Mensagens espirituais, suicídio e a árvore da vida
Atualizado dia 31/05/2008 16:19:18 em Autoconhecimentopor Flávio Bastos
Na ocasião, os estilos dos médiuns espíritas mais conhecidos do público estavam sendo analisados pelo grupo que não conseguia entender os estilos mais rebuscados das psicografias recebidas por determinados espíritas brasileiros.
Instalada a confusão que mantinha a polêmica "acesa", achei que fosse o momento oportuno de intervir através de uma fala que pudesse trazer algum esclarecimento ao grupo de iniciantes. Comecei registrando a importância da leitura das obras básicas do Espiritismo como alicerces do conhecimento espírita, condição que nos propicia segurança para que possamos analisar as dúvidas que, inevitavelmente, surjam pelo caminho.
A seguir, falei que o processo mediúnico que une as sintonias de um ser desencarnado com um ser encarnado é baseado em afinidades entre esses dois seres, ou seja, os níveis de consciência entre eles é fundamental para que a sintonia se estabeleça pela afinidade. "Semelhante atrai semelhante" é o princípio espiritual das conexões mediúnicas.
A psicografia, portanto, é uma conjunção (por afinidade) dos níveis de conhecimento
entre dois seres e uma mensagem recebida terá sempre um pouco do animismo (estilo próprio) do médium, com um pouco do estilo do espírito comunicante. Daí as diferenças que observamos nos vários estilos que expressam-se nas obras literárias espíritas. Fosse ao contrário, isto é, uma padronização de estilo, tal constatação não pertenceria à heterogênea natureza humana.
No entanto, observamos que na virada do milênio as mensagens espirituais começam a alcançar uma importância mundial à medida que a nossa morada chamada Terra dá sinais de que a casa necessita com a maior urgência, de limpeza das impurezas que comprometem seu futuro e o futuro das próximas gerações de seres humanos.
Essas mensagens estão sendo captadas também fora do âmbito espírita. São as chamadas canalizações, que são alertas da espiritualidade superior em relação à situação de risco e da urgente necessidade do homem reverter a previsão de um quadro caótico para o futuro próximo do planeta.
Nos últimos anos, essas mensagens de alerta têm surgido por todos os cantos do planeta e captadas por canalizadores, sendo muitos destes médiuns independentes de religião.
Voltando ao grupo de iniciantes espíritas, outra situação que provocou polêmica foi o tema "suicídio". A questão era se o suicida tem ou não responsabilidade sobre o seu ato à medida que comumente ocorre quando o mesmo se encontra em situação de fragilidade em todos os aspectos de sua dimensão vital.
No momento do debate que considerei oportuno, intervi novamente no sentido do esclarecimento. Foi pela segunda vez registrada a importância da leitura das obras básicas do Espiritismo para que possamos entender o significado e as conseqüências do suicídio, cujo ato praticado não exime o praticante de sua responsabilidade.
Na verdade, o suicídio é consumado quando perdemos o referencial de vida, ou seja, quando deixamos de desenvolver valores espirituais que nos trazem o equilíbrio necessário na "balança" que pesa também valores materiais de crescimento pessoal e profissional. Sem a referência de valores espirituais, a vida torna-se mais complicada em situações que exijam lucidez e discernimento por parte de quem esteja passando por momentos difíceis. Valorizar a vida com todos os ingredientes que ela merece, é a receita para quem quizer viver no equilíbrio entre valores materiais e valores espirituais inerentes à experiência humana.
A imagem-mensagem da frondosa árvore que recebi na sessão mediúnica que seguiu à reunião de estudos, sintetiza, retrata e simboliza, maravilhosamente, os valores da vida: as raízes firmemente ligadas à Mãe-Terra. O robusto tronco que conduz a seiva da fertilidade e do conhecimento a toda a sua estrutura. Os galhos mais firmes e protegidos contra a ação das intempéries que têm a função de proteger, de facilitar e alimentar com os seus frutos, o desenvolvimento de outras vidas. As pontas de todos os galhos da árvore que apontam o seu crescimento para o alto e para a transcendência.
Significado da mensagem:
Não sejamos como o simbolismo da "figueira seca". Somos seres dotados de inteligência, devemos nos voltar para o exemplo da árvore que possui todos os componentes necessários para o desenvolvimento harmonioso de suas potencialidades internas e naturais. A árvore, assim como o ser humano, são iguais no sentido do crescimento e desenvolvimento de potencialidades próprias à sua natureza. Chamemos a esse processo de "a árvore da vida", cuja compreensão poderá ser a mola propulsora da nossa felicidade.
Psicanalista Clínico e Interdimensional
flaviobastos
Texto revisado por: Cris
Avaliação: 5 | Votos: 8
Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |