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Medo...o maior inimigo

Atualizado dia 16/08/2007 05:36:12 em Autoconhecimento
por Maria Isabel de Oliveira


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Uma vez instalada uma neurose, é difícil removê-la, pregam os especialistas. O neurótico tem tanto medo de viver quanto de morrer. Medos e fobias sem qualquer fundamento racional, as síndromes, instalam-se repentinamente e tomam conta do ser humano, tornando sua vida um inferno. Medo de barata. De intoxicação. Do sexo oposto. Do sucesso. De ser feliz. Medo de sentir medo.

O medo tem mil faces. Os que acreditam somente na lógica buscam em geral uma explicação para a vida na matéria. É impossível encontrar todas as respostas nas coisas materiais. Quando o homem crê verdadeiramente que pode contar com alguma força superior dentro de si, além da sua própria energia física, é capaz de sentir-se um gigante destemido.

A perda de contato com o si-mesmo alimenta pensamentos negativos e gera medos imaginários que vão tomando forma à medida que o tempo passa. A força e o poder do medo são criados a partir da perda de nossa própria força e poder. Nós criamos esses monstros na nossa imaginação e lhes damos “vida real”.

Negar o medo não é suficiente nem eficaz para combatê-lo. De nada adianta fugir, se esconder. É sabido — e isso foi “codificado” pela programação neurolingtiística (PNL) —que uma negação produz antes o estado indesejado para só depois negá-lo.
Explico melhor: se eu disser que “não quero que você pense agora numa maçã vermelha”, sua mente primeiro fará contato com a maçã para depois “negá-la”, suprimindo-a da sua imaginação. Como bem dizem os nordestinos, “quero não”, assim é que a mente processa toda e qualquer informação. Por isso, ao tentar escamotear um medo impresso em seus circuitos neurológicos, você estará apenas reforçando e revivendo esse estado de tensão desagradável.

Nossos medos reais ou imaginários ficam guardados em nossa mente inconsciente e voltam à tona quando menos se espera, toda vez que uma “âncora de medo” é disparada. Alguém contando o asco que sente por baratas ou o pavor de ser tocado por uma taturana; um filme com cenas nauseantes, os telejornais que registram ao vivo as violências cotidianas; tudo isso serve de disparador para que nosso corpo e nossa mente sintonizem-se imediatamente com a desagradável sensação de medo. Na maioria das vezes, a probabilidade natural de que tais desgraças aconteçam em sua vida é tão remota quanto a de ganhar sozinho na loteria; mas vamos dando forma e depositando energia nesses monstros mentais.

Geralmente é na infância que os mais diversos temores se fixam em nosso inconsciente. Muitos talentos são castrados pela iniciativa inocente dos pais de tentar proteger seus filhos com a velha máxima do “não pode, é perigoso”, enchendo-nos de medo através de criações como monstros que não gostam que façamos isto ou aquilo, ou mesmo o castigo do Papai-do-Céu.

O medo gera tensão, impede nossa criatividade e reduz nosso poder de decisão. O medroso está sempre na encruzilhada, indeciso sobre qual o melhor caminho a tomar. E ali permanece, imóvel , enquanto o tempo passa... imobilizado pelo medo.

Duas áreas do nosso corpo são especialmente afetadas pelo medo. Há quem o somatize na região da nuca, neutralizando emoções e impedindo que as informações cheguem com clareza ao cérebro, processador das mensagens conscientes e arquivo do inconsciente. Tudo fica retido nos ombros e pescoço, numa ineficiente tentativa de segurar essa emoção, como se fosse possível. A vesícula desanda a compensar, liberando bílis para ajudar no processo alquímico da digestão. Mas, se nada existe para ser digerido - não nos permitimos alimentar o organismo com novas ou já conhecidas informações, todo o processo é alterado, criando acidez ou convulsões que sacodem o corpo e liberam a tensão através dos impulsos incontroláveis que provocam o vômito. Ou, com estômago carregado, liberamos rapidinho seu conteúdo, sem permitir que os nutrientes sejam absorvidos, separando apenas a parte descartável ou indesejável.

Uma doença ou sintoma limitante é sempre útil ao medroso. Serve como escudo para que nenhuma atitude precise ser tomada. É comum se ouvir a frase “gostaria de fazer isso, mas não posso” em vez de “queria muito fazer isto, mas tenho medo.” O medo é um sentimento que exerce grande controle e limita nossas atitudes, estreitando, por conseguinte, nossa criatividade.

Enfrente o seu medo, se achar difícil sozinho, busque ajuda. Comece aqui e agora...Faça contato com o seu Eu interior. É possível, sempre, optar pela vida e pela vontade de viver, ousar, confiar na sabedoria da vida, contatar a força interior há muito adormecida. Se assim o fizer, você tem ainda todo o tempo do mundo para ser feliz...

Texto revisado por Cris

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Conteúdo desenvolvido por: Maria Isabel de Oliveira   
Maria Isabel de Oliveira tem formação em Cosmobiologia e Naturopatia, especialização em Fitoenergética e pós-graduação em Análise Bioenergética.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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