Meditando com Osho... Uma Experiência de Vida!
Autor Luci Freire
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 3/15/2006 5:25:15 PM
Na década de 1980, recém formada em Psicologia e com uma expectativa enorme em relação à vida profissional, tive a oportunidade de estar em contato com os ensinamentos do, até então Rajneesh, atualmente Osho. Muito embora sentisse uma enorme atração pelo seu movimento me defrontei com a didática adquirida na Universidade, de linha Psicanalítica. Meu contato inicial se deu através dos saniasins, membros de uma comunidade que só trajavam laranja e vermelho e usavam constantemente um Mala com a foto do Osho. Uma experiência e tanto! Um desafio e um aprendizado sem igual.
Um desafio... Aprender a me despojar de ensinamentos arcaicos e mergulhar de coração nas Meditações do Osho.
Um aprendizado... Aprender a reconhecer quem de fato o representa em sua íntegra ou, pelo menos, próximo disso.
O intuito deste relato não é o de criticar seus seguidores. Até porque, através de alguns maravilhosos saniasins, pude vivenciar algumas das mais belas meditações em minha vida, o que agradeço de coração.
Dos ensinamentos, suas palavras, sua mensagem... Através de muitos dos livros do Osho passei a ter uma visão inovadora do que podemos esperar da vida e de como vivê-la com alegria. Primeiro, que a vida só acontece para quem está alerta, ou seja, atento ao seu próprio corpo, à riqueza que nele reina em todas as suas sensações, desde orgânicas até emocionais e espirituais e, o mais importante, que a mente, ou melhor, os pensamentos não devem reinar em nossa vida.
Muitos de nossos problemas têm raízes em nossa maneira deturpada de encarar nossos relacionamentos, nossas expectativas e, acima de tudo, da relação que desenvolvemos com nosso mundo interior. Nossos falsos medos, inseguranças, perfeccionismo, orgulho, auto-exigências, auto-imagem negativa, baixa auto-estima, preconceitos e falso moralismo. Muitos destes temas foram trabalhados através dos encontros de imersão dos grupos de Meditação. Para valorizar a vida é preciso se despojar do velho e se entregar para o novo... O primeiro livro que li foi "O Meu Caminho é o Caminho das Nuvens Brancas". Interessante o paradoxo dessa experiência porque ao mesmo tempo em que algumas passagens me deixaram felizes, outras me enraiveceram profundamente. As resistências...
Das meditações... A primeira vivência da qual participei foi através do espaço do Dr. Eliezer Mendes, médico bastante contestado pelos seus métodos terapêuticos ligados às sensitivas e aos saniasins para tratar de pessoas com problemas de desajustes emocionais intensos. Num dado dia fui participar de umas de suas reuniões onde os saniasins inseriram a Meditação Kundalini para um grupo de cerca de trinta pessoas, entre clientes, sensitivos e convidados. Uma variedade de pessoas que ali estavam para um único objetivo: liberar e encontrar a paz interior. De início, foi uma loucura: os clientes soltando suas dores, as sensitivas captando e os convidados abobalhados. Porém, conforme a meditação foi diminuindo seu ritmo, de ativa para passiva, as pessoas foram se aquietando e o silêncio foi tomando conta do espaço e de cada um dos integrantes. O que mais me surpreendeu foi a modificação do semblante daquelas necessitadas pessoas que ao iniciarem refletiam suas angústias e transtornos e ao terminarem reluziam em vivacidade e serenidade. Se esta não foi uma experiência definitiva, chegou muito perto!
Após algum tempo e bem engajada nas terapias holísticas porque, até então, meus caminhos já tinham sido traçados para esse rumo, convivi e trabalhei com sensitivas de percepção extra-sensorial fantástica e de sabedoria inquestionável com que muito aprendi (pessoas que se colocavam à disposição do outro sem medir esforços, ou melhor, do que isso poderia significar para a sua saúde física, emocional e principalmente, energética). Em toda essa jornada surgiu do nada o Ayuasca, o chá do Santo Daimen. Lá estava eu, uma nova experiência, um outro desafio e um reconhecimento: existem mestres e mestres. Tomei o chá algumas vezes em cerimônias comandadas por duas pessoas, sendo que a segunda seguia o cerimonial do Santo Daimen e fez uma diferença fundamental: todos absorveram melhor, com abertura de visão e experiências totalmente lúcidas.
Alguns leitores devem estar se perguntando o que isso tem haver com Meditação. Tudo, porque aprendi a transpor alguns de meus limites e a romper certas barreiras e sempre bem consciente do que estava fazendo.
A Meditação determinante... Num certo final de semana me dirigi a Atibaia para participar de um grupo de Meditação, mas fui para ajudar meus amigos na culinária vegetariana e vez por outra fazia algumas meditações, quando numa tarde do terceiro dia do encontro, resolvi fazer a Kundalini, uma de minhas preferidas, e fui verdadeiramente abençoada. Entrei na meditação sem expectativa alguma e transcendi, senti a energia divina bem de perto e a genuidade amorosa da vida, a experiência foi tão intensa que levei um bom tempo para dilui-la. Senti o que é o verdadeiro estado meditativo e muito além, o que é ser uno, sem divisões, sem fronteiras, o universo, o infinito, a simplicidade e a grandiosidade. E como todo mortal humano o tanto que temos que nos empenhar, o tanto que temos que crer para transmutar e evoluir e, também, que a simplicidade é a grande chave e que Osho deixou através de suas meditações um portal de abertura acessível e tangível a todos nós.
Luci Freire
Ma Amrit Devarupa
Texto revisado por Cris
Avaliação: 5 | Votos: 31
Luci Freire - Psicóloga com experiência em atendimento clínico com especialização em Terapias Corporais e Vibracionais. Formação Internacional em Terapia Floral, Gestalt Terapia, Bioenergética, Reiki, Terapia da Polaridade, Oligoterapia e Iridologia Orgânica e Comportamental. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |
