Meu processo de transição de carreira - parte 1
Atualizado dia 9/30/2022 10:55:13 PM em Autoconhecimentopor Andrea Pavlo
Percebi que eu não escrevia mais. Não alimentava mais da mesma maneira minha redes sociais. Não estava tendo tempo de parar e tomar um café. Descobri que a questão não era o tempo – sei que tempo é só algo que organizamos – mas a minha mente. O cansaço mental e espiritual de fazer tantos atendimentos diários me esgotou. Entrei em burnout, crises repetidas de fibromialgia, estresse, irritação e, claro, a vida explode.
De repente, eu não ia mais aos meus médicos. Engordei 10 quilos e as finanças ficaram todas desorganizadas. Eu tinha tanto dos outros em mim que não conseguia mais ser eu. Não fazia uma tatuagem há anos, perdia festinhas de aniversário dos meus sobrinhos, não viajava a não ser que estivesse no meu limite. Tantos amigos em tantos lugares do mundo e eu em casa, limpando tudo e comendo tudo o que via pela frente. Estava tudo errado.
A mudança começou pelo meu trabalho. Trabalhando exclusivamente com atendimento eu não tinha direito a uma folga. Se não trabalhasse, não ganharia. Assim emendava os meses e os anos, sem muito descanso e recebendo mensagens e mais mensagens de pessoas desesperadas. Aquilo não era mais quem eu era. Eu poderia mais. Poderia escrever um texto simples e tocar o coração de mais pessoas. Levar uma palavra amiga ou uma transformação com várias técnicas que poderiam ser aplicadas em grupos. Parece bem óbvio, não é?
Mas a realidade é que, se você quer ir para um próximo nível, precisa mudar toda a sua mentalidade. E, pasmem, é isso que realmente deu – e está dando – trabalho. Contratei uma pessoa para me ajudar nessa tarefa hercúlea. Cortei o cabelo, fiz uma sessão de fotos poderosa, mas ainda não era aquilo. Uma coisa dentro de mim ainda estava incomodando, me deixando desconfortável. Algo precisava de uma mudança interna, mas estava bem difícil de fazer.
Comecei a ir para fora: queria mudar de casa, de bairro, de país, de planeta. Achava que eram as mudanças externas que iam me tirar aquela inquietação. A minha nova mentora me disse “Andrea, você precisa se ver diferente”. Eu repetia isso para mim mesma como um mantra, mas .... mas..., mas... aquele incômodo continuava.
Um dia eu me vi. Simplesmente me vi. Olhei para mim e pensei “caramba, o que eu ainda estou fazendo aqui”? Era como e eu estivesse há anos no lugar errado. Aquela sensação de olhar para um marido sentado no seu sofá depois de 12 anos e pensar: quem é esse homem e o que ele está fazendo no meu sofá? Então, uma coisa parecida.
Abri os olhos numa manhã e disse para mim mesma “Não quero mais ficar nisso”. Não quero mais depender dos atendimentos e acabar atendendo por dinheiro ou para não perder a pessoa (e é a primeira vez que falo isso em voz alta). Não quero mais não estar presente naquilo que eu faço, de corpo e alma. Não quero que a vida tire mais nada de mim porque eu não estou me tocando que preciso ir além.
Um grande alívio se apossou do meu coração. Um alívio, um caminhão que foi tirado das minhas costas doloridas. Avisei os clientes de terapia que não iria mais atender aquele formato. Outros sim, mas não aquele. Mentorias mais breves e pontuais, cursos online para cada um fazer no seu tempo. Um lado mais prático apareceu e racionalizou aquilo que estava lá na minha frente há anos. Eu queria uma mudança e me senti triste de ter que percorrer tantos caminhos para ver o óbvio.
Não é sobre dinheiro. Escale – dizem os gurus da internet – e fique rica. Eu já sou rica. Tenho tudo o que preciso, tenho saúde e uma mente que aprendeu muitas coisas. Mas fazer as coisas no esquema da Matrix estava tirando isso de mim e não era justo, porque essa é a verdadeira riqueza.
As mudanças estão acontecendo aos poucos. Vou escrever mais aqui e no meu blog (assim que descobrir como republicar meus textos por lá). Vou me concentrar em fazer coisas que mais pessoas possam usar, por um preço mais acessível. Quero que todo mundo possa aprender e se ajudar.
Quero realizar meu sonho de ser coach numa ONG que ajuda mulheres em situação de violência doméstica, comprar uma casa na praia com vista para o mar e, principalmente, ter a cabeça e a energia para resolver os problemas que vão aparecer e conseguir transmitir para o mundo tudo o que eu aprendi num longo e famigerado processo de cura. E espero que cada um de vocês esteja comigo nessa nova batalha.
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Texto Revisado
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Conteúdo desenvolvido por: Andrea Pavlo Psicoterapeuta, taróloga e numeróloga, comecei minhas explorações sobre espiritualidade e autoconhecimento aos 11 anos. Estudei psicologia, publicidade, artes, coaching e várias outras áreas que passam pelo desenvolvimento humano, usando várias técnicas para ajudar as mulheres a se amarem e alcançarem uma vida de deusa. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |