LIBERTE-SE DOS APEGOS E ENCONTRE A PAZ.
Autor Tania Paupitz
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 25/05/2008 23:13:24
A gente passa a vida querendo controlar as pessoas, amigos, familiares e até mesmo a nossa própria vida, seja se cobrando, por aquilo que se fez ou deixou de fazer, e até mesmo, querendo saber “detalhes íntimos" , da vida de nossos filhos, cobrando e exigindo mil explicações sobre o que fazem o que pensam o que sentem, como se nós fossemos “os donos” de suas mentes e vidas.
Esse controle algumas vezes, exacerbado, sobre as coisas e as pessoas pode, acabar minando os relacionamentos, gerando um enorme estresse na nossa vida e na das pessoas, com as quais convivemos. Se pararmos para pensar sobre a nossa vida, que já é difícil de controlar, podemos nos perguntar: até onde eu tenho o controle de minha vida?
De onde surge esse intenso desejo de querermos estar sempre controlando tudo, seja da própria vida ou do ambiente a nossa volta? Você tem o controle total sobre o que acontece no seu corpo? Ou das conseqüências de seus atos? Sabe responder, com convicção e certeza como estará sua vida daqui há 5 ou 10 anos?. Essas perguntas, já nos dão uma idéia, do quanto é complicado, e o trabalho que já temos em cuidar da nossa própria vida. Sabemos que, tudo não passa de um grande apego que temos em querer controlar, todos os acontecimentos que nos rodeiam.
“Do livro, “Os 10 segredos para o sucesso e a Paz Interior” de Dr.Wayne Dyer, nos diz o seguinte com relação a apegos: “ A necessidade de estar certo, de possuir alguém ou alguma coisa, de vencer a todo custo, de ser considerado superior pelos outros – todos esses são apegos. “A mente aberta quando resiste a eles, por conseguinte, experimenta a paz interior e o sucesso”.
Essa mente aberta que o Autor coloca , esse espaço para o vazio, seria o nosso desapego, a nossa disposição em mudar, nos conscientizando da necessidade de nos livrarmos de todo tipo de apego e, de principalmente, querer controlar a própria vida. Precisamos alterar a maneira como vemos a nós mesmos, partindo da premissa de nos darmos conta daquilo com que realmente nos identificamos, ou seja, qual é o ponto negativo dominante, que devemos domesticar em nossa vida? O que preciso mudar? De que forma, posso alterar aquilo que me incomoda?
Um exemplo comum na vida das pessoas que, tem ciúmes é: " se eu cismar em controlar a vida de uma pessoa, fazendo da vida dela e da minha também, um inferno posso chegar à conclusão de que, na verdade esse controle absurdo, pode ter várias origens, um deles pode ser o meu medo de perder essa pessoa para outra, ou quem sabe, eu tenha um ciúme doentio, que precisa urgentemente ser tratado e curado".
Alguns de nós provavelmente, já passou por essa fase, de querer controlar até mesmo o pensamento de alguém, desejando , muitas vezes incutir, uma verdade ou uma filosofia de vida que na verdade, é apenas , nossa. Esquecemos que o outro é o outro, e que, portanto, tem sua própria identidade, não cabendo a nós querer mudar ou alterar a forma como alguém pensa ou sente. Cada um é livre e dono de seu próprio livre arbítrio.
Algumas pessoas não sossegam enquanto, não convencem uma pessoa a concordar com o seu modo de pensar. Isso é absurdo e, pode acabar virando uma guerra de nervos. Eu me lembro que quando conheci uma pessoa, hoje muito importante na minha vida, estava iniciando meus estudos sobre a Espiritualidade , e queria muito que ela compartilhasse comigo essa minha nova maneira de ver e enxergar determinadas coisas que, estava até então, aprendendo.
Esse novo conhecimento gerava em mim uma energia tão transbordante, que muitas vezes, eu tinha urgência em compartilhar com alguém, esse novo mundo que se descortinava na minha frente. Era algo extraordinário e para mim muito novo, alem de instigante, por isso talvez, a necessidade de conversar com alguem sobre todo esse novo universo.
