Mudanças!
Autor Paulo Salvio Antolini
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 5/19/2013 9:20:01 AM
Mudanças!
Todos já percebemos que as mudanças vêm ocorrendo em ritmo cada vez mais acelerado. O que ontem era normal, era apreciado, hoje se tornou retrógrado e até criticado. A ciência e a tecnologia estão evoluindo com tanta rapidez que um produto, ao ser lançado, já tem um concorrente mais sofisticado.
Vejamos os automóveis. Cada um mais sofisticado que o outro, mais veloz, mais econômico, mais... Sempre com mais alguma coisa. Os celulares passaram a ter tantas outras funções que não me assustaria se um dia surgisse no mercado um aparelho sem a sua função principal, que é fazer e receber ligações.
No campo da moda, percebe-se que grande parte das pessoas não sabe exatamente o que se está ou não usando, tantas são as opções, os modelos e os padrões lançados, além de se perceber um total desprendimento de certos critérios que antes regiam o ato de vestir. Exemplo? Antes não se usava vestido longo com sandália baixa e aberta. Agora vemos pessoas vestidas assim até nos supermercados.
É curioso como as transformações vão ocorrendo e o que inicialmente nos choca, com o passar do tempo vai sendo incorporado ao nosso dia-a-dia, a ponto de não mais notarmos a mudança.
Saber acompanhar e conviver com um mundo em constante transformação é que evitará com que as pessoas se sintam como um "peixe fora dágua". É comum ouvirmos "Eu não sou desta época"; "Nasci no tempo errado" e assim por diante. Tudo isso provocado pela estranheza causada pelas constantes mudanças.
Também as empresas passaram por profundas transformações, deixando de obedecer a critérios antes considerados imprescindíveis para a sua sobrevivência, como por exemplo, os bancos, que antes tinham a função de guardar e zelar pelos bens dos seus clientes, além de auxiliarem com operações financeiras que lhes favoreciam. Hoje, uma instituição bancária tem como objetivo principal o próprio lucro, através da exploração de seus serviços. O lucro do cliente já não é mais o foco.
Um conhecido meu foi com seus filhos a um restaurante já conhecido por ele e cujo preço era bem acessível, em uma cidade turística. Por um valor fixo, podia-se comer à vontade, com direito, ainda, a refrigerante ou suco e uma sobremesa. Mas ele sempre freqüentara o local durante a semana e desta vez, foi em um domingo. Só na hora de acertar a despesa foi que se deu conta de que os critérios adotados aos finais de semana eram diferentes dos dias úteis. Acabou pagando muito além do esperado, o que o fez sentir-se lesado e constrangido até para reclamar. Surpresas como estas não são incomuns nos dias de hoje.
A falta de referenciais mais estáveis gera uma grande confusão na conduta das pessoas e elas, muitas vezes, passam a utilizar isso como pretexto para a adoção de atitudes que visam apenas seus próprios interesses.
Existe um antídoto para isso? Não, apenas a utilização de uma comunicação clara e objetiva. Sem receio de parecer tolo, ingênuo, ignorante, deve-se questionar, sim, a forma como as coisas funcionam ali, naquele momento. Não tenha vergonha de perguntar! Elimine suas dúvidas para evitar ser pego de surpresa.
Leve em consideração que cada um tem seus critérios, seus parâmetros, e isso gera muitos desencontros. Não estou entrando no mérito do certo ou errado, do justo ou injusto. Estou apenas considerando o momento em que vivemos. De outra forma, estaria julgando e não é esse meu objetivo.
Entender a época que estamos vivendo, identificar os interesses dos que nos cercam, muito nos ajuda a conviver harmonicamente e a não cair em "armadilhas" preparadas para atrair os incautos.
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