Livre Arbítrio e Diálogos (parte 3)

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Autor Malu e Rogélio Peres

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 03/07/2012 21:36:16


 

 

Pergunta: No momento em que percebo que estive perdido em pensamentos sobre o futuro, há algo particular a ser feito?
Ramesh: Nada. Absolutamente nada.
Pergunta: O próximo momento irá cuidar de si mesmo? Eu posso esquecer isso e pensar sobre o futuro novamente?
Ramesh: Correto. O que estou dizendo é que a ação de escutar ocorreu com uma certa quantidade de receptividade. De outra maneira nem mesmo essa pergunta iria surgir. Então esse escutar receptivo irá transformar-se em compreensão e essa compreensão vai ser a testemunha, a qual é necessária para evitar o envolvimento. É o ‘eu, a mente pensante, que em vez de compreender faz a pergunta: "Então o que devo fazer agora?" A resposta é: "Nada". Isso significa, efetivamente, ignorar a mente pensante. A única maneira pela qual essa mente pensante sucumbe é quando ela é ignorada. Não há outra maneira dela acabar.
Pergunta: No Vipassana, um método de retornar ao presente é focar em alguma sensação do corpo. Isso me parece similar com o que você tem dito.
Ramesh: Não, esse tipo de "fazer" geralmente é ainda a mente observando a mente, é um processo mental. A auto-investigação (Investigação de Si) não significa que toda vez que um pensamento ocorrer deveríamos metodicamente começar a pensar: "Para quem esse pensamento ocorreu? Eu não sou o corpo" e assim por diante. Tudo isso está no tempo e na duração, não está? Qualquer coisa que aconteça no tempo e na duração é envolvimento. Portanto, em vez de ficar envolvido num processo mental, é mais simples e mais efetivo permanecer numa posição de aceitação contentada. Um pensamento surgiu, ele é testemunhado e é cortado. O testemunho não precisa de nenhum processo mental.
Pergunta: Qual é o melhor meio de compreender que não somos o fazedor?
Ramesh: A melhor maneira de entender que você não é o fazedor é perceber que você não é um corpo sólido. Você é meramente um vazio no qual a energia vibra de acordo com um padrão individual particular. Desse modo, você não é um ser individual, quem dirá um fazedor individual. Você não é nem mesmo uma entidade individual. Você não é nada. É um mero padrão de energia em vibração. Compreender isso verdadeiramente, com convicção, ajudará tremendamente.
Pergunta: Mas podemos compreender isso um em momento e então, durante o resto do dia, descobrir que estamos novamente assumindo a autoria.
Ramesh: Ó sim! Mas isso tem de vir. Deixe vir.
Pergunta: Mas a compreensão torna-se compartimentada.
Ramesh: Pelo contrário, ela não permanece num compartimento. Ela desce bem para a raiz da existência, para a base da existência. Você não precisa repetir de novo e de novo: "Eu sou, eu estou vivo." Não há necessidade de dizer: "Eu sou um homem." O conhecimento está lá. Se esses pensamentos ocorrerem, será um anuviamento temporário da consciência. Por quanto tempo esse anuviamento acontecerá não está em suas mãos. Não há nenhuma técnica que o "eu" possa empregar para fazer esses pensamentos irem embora.
Pergunta: Então um momento de pura compreensão de que não somos o fazedor é mais importante do que as compreensões menores?
Ramesh: Absolutamente. O tempo de duração dela está fora de questão aqui.
Pergunta: Muitas vezes no "I am That", Maharaj advertia as pessoas a se manterem com o sentimento de Eu Sou.
Ramesh: A resposta era dada para as pessoas que precisavam fazer algo. Para esse homem de ação, o Karma Iogue, dizer-lhe apenas para compreender seria extremamente difícil. Foi difícil para mim entender a quem Maharaj estava se dirigindo quando dizia: "Permaneça no Eu Sou". Obviamente ele estava endereçando isso a alguém. Foi uma questão difícil que perturbou- me por seis meses. Essa é sua questão também.
Pergunta: Sim, mas espero que não dure seis meses.
Ramesh: Você pode sentir-se grato se ela não durar seis anos! Mas é uma questão básica. A questão me incomodava desde manhã cedo e durante o dia todo. Finalmente, ocorreu essa compreensão repentina de que aquelas sugestões: "Apenas seja" ou "permaneça no Eu Sou" não eram endereçadas a um "eu" (mim). Se euaceitasse a verdade básica de que o "eu" é meramente uma aparência na Consciência, não haveria nada mais para ser feito. Essa aceitação não vem rapidamente em todos os casos. Até que ela viesse, durante o processo dessa aceitação se tonar firme, Maharaj estava endereçando-se àquele "eu" que precisava de uma certa quantidade de orientação. Ele não estava dando sugestões para alguém que não precisava delas. Os fatos básicos ele já havia deixado claro: que não há tal objeto como ser humano com independência como uma entidade separada, com independência de escolha e decisão, com volição. Uma mera aparência não pode ter nenhuma volição. No caso do próprio Maharaj, ele tinha uma inclinação natural e por intuição para o caminho da devoção, ou seja, bhakti. Ele costumava ir a um templo toda a noite e cantar bajans. Ele disse: "eu tinha uma voz muito boa, então deleitava-me ao cantar e isso me deixava muito feliz, eu não estava interessado em nenhum conhecimento e nem em repetir o nome de Deus. Era o que eu gostava de fazer e eu fazia." Certo dia, um amigo dele que costumava ir a um certo guru insistiu que Maharaj o acompanhasse. Então Maharaj foi. A maneira tradicional era levar uma guirlanda de flores. "Até a guirlanda de flores simbólica foi comprada por meu amigo", Maharaj disse. A mensagem básica essencial do guru era que não existe algo como uma entidade individual, ela era apenas uma aparência na Consciência. Maharaj disse: "talvez, aceitei isso porque eu era uma pessoa iletrada. O intelecto não era desenvolvido à uma certa agudeza onde ele quisesse saber os porquês e os motivos de tudo. Por alguma razão eu pude aceitar e esse foi o fim da questão." Maharaj continuou a ir aos bajans e ao mesmo tempo essa compreensão se enraizou em seu coração. Gradualmente suas idas ao templo acabaram, mas sem que ele fizesse um esforço para isso.
Uma coisa que posso lhe falar é que não há coisa alguma que "você" possa fazer a respeito da Realização, porque o "você" tem que desaparecer e o "você" não fará "você" desaparecer.

De: Portal do Conhecimento Divino

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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Malu e Rogélio Peres   
Co Sponsers dos Seminários do Dr. Eric Pearl no Brasil em 2012 Mentores em TA da Reconexão e da Cura Reconectiva no Brasil Integral Life Coach Hipnoterapeuta
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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