Limites...
Autor Carmem Calmon Lacerda
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 12/13/2007 12:33:40 AM
“Nada mais perigoso do que ser demasiadamente moderno: corre-se o risco de sair de moda muito rapidamente!” – Oscar Wilde
Nesses tempos “modernos” nos quais ninguém tem tempo para mais nada especial, é importante repensarmos toda essa correria, principalmente se estamos correndo para...lugar nenhum,.
Sinto-me assim às vezes: um trem sem freio e descarrilado. Planejo meu dia seguinte de forma, não detalhada, pois são duas profissões, três filhos, marido, clientes, e mais muitos etcs, então, tudo que tento fazer é pensar em prioridades, digamos, cinco (cinco!!!!!) e deixar que o resto aconteça.
Porém, não apenas comigo, mas com a maioria das pessoas, o que observo é um atropelo das prioridades por fatos que realmente não nos acrescentam nada, ou quase nada. São discussões sem sentido com marido, filhos, colegas, trocador de ônibus, atendentes de loja...
Aborrecimentos que não deveríamos ter como: o médico que atrasa nossa consulta,...uma hora! Porém o dia que nos atrasamos temos que esperar "aquele encaixe". O filho que nos faz perder o eixo, pois deixa seus objetos “decorando” toda a casa recém arrumada; toalhas de banho pelo chão; xixi de cachorro que nos faz derrapar. UAU! A lista é cansativa.
Creio que deveríamos voltar nossa atenção para as prioridades.
É muito comentada a competência da mulher em desdobrar-se em mil X a centralização da atenção masculina em uma tarefa de cada vez. Na verdade, sinto um certo ar de superioridade em NÓS mulheres (eu mim também, é claro!) ao falarmos de nossas mil coisas ao mesmo tempo CONTRA a uma coisa do machão da casa. Algo do tipo: ”Que homem consegue embalar o carrinho com o pé enquanto conversa ao telefone toda torta e ainda mexe a comida na panela!”.
Pois é, creio que a maioria esmagadora não o faria. Mas se pararmos para pensar friamente: PALMAS ... para eles!!!Vejam bem o perigo que corremos com este simples exemplo:
- podemos deixar cair algo quente no bebê que embalamos com tamanha competência (ou mesmo o telefone). Também suspeito que esta postura deva resultar em dores depois, o que vai nos deixar, no mínimo, mal- humoradas, então o bebê, de novo o bebê, vai ter uma companhia desagradável, fora o fato que sem dúvida estaremos fazendo nosso tempo render, mas...e a qualidade?? Onde mora a qualidade das pessoas que tem mil e uma utilidades, ao mesmo tempo.
Homem é realmente mais seletivo, em sua maioria. Creio que na maioria das vezes isso é uma qualidade e não apenas uma característica, mas também pode ser defeito se atrapalha ou sobrecarrega o outro.
A mulher, em sua maioria, depois do avanço profissional, não percebeu que simplesmente acumulou funções, pois continuamos gerando vidas, esticando e murchando barriga, carregando filhotes pendurados ao seio, cozinhamos (grande parte), lavamos bumbuns (bem, aqui em casa essa tarefa sempre foi do meu bem), etc, etc, etc.
Sem dúvida, nosso ingresso no mundo dos homens obrigou-os a participarem mais da vida caseira. Muitos assumiram o papel de donos-de-casa, ao menos parcialmente. Porém, não deveríamos estar nesse atropelo de emoções, conflitos de poder, brigas de rinha pelo controle remoto!!! Oras bolas, e não nos foi dito que parceiros são tipo “dois em um”??
Essa “modernidade” toda deixou-nos perdidos: filhos que fazem montes de besteiras: de dirigir sem carteira a tomar porres homéricos com 16 anos (quando não menos); filhas que transam com o primeiro namorado para ficar na moda. Na verdade, filhos implorando por limites, por referência, pois os pais estão muito
ocupados “batalhando”.
Queridos, a vida não deveria ser uma batalha, mas um prazer um presente.
Como seria maravilhoso sairmos para trabalhar deixando tudo em seus lugares, não só as almofadas do sofá, mas os filhotes: satisfeitos, conversados e limitados, oppps, orientados.
Há um livro que me marcou muito quando estava em minha terceira gestação. Tendo que ficar três meses deitada para ter meu tesouro, devorei vário, mas “Limites sem Traumas” realmente é algo de muito bom. A narrativa simples deixa muito claro que é totalmente possível ser adaptável sem perder o molde original: ser moderno sem deixar de impor limites.
Limites, cada um tem os teus, não é? Porém, nossa vida precisa ser delimitada dentro do bom e do justo, e daí o resto brotará. Com certeza, pais e familiares que constroem um local de paz, de aconchego, aonde todos sabem que: ”ÔBA! CHEGUEI!” no final de mais um dia, estão dando um passo aos Céus.
Vamos então tentar caminhas a passos largos, pois, ao menos eu, tenho a certeza de que meu empenho poderia ser muito maior, meu desempenho muito melhor. Esta é minha meta para o Novo Ciclo que se aproxima: nada de longas listas de objetivos a serem alcançados.
Um só já está de bom tamanho: serei melhor do que fui; serei um pouco menos do que serei em 2009, adotarei como meta o progresso em prol de minha felicidade e do outro, principalmente (e falo sem modéstia ou sentimento de culpa algum, pois temos a mania de usarmos nosso melhores talheres para as visitas) os que gerei, os que mais amo, os que cuido enquanto profissional ou amiga, os que me querem bem. Minha família é meu foco, minha família é dividia em família de sangue e amor, e família de afetos diversos.
A todos vocês, incluo em minha família de afetos, meus leitores, tudo de muito bom. Porém, com limites.
Paz,
...a gente se vê por aqui,
Krika
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Trabalho e estudo Aromaterapia, Florais de Bach e Califórnia, Terapia do Barro (GEOTERAPIA) e Shiatsu Emocional. Sou Reflexoterapeuta e Fitoterapeuta. Muito confiante e feliz com o meu trabalho, faço com estudo e amor. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |
