Não deposite a sua “felicidade” nas mãos dos outros
Atualizado dia 9/12/2017 6:36:49 PM em Autoconhecimentopor Ana Rodrigues
Algum dia paraste para pensar se o que sabes sobre o que procuras se chama mesmo felicidade? Ou descobres que é algo que sempre acreditaste que deverias procurar? E, descobres que isso é árduo e difícil de encontrar.
Por quê? É provável que aquilo que acreditaste que seria maravilhoso para ti, pode não ser, e por esse motivo não o atinges.
Assim, como a maioria das vezes acreditamos que são momentos fugazes, intensos, diferentes, maravilhosos… que não são para nós.
Algumas pessoas depositam a sua “felicidade” nas mãos dos outros, e responsabilizam-os por não o serem. Que é preciso ter dinheiro para se ser feliz. Que temos de ter um emprego estável, mesmo que não seja o que nos satisfaz. Associamos felicidade à segurança. Outras vezes, que nunca a teremos porque nada nos satisfaz. Porque não temos saúde. Porque não temos um marido/ namorado que nos compreende.
Podemos enumerar muitos motivos para não nos sentirmos felizes.
A forma, ou paradigma como se usa hoje em dia, de como ver aquilo que nos pode fazer sentir feliz, está a mudar.
É-nos mostrado que isso que tanto se procura para atingir uma plenitude, começa por nós, está dentro de nós.
No entanto, se continuarmos a acreditar que esse estado de espírito depende mais do outro ou de factores externos, iremos continuar a sentir frustração, desilusão, sofrimento.
Então, para conseguirmos atingir aquilo que tanto se procura é começar por nós.
Se souberes quem és e o que queres para ti, é mais fácil chegar lá.
Vamos descobrir o que é a felicidade para ti.
Sabes como ela se manifesta? É importante definires em ti, como a desejas viver. Enquanto acreditares que seres feliz depende de com quem vives, isso pode continuar a ser falacioso, por que só tu podes saber o que te faz feliz e partilhar com o outro. Conheces-te? Conheces o outro? Dás ao outro o que queres para ti? Aceitas-te? E, ao outro? O outro quer o mesmo do que tu? Acreditas que têm de ser iguais? Como acreditas que uma relação a dois, uma amizade, deve ser vivida?
Todas estas crenças, atitudes são determinantes para obteres aquilo que chamas ”felicidade”. “Ninguém muda ninguém” - é um facto. Se o outro é alguém que descobriste que estava somente na tua mente, acreditas que conseguem caminhar na mesma sintonia? Quando esperas do outro aquilo que ele nem sabe que é, achas que é uma boa estratégia? Ou que o outro dê o que não tem ou sabe?
Quando tens um emprego que te sufoca, acreditas que és feliz? Tens medo e acreditas que é ilusão, poderes ter o trabalho que gostas? Achas que aquele que faz o que gosta é “louco”? Tens medo de ser empreendedor, por que te ensinaram que o seguro é melhor do que arriscar, é isso?
Tantas perguntas para reflectir.
As respostas? Podemos encontrar algumas.
Como foi referido, começa por sabermos quem somos, aceitarmo-nos, e sabermos o que queremos para nós. Sem estas premissas é como não ter alicerces num castelo.
A minha perspectiva é a partilha que deixo.
Estar feliz é um estado de espírito, uma atitude. Ao escolher estar feliz, bem comigo própria, sei que o meu dia decorrerá conforme eu gosto, sei que atraio pessoas simpáticas, afáveis e assertivas.
Nos momentos em que isso não surge, costumo perguntar-me: o que há a aprender?
Estando atenta, e compreendendo o que o Universo me traz, ajuda-me a crescer como ser. Aceitar incondicionalmente significa amar, seja a mim ou ao outro. Ora, isso é uma atitude também, e dessa forma, determina o meu comportamento.
Nos dias em que estou mais frágil é relevante que eu aceite que está tudo em harmonia e que isso pode ter uma função. Descobri-la faz parte de me fazer feliz, por que coloco em prática o que acredito. Se nada é acaso, então, qual a funcionalidade do que me surge?
Não vivo sorte nem azar; vivo o que construo e surge na minha caminhada, por acreditar que o Universo conspira a meu favor.
Ser assertiva foi e é uma aprendizagem que nos traz muita paz. Deixar de me preocupar e ter problemas, também.
Tudo isto são ferramentas úteis para a “felicidade”.
Não ser dogmática, e aprender a utilizar a informação, transformando-a em conhecimento e com maturidade, em sabedoria. Não ter expectativas. Todos os valores que me foram transmitidos não fazem sentido, sempre parei e descobri outros. Fui ensinada a pensar, e recebi muitas ferramentas e outras procurei. Essa busca é incessante até hoje.
Acreditar em mim e saber o meu valor (auto-estima), conhecer-me muito bem e aceitar-me como sou. Tudo isso contribui para me sentir feliz.
Mesmo quando o sol se esconde por trás de uma nuvem, há chuva e relâmpagos, eu fico feliz porque sei que isso tudo faz parte de processos naturais e que eu estou nesse processo natural.
Quando “nuvens” sobrevoam, recolho-me e reflicto no que está em desequilíbrio e encontro a serenidade.
Queres dar-me a mão?
Nota: O que é a “felicidade”?
Nas suas origens é algo que se refere à produtividade. e que a mesma seja fértil; que acaba por ser um sinónimo e ao mesmo tempo está associado a boa disposição, a alegria, a tranquilidade, ao que nos faz sentir bem. É dessa forma que todos associam o conceito de “felicidade”, ao seu bem-estar, a momentos efusivos, objectivos atingidos, sonhos realizados.
Do latim, Felicitas, “felicidade” de Felix, “feliz”, “fértil”, “frutuoso” ; de um verbo grego Phyo, “produzir”, que traz a conotação de “fecundo, produtivo”. (https://origemdapalavra.com.br/site/palavras/felicidade)
Também podemos encontrar a definição de “felicidade” como um conjunto de circunstâncias que causam ventura; também significa sorte, bom êxito, o estado de uma pessoa feliz. Também pode revelar o estado e/ou sentimentos que se sentem num ambiente próspero, tranquilo, harmonioso. É expresso através de emoções que se transformam em sentimentos, ou não. No entanto, também podemos observar a felicidade como uma atitude, um estado de espírito, o que corresponde a emoções positivas, efusivas.
Ana Guerra
(escrita sem Acordo Ortográfico)
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