Esse tipo de atitude acabava na maioria das vezes, gerando dentro de mim, uma expectativa frustrada e vazia, ocasionando, dessa forma, mais discussões e conflitos, pois na ocasião, não havia, compreensão suficiente para entender que todos temos nossos processos individuais e, portanto caminhos diferenciados. Hoje percebo a diferença entre querer expor um pensamento ou fazer um simples comentário, do desejo de querer impor uma verdade.
Nessa maneira sutil de querer impor, através de conversas, por vezes, tímidas e insinuantes eu acabava me tornando um pouco agressiva e alterada, principalmente com a relutância da pessoa em aceitar meu ponto de vista, pois a mesma, é claro não poderia compartilhar algo comigo que na verdade , desconhecia completamente. Como ela poderia compreender ou entender uma outra linguagem, que não fosse à dela? E com que ousadia ,eu poderia supor que ela interagisse comigo e concordasse com tudo que eu tão ingenuamente tentava incutir em sua mente?
Compreender isso, para mim, foi na ocasião um processo bastante sofrido e doloroso, porem, pude descobrir com alegria que primeiro não somos e nunca seremos os donos da verdade e, segundo , não podemos querer que o outro pense exatamente como nós pensamos, pois corremos o risco de achar que somos muito poderosos e o resto do mundo não sabe nada. Perceber que todos somos pessoas únicas e especiais, portanto, bastante diferentes umas das outras, me fez crescer e aprender a respeitar mais o espaço do outro.
Quando aprendemos a nos desligar dos resultados esperados, ou seja, das expectativas que nossa mente gera, quando deixamos de querer controlar o mundo e as coisas ao nosso redor, nasce uma infinita paz e finalmente surgem os verdadeiros frutos de nossas reais convicções. “Tem um comentário bastante interessante no livro “Um curso em Milagres” que diz o seguinte: “ A paciência infinita produz resultados imediatos”.
Devemos aprender a deixar que tudo venha e vá embora à vontade, pois a nossa vida é assim mesmo. Nós não somos donos de nada, tudo aquilo que temos não passa de um simples empréstimo , pois quando desencarnados, nada de material será levado , a não ser aquilo que conquistamos através da nossa reforma intima, das vitórias oriundas de nosso esforço sobre nós mesmos, pois afinal , nós somos o nosso maior desafio.
Aproveite tudo, viva a vida da melhor forma dentro do seu momento presente, pois ele é tudo o que você tem agora, fazendo, sobretudo, você mesma feliz, pois, acabara por atrair também para o seu lado, pessoas felizes e otimistas. Nunca permita que a sua felicidade dependa da “bengala” de alguma pessoa , ou seja, não se apóie no outro,não se “misture” na identidade do outro, seja sempre acima de tudo : você mesma.
Não esqueça de que , em todos os nossos relacionamentos, amar uma pessoa é ter a capacidade de deixar que ela seja o que escolheu ser, independente de sua vontade ou do seu desejo em mudá-la, aceitando-a exatamente como é: com seus defeitos e suas virtudes.
O verdadeiro amor envolve amar uma pessoa pelo que ela é, e não pelo que você acha que ela deveria ser. Assim deve ser a nossa mente aberta e consciente – vivendo na ausência do apego e do controle, pois, somente dessa forma, conseguiremos atingir paz e , o equilíbrio que, com certeza nos levará ao verdadeiro caminho do amor pleno e gratificante.
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Tânia Paupitz é Artista Plástica e Professora de Artes, há 37 anos, sendo sua marca registrada as cores fortes e vibrantes, influência dos estudos de vários artistas Impressionistas. Cursos de Pintura em Óleo sobre tela, para iniciantes, adultos, terceira idade. www.taniapaupitzartes.blogspot.com waths - 48 9997234 E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |
