Livre Arbítrio e Diálogos (parte 1)

Livre Arbítrio e Diálogos (parte 1)
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Autor Malu e Rogélio Peres

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 7/3/2012 9:25:13 PM


 
Ramesh Balsekar

Ramesh: Primeiramente, diga-me o que você entende por "livre arbítrio".
Pergunta: A noção de que "eu" posso escolher entre uma coisa ou outra.
Ramesh: Sim, mas isso inclui as consequências do que você escolhe? Seu livre arbítrio é escolher uma coisa ou outra. O seu livre arbítrio inclui o que decorrerá de fato daquilo que você escolher?
Pergunta: Não.
Ramesh: Que utilidade tem o seu livre arbítrio? Que livre arbítrio mais sem utilidade você tem! Então o que é o livre arbítrio? Certamente você pode escolher, mas se o que você escolher irá acontecer ou não, não está no seu controle. É por isso que quando as pessoas usam essas palavras eu geralmente as interrompo e peço-lhes para dizerem o que elas querem dizer por "livre arbítrio".
Pergunta: A lógica que você apresentou, que faz sentido para mim, é que o desdobramento natural da criação, uma vez que é colocado em movimento desdobra-se a partir de um padrão determinado muito complexo. E então há este ego que pensa que pode escolher uma coisa ou outra.
Ramesh: Você vê, em que bases você faz suas escolhas? Como você faz suas escolhas?
Pergunta: Essa seria minha pergunta, eu ia perguntar: "Quem escolhe?"
Ramesh: "Quem" escolhe? O ego escolhe. Mas o ego escolhe baseado em que? Meu ponto é que o ego faz sua "escolha" com base na programação que ele recebeu.
Pergunta: Sobre a qual ele não tem controle.
Ramesh: O condicionamento do meio circundante sobre o qual você não teve escolha.
Pergunta: Ou o DNA, ou algo mais.
Ramesh: Isso mesmo, portanto, há o DNA ou os genes, sobre os quais você não teve escolha, mais o condicionamento recebido do seu meio sobre o qual você não teve escolha. São essas duas coisas que eu chamo de ‘a programação com a qual você fará a "sua" escolha. Você fará sua escolha baseado no que você foi condicionado a pensar ser certo ou errado. Portanto, se o seu livre arbítrio está baseado na programação, a qual você não teve controle, então é o livre arbítrio "de quem" que estamos falando?
Pergunta: Então mesmo o livre arbítrio é uma função do Sujeito absoluto, da Fonte?
Ramesh: Correto, ou melhor, o livre arbítrio que você valoriza tanto está baseado em algo sobre o qual você não tem controle.
Pergunta: Muito bom. Isso é muito bom mesmo!
Ramesh: Eu retorno à válida questão do ego. O ego tem uma questão válida: "Vivendo em sociedade é esperado que eu faça escolhas - eu não devo fazer escolhas?" Eu digo: "É claro que sim." Mas tudo o que estou dizendo para você considerar é: a escolha que você faz, é realmente "sua" escolha ou essa escolha acontece?
________________________________________
Pergunta: Quando você fala sobre como nossas vidas são determinadas, usando os conceitos do robô ou do computador, isso soa muito limitador, não há escolha, não há liberdade. Mas minha experiência é que me sinto repleta de um sentido de liberdade.
Ramesh: Claro, esse é o ponto importante. Então, o que é esse sentido de liberdade que surge? Que tipo de liberdade é esse?
Pergunta: Eu não sou esse robô ou o computador.
Ramesh: Exatamente. Esse é o ponto. Portanto, liberdade de que? Liberdade daquilo que anteriormente identificava-se com o computador. Significa liberdade do próprio computador, liberdade da identificação com o computador. O sentimento que você tem agora Ashika, é que antes você pensava que "você" era o computador e agora sabe que você não é o computador. Esse computador está sendo usado pela Fonte, ou Deus, para trazer certas ações que necessitam acontecer através deste organismo corpo-mente. Não é isso?
Pergunta: Eu pensava que liberdade era liberdade de escolha, era fazer o que eu queria.
Ramesh: Livre arbítrio.
Pergunta: Sim. Isso tudo parece ter morrido.
Ramesh: Então não há livre arbítrio e isso não traz um senso de constrição.
Pergunta: Há uma liberdade totalmente diferente, liberdade de não estar de modo algum identificada.
Ramesh: Sim. Liberdade do envolvimento. Sua experiência foi que o envolvimento é que causa a infelicidade; se não há envolvimento não há infelicidade. Então, o que você realmente está dizendo é que a liberdade é da tristeza porque é liberdade do envolvimento. E "quem" se envolve? O ego fica envolvido. A liberdade é a liberdade do ego. E o ego é o sentido pessoal de autoria das ações. Portanto, liberdade, em última instância, é liberdade do sentido de autoria pessoal das ações - tanto deste organismo corpo-mente, como dos outros organismos. É notável que isso tenha ocorrido com você, os outros talvez não aceitem isso, mas quanto a você a liberdade se estende a todos. Ninguém tem livre arbítrio. Tudo o que acontece é que ações acontecem através dos bilhões de computadores corpo-mente. Então não há razão para Ashika sentir-se culpada, sentir orgulho ou ódio de ninguém. Isso é aceitável?



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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Malu e Rogélio Peres   
Co Sponsers dos Seminários do Dr. Eric Pearl no Brasil em 2012 Mentores em TA da Reconexão e da Cura Reconectiva no Brasil Integral Life Coach Hipnoterapeuta
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