MATURIDADE E FELICIDADE
Atualizado dia 4/17/2007 9:39:56 PM em Autoconhecimentopor Andréa Oliveira
Tenho uma amiga que sempre diz quando é questionada acerca de sua versatilidade em fazer muitas coisas distintas ao mesmo tempo: “É que eu quero fazer dez encarnações em uma só!”
Essa habilidade de exercitar múltiplas facetas da personalidade concomitantemente é uma característica comum a um grande número de pessoas. Geralmente as encontramos sempre cheias de compromissos, tentando concatenar família, casa, trabalho, reuniões sociais, estudos... Isso sem falar nas responsabilidades pessoais que terminam relegadas a um segundo plano. Frequentemente elas apresentam dificuldades em definir um caminho profissional justamente pelas inúmeras habilidades que desenvolveram.
Ufa! Que maratona! Se de um lado essa correria parece excitante e cheia de emoção, por outro lado acarreta um grande desgaste psico-emocional. Mas, afinal, para que tanta pressa? Por que tanta necessidade de se experimentar? Aonde se deseja chegar?
Existem diversas teorias e abordagens que respondem essas questões mas, por hora, gostaria de enfocar um fator que considero vir do mais profundo da alma humana que é a busca da felicidade.
Quando éramos crianças ficávamos felizes pelas coisas simples da vida: andar de bicicleta, admirar uma flor, ganhar aquele brinquedo tão esperado, dormir na cama dos pais, se transformava em verdadeiros milagres. Já na adolescência a felicidade era sinônimo de euforia. Tudo o que mais importava era a “adrenalina”. Esportes radicais, inúmeras baladas, músicas eletrizantes são alguns exemplos de como se “curtir” a vida.
Na fase adulta os objetivos profissionais e a necessidade de formar uma família, ter filhos e alcançar a estabilidade financeira e social passam a ser os princípios de uma vida feliz. A partir da meia-idade parece haver uma desaceleração do ritmo e as pessoas gradativamente se voltam para apreciar os aspectos mais sutis da existência.
É claro que o processo descrito aqui está esboçado apenas em linhas gerais, sendo bastante variado em cada caso e de pessoa para pessoa. É importante salientar que a busca da felicidade é a mola propulsora das nossas atitudes, e a principal razão por que corremos tanto. Mas, então, o que é a felicidade e como podemos saber se somos realmente felizes?
Responder a essa pergunta é um verdadeiro desafio, mas me arrisco a dizer que a felicidade só é realmente reconhecida quando nossa alma alcança certo grau de maturidade. Entendo maturidade não como uma idade cronológica, mas como a capacidade de sentir a vida em sua plenitude; quando conseguimos extrair da vida o melhor que ela possui. Somos maduros porque aprendemos com as experiências negativas e porque desenvolvemos a capacidade de compartilhar as dádivas de nosso espírito.
Sendo assim, se tivermos a maturidade para viver aqui e agora todos os momentos da vida, poderemos sentir a felicidade fluir de nós como uma cachoeira que jorra incessantemente águas claras e cristalinas. Pois a felicidade está na capacidade de sentir a vida e de sentir-se co-autor dela, preenchendo o ser com um grande sentimento de contentamento e paz.
Quer seja através da ingenuidade infantil, da intensidade de juventude ou da lógica intelectual, a felicidade nos traz a certeza de que não estamos perdidos no mundo e que temos um objetivo a cumprir.
Namastê! O Deus que habita em mim saúda o Deus que habita em ti.
Texto revisado por Cris
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Conteúdo desenvolvido por: Andréa Oliveira Sou Pedagoga, Terapeuta Transpessoal e Mestre de Reiki Usui Tibetano. Faço atendimentos em Terapia Transpessoal, Reikiterapia, Tarô Terapêutico, e ministro cursos de iniciação em Reiki. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |