Nada é definitivo
Atualizado dia 8/14/2006 11:46:56 PM em Autoconhecimentopor Flávio Bastos
Por isso, o primeiro "falar sobre o mundo" está preso ao desejo humano de dominá-lo, afugentando a insegurança, os temores e a angústia diante do desconhecido da morte.
Na trajetória humana, o mito vai cedendo espaço ao surgir das descobertas científicas como sendo o "desejo inconsciente" de dominar o mundo e afugentar o atávico temor diante do oculto, do desconhecido.
No milenar aconchego de seu útero e, como de repente parido pela mãe Terra, o homem vê-se impelido a ir em busca do desconhecido. Da consciência mítica, ele evolui para a consciência científica que o obriga a descobrir, descobrindo-se, indo atrás do inexplicável que tanto teme, dentro e fora de si mesmo.
Numa velocidade espantosa, novidades científicas surgem na vitrine das descobertas. Mas, assim como aparecem no hoje, desaparecem no amanhã, tal é a rapidez do avanço científico em várias áreas do conhecimento humano.
Atordoado, ele pára e, ao refletir sobre sua existência, depara-se com o inevitável: apesar de ainda muito ódio, dor e sofrimento, a humanidade, agregada às ciências, gradualmente evolui.
E o homem segue sua sina evolutiva, porque nada é definitivo no avançar do conhecimento, pois somos meros coadjuvantes no processo histórico em contínua transformação e aperfeiçoamento. O que hoje foi cientificamente "comprovado" ou metodologicamente "criado", na verdade, lá atrás, no pretérito recente ou na bruma do remoto passado, alguém iniciara tal processo.
Da consciência científica o homem evolui para a consciência cósmica, onde ciência e conceito de "algo superior a nós" começa a delinear contornos de sabedoria, estabelecendo marco histórico na filosofia, física, psicologia e na medicina.
Mas, como somos compelidos pelo desejo de dominação, nem que seja do saber, o homem continua sua caminhada rumo ao desconhecido desejando conhecer mais sobre este "algo superior" que desde os primórdios da consciência mítica o atrai e que cada vez mais tende a associar-se às etapas do avanço científico. Ele nem desconfia que tudo tem seu momento histórico no que diz respeito às suas descobertas.
As ciências que estudam a psique e o comportamento humano, assim como a filosofia, passam a ter importante compromisso no sentido da associação de todas as ciências visando o despertar da consciência cósmica em direção à unificação do conhecimento e ao Uno.
Desde as descobertas de Freud (e seus antecessores) sobre a psicanálise, muito a ciência evolui no sentido do aprofundamento das pesquisas dentro do vasto campo de registros chamado inconsciente humano. No entanto, Freud foi apenas início, jamais meio ou fim, ou ainda, obra acabada.
Da base deixada pela psicanálise, o conhecimento avança através de seus diversos seguidores até chegar à linha da psicologia progressista que, ao criar uma metodologia que trata o homem como ser integral (corpo, mente e espírito), promove silenciosa revolução nos meios tradicionais.
Porém, como em termos de conhecimento nada é estanque, a própria psicologia progressista transcende ao evoluir em si mesma, em busca deste algo mais que desde o início da era científica tem fascinado gerações de pesquisadores: o resgate da legítima identidade pelo (re)encontro da verdadeira origem do homem perdida na "história" do tempo.
Psicanalista Clínico e Reencarnacionista.
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Texto revisado por: Cris
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Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |