Mago Merlin. A Lenda continua viva... Parte 1
Atualizado dia 1/17/2008 12:17:03 PM em Autoconhecimentopor João José Baptista Neto
Tradução autorizada extraída do site link
Palavras Iniciais de Cavaleiro Templário
Todos que gostamos e acompanhamos as lendas do Rei Arthur já ouvimos falar bastante do Mago Merlin, seus encantamentos, conjurações e profecias, mas muito pouco ou quase nada a respeito de suas origens, seus parentes e muito menos de seus amores.
Merlin foi o grande responsável pelo sucesso das lendas Arthurianas, pois sem o aspecto fantástico e misterioso com o qual o texto ‘histórico’ foi mesclado pela intervenção de diversos romancistas, seria mais uma história de um rei como outro qualquer que os livros estão repletos, sem despertar maiores interesses.
Merlin pertence à linhagem original de místicos do antigo folclore bretão e se tornou um ícone para os interessados em misticismo, arcanos mágicos e espiritualidade. As primeiras referências a Arthur de que se tem notícia estão associadas com a antiga mitologia celta e talvez por isso o entendimento de que o nome de Merlin fora mesclado à lenda Arthuriana, refletindo as crenças místicas celtas e notáveis deidades.
Acredita-se que Merlin teve por base um personagem de uma lenda do norte da Gália chamado “Myrddin”. O Norte da Gália Inglesa é hoje conhecido como Cumberland. Nessa lenda, entre muitas outras, se acreditava que ele se tornou um profeta depois de vaguear na miséria por cinqüenta anos somente na companhia de um porco selvagem como um ‘rude associado’.
Em muitos diferentes livros e textos é atribuído a Merlin em diferentes épocas ter ajudado não menos que três reis da Inglaterra: Aurelius, Uther Pendragon e, mais tarde, o filho de Uther, Arthur.
Um “Myrddin ab Morfryn” é tido por alguns pesquisadores ter sido um bardo galês ou bretão nascido no século V. Ele se tornou um bardo de Arthur e acredita-se que tenha morrido no ano de 570. Ele aparece sob diferentes nomes em muitos textos nos séculos adiante. Há também a informação no ‘Historia Britonum’, de Nennius (século IX) de que Vortigern tinha um profeta chamado ‘Ambrosius’. Foi Geoffrey de Monmouth que fez a ligação dessas duas pessoas sob o nome de ‘Merlinus’. Merlin é relatado ter sido um bastante experiente necromante. Tradições medievais francesas contam-nos de sua caverna mutante onde era suposto que Merlin morasse, acreditando ser esse termo derivado de seu simbólico nome ‘falcão’ ou ‘homem do mar’.
Das pesquisas conclui-se que são muito pouco conhecidos os antepassados da família de Merlin. Acredita-se que sua mãe foi ‘Aldan’ e de acordo com diferentes lendas, Merlin (ou diferentes pessoas que eram ditas serem Merlin) tinha uma irmã gêmea ‘Ganieda’ (Gwendydd). É afirmado numa história que ele tinha uma filha chamada ‘Inogen’. Algumas lendas contam que Merlin teve talvez um pai do Outro Mundo; alguns dizem um demônio e uma mulher da Terra. Em algumas lendas ele é o filho de ‘Aldan’ (mãe) e ‘Cadwellon’ (pai).
Vivienne, uma ‘Dama do Lago’, é descrita como a mulher que se diz que Merlin realmente amou, mas que o usou e o prendeu em um arbusto espinhoso, alguns dizem numa roseira muito espinhosa (hawthorn tree), pelo uso das mesmas maldições/arcanos mágicos que Merlin a tinha ensinado. Outras lendas dizem que a morte de Merlin, alguns dizem loucura, foi provocada por Vivienne;
Apanhado numa ‘Torre de Ar’
Desapareceu no ar sutil somente para existir como uma sombra
Enterrado vivo sob uma pedra
Lacrado numa tumba de pedra
Apanhado numa torre de vidro.
