Momentos de crise



Autor Rodrigo Durante
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 12/29/2021 10:27:59 PM
Estes dias aprendi, através de um Taoista, que a palavra "crise" em determinado dialeto chinês é formada de duas outras palavras que significam "perigo" e "oportunidade". Eles entendem que uma crise é uma situação de alerta, onde um caminho que não funciona mais se encerra e outros se abrem para que encontremos o equilíbrio novamente.
Muitas das crises que passamos nos são apresentadas diretamente por acontecimentos no plano físico, disparando no psicológico nossas preocupações mais básicas como segurança, sustento e saúde, por exemplo. Disparam também, no entanto, questões emocionais como apegos, medos da perda, traumas etc, assim como uma série de padrões de comportamento que ativamos quando passamos por algo que ameaça nos tirar de nossa zona de conforto.
Como tudo em nossa vida tem uma origem vibracional antes que se manifeste no físico, as crises são oportunidades de nos percebermos melhor interiormente, de enxergarmos nossas mentalidades, comportamentos e escolhas que estamos fazendo que contribuíram para este momento que atravessamos.
Reconhecendo nossos padrões interiores, podemos expandir em consciência e nos alinharmos com uma parte mais pura nossa, livre de negatividades e que nos transportará para algo além desta crise, de dentro para fora, cuidando do nosso mundo interior.
Quando estamos muito identificados com o problema, ou seja, quando consideramos o que está fora de nós como responsável por nossa alegria ou tristeza, perigo ou segurança, sofrimento ou bem estar, certamente estamos vivendo em reação, inconscientes do ser e, assim, nos mantemos presos ao problema.
Muitas vezes, o sofrimento causado por nosso mental, emocional e reações inconscientes é tão grande que não conseguimos nos perceber como seres, mas apenas participar de todo o drama à nossa volta, alimentando negatividades e nossa identificação com o ego/intelecto. Nestes momentos, valem práticas físicas e respiratórias que nos ajudem a trazer a consciência para o corpo, para o aqui/agora, além de meditações que nos ajudem a "afrouxar" os laços mentais e favorecem nossa libertação.
Uma vez que reconhecemos o ser que verdadeiramente somos, imediatamente sabemos que todas as nossas reações e interpretações sobre o que está acontecendo são relativas, invenções de nossa mente baseadas em alguma programação anterior e, desta forma, encerramos o problema em nós.
Desidentificados da mente, logo podemos nos reconhecer como um amoroso espaço de paz e de silêncio onde tudo é criado e acontece. Aprendemos que tudo o que chega a nós pode também passar na mesma facilidade, se apenas não nos identificarmos e não nos prendermos ao psicológico ligado a isso. Assim, o turbilhão emocional e mental passa e nós permanecemos como um espaço seguro, pleno e pacífico.
Todo desconforto então se transforma apenas numa situação exterior a nós, pois não somos mais parte dele. Compreendemos agora que crise é apenas a vida nos mostrando uma mudança que se aproxima. Nós somos o caminho que se abre a cada outro que se encerra. A paz, a felicidade, a segurança, a compaixão, a plenitude e o bem estar já estão dentro de nós!
Em Paz,
Rodrigo Durante.
Texto Revisado









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