentes da necessidade coletiva de sobrevivência. Existem nesse grupo tendências altruístas, egoístas e degenerativas. Em um acontecimento social no ambiente em que o altruísta trabalha, vê-se em palestra com pessoas até agora desconhecidas, mas que comungam do mesmo ideal, sendo convidado para outro acontecimento festivo daí a alguns dias na casa de um desses convivas. Lá, conhece outros participantes e integra-se de vez nesse novo grupo afim, passando a conviver em seu seio. Acontece a mesma coisa com o antigo companheiro egoísta, que pelo mesmo caminho encontrou companheiros em cujas reuniões se dá prioridade a esse tema. E o último, vendo-se sozinho, e com seus sentimentos e pensamentos degenerados sai a esmo em busca de companhia, encontrando afins em antros menos edificantes, embora se sinta bem nessa convivência, saboreando as delícias dos envolvimentos delituosos e anti-sociais. Um evoluiu, o outro estacionou e o terceiro regrediu.
- Dentro da Lei da Evolução como fica o espírito que regrediu?
- Todos sabemos que dentro da Lei da Evolução o espírito não pode regredir, no máximo, estacionar. A regressão em nosso exemplo, não se deu na evolução espiritual, mas na acomodação das suas tendências. Pela Lei das Afinidades, esse e os outros dois situavam-se em determinado patamar movidos por necessidade de sobrevivência. O altruísta dava equilíbrio ao grupo puxando para cima o mais desajustado, e cedendo um pouco embora contrariado. No momento que se separou o equilíbrio desfez-se fazendo que o egoísta saísse pela tangente na busca de afins que se sintonizassem com suas tendências. O último, solto e só, ligou-se a quem simpatizasse com suas tendências distorcidas. Na verdade, todos se sentiram melhores, pois encontraram o ambiente que lhes era familiar.
- Nesse caso não é a sociedade que forma a tendência do indivíduo, mas o indivíduo que em sua tendência é o formador da sociedade?
- Lógico! A sociedade é instável e passível de mudanças de acordo com as tendências de seus participantes. O indivíduo traz em si os padrões adquiridos, tanto positivos e nobilitantes, como negativos e inferiores. A sociedade faz com que determinados padrões próximos se nivelem inicialmente através do comportamento e posteriormente da tendência.
- Como assim?
- A maioria das sociedades terrenas é moldada em padrões puramente econômicos e de certa forma egoísta. Em uma sociedade como a nossa, catalogamos as diversas classes pelas condições econômicas e procedimentos morais atinentes a elas próprias. Se observarmos um clube social de elite, veremos que seus sócios são tão somente os que possuem recursos amoedados mais sólidos, e o comportamento de seus membros envernizados restrito ao diapasão compatível. Mesmo que alguém tenha conseguido angariar fortuna mas não burilado suas maneiras, embora seja aceito como sócio não consegue sintonizar-se com a maioria dos consorciados que vive em um nível social mais alto e sofisticado, seja nos modos, apresentação, delicadeza, vestimenta, requinte, etc. Pouco ou nada é exigido quanto aos seus padrões morais, sua origem ou como se posicionam a essa altura em suas vidas. Desde que se portem convenientemente, não importa se são cafajestes, vigaristas, estadistas, filantropos, ou de elevadíssimo nível moral. Importa a posição social. Alguém que não possua os requisitos básicos simplesmente é rejeitado, mesmo sendo um expoente em moralidade. E a esse padrão não se atêm apenas os clubes sociais, mas também os de serviços e herméticos.
- E as tendências, como são modificadas?
- É difícil, mesmo impossível modificar uma tendência de um momento para outro. Nesses casos, a tendência é inibida pelo freio social e mesmo pelas leis vigentes se for negativa, anti-ética ou imoral. Se essa tendência for positiva e humanista, acaba servindo, se não como exemplo, como motivo de observação e análise. Isso não é raro, pois seguidamente encontramos estampados nos jornais ou noticiários televisionados casos hediondos praticados por elementos considerados excelentes filhos da sociedade local. Por outro lado, ao falecer alguém portador de tendências positivas e de moralidade elevada, é pranteado como a perda de uma expressiva reserva moral...
- Poderia explicar-me melhor?
- Um cidadão que possua tendências para a violência, quando frequenta clubes de elite, mesmo sendo contrariado em seus desejos ou ideias, mantém-se aparentemente calmo e sociável, embora tenha ímpeto de atirar-se contra seu antagonista.
- Isso não pode ser um progresso?
- Não digo um progresso, mas uma contenção que é ministrada à revelia e aceita no momento, pois esse cidadão sabe que a violência é errada, ou percebe que se partir para a agressividade será barrado e possivelmente olvidado nas próximas reuniões. Se progresso fosse, a partir desse momento não usaria mais a violência contra os de menores possibilidades defensivas, especialmente seus familiares, as maiores vítimas. A esse, poderemos dar a idade espiritual comparativa à de um garoto de sete anos, que rebelde e inexperiente, acredita que o mundo foi construído para ouvi-lo e servi-lo. Está cursando os primeiros anos escolares da vida e em primeiro contato com estranhos mais fortes e possuidores de seus próprios espaços adquiridos. O segundo, de tendências positivas, poderemos comparar ao jovem mais maduro, que no término do período secundário está próximo dos exames finais para seguir uma universidade. Enquanto o primeiro está entrando na escola da vida, o segundo está se preparando para mais um degrau evolutivo.
- O que determina realmente o posicionamento inicial do homem dentro de uma sociedade específica, como um determinado nascimento acontecer em uma pequena cidade do interior do Rio Grande do Sul e não no centro de São Paulo ou mesmo Pequim ou Nova Deli?
- Há uma série de posicionamentos determinados pelo Plano Superior, e a idade espiritual é um deles. Infelizmente os humanos não usam esses requisitos que no plano espiritual são normas legais. Vamos novamente à comparação: uma criança ou jovem necessita ir para a escola pois vai iniciar o ano letivo. Os pais, no caso os departamentos reencarnacionistas, têm uma ficha completa do futuro aluno, sua idade, sua conduta, aprendizado adquirido, capacidade de assimilação, erros e acertos pregressos, e assim por diante. São levados muito em conta quais os motivos que determinaram a esse reencarnante cometer seus principais delitos ainda insolvidos das vidas passadas, assim como méritos alcançados nessas mesmas vidas. continua









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