A loucura de Merlin é descrita nas lendas de ‘Suibhne Gelt’ e ‘Lailoken’. Esses profetas incluem informações sobre sua morte por queda, enforcamento e afogamento. Essa combinação é encontrada em muitas versões, tecidas em conjunto talvez para explicar o surgimento do decaimento até a loucura ou sua definitiva e última viagem ao reino feérico. O que quer que tenha acontecido a Merlin nessas histórias, o único lugar que é mencionado como uma possível localidade é ‘a floresta de Broceliande’.
Merlin, o arqui-mago da Bretanha, é reputado ter sido conselheiro de Arthur, profeta, xamã, mago e guardião. Malory posteriormente descreve Merlin como um aconselhador e conselheiro de Arthur. Como Merlin é reputado ter sido o Guardião da Bretanha, essa referência algumas vezes levava a Bretanha a ser referida como ‘Clas Meridin’ ou ‘Clausura de Merlin’. Acredita-se também Merlin ter sido o guardião dos ‘Treze Tesouros da Bretanha’ os quais guardou numa torre de vidro na Ilha Bardsey.
Ele foi criado por ‘Geoffrey de Monmouth’, um historiador do século XII. Merlin está incluído em seu livro ‘História dos Reis da Bretanha’ (Historia Regnum Brittaniae em 1147) e ‘Vita Merlini’ (1150), os quais foram, e ainda são usados, por muitos estudiosos como as duas principais fontes escritas de Merlin. Geoffrey verdadeiramente o nomeou ‘Merlinus’ e parece ter combinado as lendas galesas de um príncipe do século VI de nome ‘Myrddin ab Morfryn’ com as obras de Nennius que fala do ‘Profeta de Vortigern’ chamado ‘Ambrosius. É dos textos de Monmouth que somos informados que Merlini era também conhecido como ‘Ambrosius’.
Monmouth escreveu que Merlin foi uma criança de uma mortal e um daimon (palavra para espírito em grego), o qual foi mais tarde reinterpretado por escritores cristãos que Merlin tinha por pai o próprio Diabo. Merlin todavia voltou suas costas para o que fosse referido como o mal e às forças escuras para seguir com a força da luz e da bondade. Por causa disso ele perdeu muito dos poderes que tinha herdado de seu pai e foi deixado somente com dois poderes: aquele de profecias e de fazer milagres, ambos que possuía em grande potência. Ele consta de obras desde a Renascença até o período moderno. Nos ‘Idílios do Rei’, o poeta Tennyson o fez o arquiteto de ‘Camelot’. Entretanto nos livros de Monmouth é somente associado a Uther Pendragon (Pai de Arthur) e não associado diretamente com Rei Arthur.
A primeira obra conhecida de Geoffrey foi um trabalho intitulado ‘Profecias de Merlin’ (1130), uma coleção de profecias que iam bem além do século XII e atribuídas a Merlin que, Monmouth dizia, cada prodígio tinha sido anteriormente escrito no século V. Esse trabalho constituiu a Parte 7 de seu História dos Reis da Bretanha. Novamente, como em outros livros de Monmouth, a coleção é considerada por muitos ser na grande maioria ficção por conta dos apanhados na lenda celta. Acredita-se agora que muitos livros de Monmouth sejam ficção mas baseados sobre ou acerca de fatos históricos verdadeiros.
Essas lendas lançaram a fundação da tradição romântica arthuriana que se manifestou em muitas obras medievais. No século XVIII, escritores de almanaques empregaram um nome bem conhecido para fazer predições, particularmente sob o nome ‘Merlinus Anglicus’. Suas profecias eram ditas estarem contidas numa coleção de poemas galeses, acreditado por alguns terem sido escritos por Merlin e mais tarde publicados num livro (1200) chamado ‘Llyfr Du Caerfyddin’, O Livro Negro de Carmarthen.
Continua em Mago Merlin. A Lenda continua viva... final
Texto revisado por Cris
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