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Maturidade: Todos os desafios na vida nos fazem mais fortes

Atualizado dia 28/06/2015 20:03:17 em Autoconhecimento
por Isha Judd


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Há alguns anos visitei a Terra do Fogo, uma ilha muito linda no extremo sul da Argentina e assentamento da cidade mais austral do mundo. Esta terra de escarpadas montanhas nevadas é também o lar de uma enorme colônia de castores. Contaram-me que estes castores não são nativos da Argentina, que foram trazidos do Canadá na década de 1940 pelo governo argentino, pensando que poderiam fazer uma fortuna com a exportação destas peles. Seu raciocínio parecia genial: nenhum dos predadores do castor, como os ursos ou lobos, existiam na Terra do Fogo. Sem predadores, os castores se multiplicariam rapidamente, obtendo os benefícios da venda destas peles tão caras e fazendo assim, um lucro enorme.

Rapidamente pôs-se em prática o plano e vinte e cinco casais de castores chegaram à Terra do Fogo. Enquanto os castores andavam “castoreando”, os importadores esperavam alegremente os frutos de seu negócio. Os castores, efetivamente, multiplicaram-se, mas sucedeu algo inesperado: os recém-nascidos não desenvolveram camadas grossas de pele como seus parentes do Canadá. De fato, sua pele não tinha nenhum valor. Os empresários angustiados logo se inteiraram que na realidade a pele do castor cresce grossa e abundantemente quando experimentam medo. Sem predadores não tinham medo, por isso suas peles não cresceram!

Em nossa sociedade, as pessoas se regulam pelo nível de comodidade a alcançar. Qualquer coisa que faça a vida mais fácil e requeira menos esforço se valoriza. Aprendemos a abster-nos de falar nossa verdade por temor aos conflitos e para evitar confrontar nossos medos sempre que seja possível. Chegamos a valorizar mais a rotina que o desconhecido e a segurança mais que a espontaneidade. No entanto, com frequência o que nos faz sentir incômodos —os golpes, as decepções e as perdas— são o que nos fortalece. Dão-nos maturidade e responsabilidade e depois de tudo, que melhor mestre podemos ter que nossa própria experiência?

A vida estanca-se quando eliminamos ou evitamos seus desafios. Se um menino é mimado e seus pais ou quem o cuida faz tudo por ele, quando finalmente tenha que enfrentar o mundo, se encontrará sem as habilidades necessárias para desenvolver-se na sociedade. Do mesmo modo, se nos protegermos demasiado tratando de evitar os inevitáveis conflitos da vida, poderemos encontrar alívio, mas não desenvolveremos as habilidades que nos ajudam a crescer. Podemos encontrar distração, mas não autorrealização.

A história de Buda é um exemplo perfeito disto. Como o príncipe Siddharta estava protegido do mundo até o ponto de nunca ter visto a idosos ou doentes. Quando finalmente descobriu o que lhe tinha sido ocultado, não estava preparado para o choque que sentiu. Então foi ao outro extremo, comprometendo-se a ter uma vida de penitência e sofrimento, antes de encontrar finalmente o "caminho do meio." Os extremos do mundo são parte da vida e ao proteger exageradamente a nossas crianças destas realidades não lhes estamos fazendo nenhum favor.

Como você cresceu de menino a adulto responsável? Foi não cometendo erro algum? Ou foi através da aprendizagem que lhe deram as consequências de suas ações? Em última instância, temos que atravessar as situações nós mesmos antes de compreendê-las completamente. Para prosperar e crescer como indivíduos devemos enfrentar o mundo aceitando as perdas e as decepções que a vida nos traz. Então, ao invés de perceber as situações difíceis como obstáculos em nosso caminho, podemos utilizá-las como oportunidades para crescer, para atravessar nossos limites e ampliar nossos horizontes.
É natural que a vida tenha altos e baixos. Estamos tendo uma experiência humana que implica experimentar uma ampla gama de sentimentos e situações. Quando começamos a nutrir um espaço interno de segurança e amor incondicional através da expansão do amor-consciência, experimentamos estes extremos mais livremente. Começamos a abraçar os contrastes da vida, vivendo-a como uma aventura frente às mudanças e às incertezas. A autorrealização não se trata de viver em um estado de encanto permanente, onde nunca se sente nenhuma emoção. Trata-se de abraçar os contrastes da vida plenamente e sem medo. Quando você está ancorado em sua liberdade interior, a necessidade de controlar nossas circunstâncias desaparece e podemos dançar sem restrições com as harmonias variadas da sinfonia da vida.

*Tire umas férias do ser, participe com Isha dos retiros especiais de uma semana no Centro Internacional para a Paz no Uruguai clicando aqui

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Conteúdo desenvolvido por: Isha Judd   
Isha é mestra espiritual reconhecida internacionalmente como embaixadora da paz. Criou um Sistema para a expansão da consciência que permite a auto-cura do corpo, da mente e das emoções. Site oficial www.ishajudd.com
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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