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LUZ PRÓPRIA....

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Autor Christina Nunes

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 1/27/2005 1:06:58 PM


Alguns amigos bastante lúcidos, e pessoas ligadas à área da psicologia, por vezes comentam sobre a tendência bastante comum em certas pessoas, de projetar nos outros aquilo que diz respeito apenas a si mesmo; principalmente em momentos tensos, onde uma alta dose do grau de ansiedade as compele a se posicionarem defensivamente.

Já havia, por minha vez, observado de próprio crivo este traço curioso de conduta, que se faz acompanhado de estranha dificuldade do indivíduo tomar plena consciência de si mesmo, e do que caracteriza seu padrão de conduta, como se agisse influenciado por algum estado onírico, por um padrão de realidade incompreensível, que nada tem a ver consigo, e com o que de fato diz respeito à sua maneira de ser.

Os exemplos são quase diários: alguém que acusa o outro de excessivamente ciumento, longe da realidade do acusado, mas expondo um reflexo nítido da sua própria; no entanto, o próprio acusador, aparentemente, não consegue deter disso nenhuma conciência, padecendo horrores por causa do seu comportamento doentiamente controlador e possessivo para com o próximo.

Um outro aponta alguém como um debochado desprezível, quando em verdade ele próprio é pródigo e inclemente na impiedosa ironia para com os circunstantes, sejam conhecidos ou desconhecidos.

Menciono esta peculiaridade de comportamento, para fazer ênfase a um mecanismo de defesa natural existente em todos nós, em maior ou menor grau, de molde a impedir que este esquisito desvio de percepção presente em muitos não sirva prejudicialmente de instrumento de depressão para as almas mais sensíveis.

Refiro-me ao cultivo da luz própria; à consciência que dela deveria existir, em cada um de nós.

A luz própria é proeminente nos gênios de qualquer gênero da atividade humana. Significa uma consciência clara do próprio valor, e o seu desfrute ostensivo e destemido, que transmuta o indivíduo num irresistível magneto para aqueles que lhe cercam os passos, dotando o indivíduo de um carisma ao qual é quase impossível deixar de reagir de algum modo. E normalmente esta reação é paradoxal. Odiá-lo ou amá-lo.

Há dois tipos de maior evidência de expressão do valor próprio: a positiva e a negativa. No primeiro, pessoas que possuem plena consciência de seus valores e qualidades, a vivem e utilizam de maneira positiva em prol de si mesmo e do próximo. Para estes, pouca ou nenhuma diferença faz que aqueles vitimados pela distorção da projeção das suas próprias características nos outros tentem atingí-lo. Em plena consciência do que se constituí o seu magnífico e único potencial humano e espiritual, são invulneráveis a qualquer crítica insana ou infundada, e prosseguem dignamente a sua jornada, sem serem atingidos pela tacanha visão da vida de muitos. Jamais reagem, ou talvez nem mesmo se apercebam; permitem-se a sublime nobreza dalma de seguirem tranqüilamente no seu caminho pródigo de positividade, espraiando-se da luz abundante que se irradia da intimidade do seu ser. São exemplos disso sábios e mártires de todos os tempos, seres geniais e invulneráveis na sua unidade com o divino, como o foram Paulo de Tarso, Francisco de Assis, Francisco Cândido Xavier, o Buda, e o próprio Jesus.

O outro tipo de expressão evidente de luz própria é o mais humano, entremeado de facêtas próprias do ego: aquele perfil de indivíduo que se destaca e se eleva a alturas inegáveis, de indiscutível valor na infinidade das atividades presentes no nosso mundo; são os que irradiam a luz própria com genialidade, com consciência indiscutível da singularidade do seu valor, mas que suportam mal as críticas. Estas não os atingem destrutivamente, pois possuem forte senso de amor próprio; mas, repetidamente, sucumbem sob o impulso do revide. São geniais, mas egocêntricos; muitas vezes, impermeáveis a conselhos e opiniões úteis, àquela flexibilidade de convivência que contribui sempre para engrandecer, e não para diminuir o ser humano.

É comum deparar este tipo de detentor consciente da sua luz própria em atividades públicas, políticas, artísticas e esportivas. Ao invés de utilizarem positivamente aquilo que em consciência possuem (mas que perde a sua função existindo por si só), e que pode ser usado sabiamente para o engrandecimento da Vida como um todo, a entendem como instrumento exclusivo de exaltação pessoal. Têm dificuldade de perceber que, se por um lado não devemos descerrar imprevidentemente as portas a todo e qualquer desvario que nos atinge agressivamente a audição, por outro, o seu ascendente pessoal, em qualquer vertente da vida humana, deveria atender a propósitos humanitários, e não servir como enaltecedor exclusivo do ego, porque não há como ninguém se desvincular da grande finalidade da vida. E esta grande finalidade atende a todos, e não somente a um, como o atesta todos os dias, de dentro da grandiosa simplicidade das coisas de Deus, a própria e serena dispensação da luz do Sol, em função da qual se sustenta a própria existência no nosso sistema planetário.

Deveríamos cultivar, portanto, a nossa luz própria; porque como filhos da divindade, seguramente cada um a possui, pronta e exclusiva para ser assumida e expressada em louvor à Vida. Mas detendo, desde sempre, a consciência de que o que irradiamos é a qualidade viva da nossa essência interior, nunca perdendo em autenticidade e verdade em decorrência da distorção da percepção alheia; e de que, como o Sol jamais se perturba em função da reclamação dos que lhe amaldiçoam os raios em dias de calor excessivo, assim também apenas aviltaremos a pureza do melhor de nós mesmos, se nos entregarmos ao revide inútil à cegueira espiritual dos que ainda não se dão conta de que as infindas realidades celestes são imutáveis, em nós como em tudo em volta; e de que isto não se alterará em virtude da, por ora, pouca percepção de alguns, em relação a estas coisas.

Com amor,
Lucilla e Caio Fábio Quinto
"Elysium"
https://www.elysium.com.br

Lucilla é autora dos romances psicografados "O PRETORIANO" e "SOB O PODER DA ÁGUIA", lançados respectivamente pelas editoras MUNDO MAIOR (www.mundomaior.com.br) e LÚMEN (https://www.lumeneditorial.com.br). Leitura fácil e envolvente, de autoria espiritual de Caio Fabio Quinto, trata-se de romances espíritas discorrendo sobre as vidas passadas vividas pela médium e pelo seu mentor, na Roma Antiga, de cujos exércitos Caio foi um dos generais, narrando lances de convivência no cotidiano dos personagens, ricos de ensinamentos ilustrativos da Codificação Espírita de Kardec, das leis de causa e efeito, e do aprendizado espiritual que a todos nós envolve no decorrer do nosso trajeto evolutivo durante as reencarnações terrenas.
Os direitos autorais de O PRETORIANO estão revertidos às obras assistenciais da FUNDAÇÃO ANDRÉ LUIZ, no amparo aos deficientes.
À venda nas livrarias de todo o país ou nos sites das editoras.

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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Christina Nunes   
Chris Mohammed (Christina Nunes) é escritora com doze romances espiritualistas publicados. Identificada de longa data com o Sufismo, abraçou o Islam, e hoje escreve em livre criação, sem o que define com humor como as tornozeleiras eletrônicas dos compromissos da carreira de uma escritora profissional. Também é musicista nas horas vagas.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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