Não existe Perda e sim Transformação
Autor Valeria Trigueiro
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 4/14/2008 12:04:48 AM
Queridos amigos,
Pois é...! Dei uma sumidinha por um motivo muito simples: eu estava sumida de mim mesma. De vez em quando a Vida nos manda umas surpresas que nos tiram do centro e temos que procurar a nós mesmos e tentar mergulhar no nosso próprio núcleo, nossa essência primeva, isto é, o EU.
Passei e ainda estou passando por um luto. Minha irmã mudou-se para a Espiritualidade, de forma repentina (aos nossos olhos, é claro!) E além da dor da sentimento “de perda”, nos perdemos realmente é de nós mesmos, tentando reavaliar nossas relações com quem partiu, e fica sempre a sensação de que poderíamos ter sido melhor, ter pronunciado mais vezes as palavras mágicas “EU TE AMO” independente de qualquer coisa, já que aprendemos e exercitamos a compreensão de somos todos falíveis em nossas ações e reações, aliás, é por isto que estamos aqui – para crescermos, aprendermos e diminuir o número de falhas em nossos sentimentos, julgamentos e atitudes.
Passados dois meses, já consegui ver que só fazemos o que conseguimos e sentimos, pois se fizermos aquilo que não sentimos não vale nada – é mentira para conosco, com a pessoa querida e para o Universo. É natural, pois os sentimentos são naturais, a nossa verdadeira essência. Foi uma pancada não só na boca do estômago, nem só no centro do peito, foi uma ferida na própria alma.
Entretanto, essa ferida aos poucos vai sendo amenizada conforme o tempo passa e podemos sorrir com o histórico da pessoa, com a lembrança dos momentos que passamos juntas, brigando, rindo, nos ajudando mutuamente, ou seja, a nossa História. E é ela que conta e que fica gravada em nossos corpos sutis e na memória física.
Assim, fiquei doente da alma. Muita dor física e emocional. Entretanto, os amigos do Espaço estão sempre presentes nos ajudando e os amigos terrenos – aqueles de verdade – não nos deixam cair. Assim, chega a hora em que começamos a perceber que Deus não brinca, não dorme, tampouco falha. Temos nosso tempo de morada aqui no Planeta, que é medido e determinado por Ele Mesmo e podemos ver que também a medida pode ser por volume de trabalho e de aprendizado, tudo conforme nosso Contrato Sagrado.
Como a nossa Vida continua, temos que nos levantar e ocupar o nosso tempo e fazermos um balanço para verificar se estamos seguindo o caminho a que nos propusemos em referido Contrato. Muitas pessoas podem perguntar como iremos saber qual Contrato fizemos ao virmos aqui para o Planeta denso.
No meu caso, desde criança, tinha afinidade com idiomas estrangeiros, por livros e por escrever estorinhas “da minha cabeça” (vai saber se são da cabeça física, mesmo!?) Assim, ao atingir a maturidade ( não quero dizer que eu já seja madura, pois tem vezes que pareço ter 10 anos de idade, bem como 19 ou mesmo 5. Sem esquecer de confessar que nos últimos meses eu estava com aproximadamente 120 anos). Posso dizer hoje que estou rejuvenescendo (rsrs).
No caso da minha irmã sua tendência sempre foi procurar se ligar às pessoas mais humildes e ajudá-las. Isto quer dizer caridade. Fazia isso com garra e ao mesmo tempo com uma facilidade incrível. Muitas delas só viemos a saber depois de sua partida. Fiquei com a sensação de que não olhei profundamente para seu lado luminoso. Sabe por que fazemos isso? Acho que é pelo simples motivo de que temos as pessoas que amamos principalmente família, (no caso de irmãos mais novos então...!) como garantidos. Você acha que pode brigar hoje e fazer as pazes quando lhe der vontade, acredita que pode deixar de responder seus telefonemas, pois ela estará sempre ali para você.
Hoje tenho a compreensão e alegria de dizer que estávamos em um momento especial de cumplicidade (é o que os irmãos têm que ter), estávamos apaziguadas e ela entrando em uma fase de consciência da Vida muito legal. Passou a Vida como uma menina e saiu dela (a terrena) do mesmo jeito, porém uma menina consciente. Bem, missão cumprida!
Assim, você percebe como a Vida é redondinha. Percebe também como recebemos as influências das coisas importantes e determinantes em nossa Vida até no corpo físico, mas não temos como saber o que realmente é. Dez dias antes, comecei a chorar “a toa”, o que no meu caso é uma aberração, pois tenho (posso dizer, tinha) um registro incorporado de que chorar é sinal de fraqueza e lhe fragiliza diante das pessoas. Apesar de saber que ao contrário, humaniza, era um registro bem forte. Tive dores no estômago, problemas intestinais e etc. Fui ao médico e este me disse para fazer vários exames. Morri de medo. Liguei para a minha amiga Rita Victoria que é uma super astróloga e pedi ajuda. Ela olhou meu trânsito e com muito carinho disse: “Bem, amiga, se prepare, pois a conjunção aqui na sua Lua (mãe) está para vir um barra pesadinha e falou sobre a minha irmã, que morava com a minha mãe, o marido e o filhinho deles). Ainda perguntou: “será que a sua irmã vai aprontar alguma? (ela de vez em quando, pelo temperamento atirado, pulava na frente dos problemas para resolvê-los e arranjava outro – bem, como muitos de nós). E comentou: “Ela entrou na Terra como criança e sairá dela como criança. E morremos de rir, imaginando-a velhinha dizendo palavrões, falando com voz de criança, pedindo presentes, dizendo que estava carente. Com a alegria que lhe era característica.
No dia seguinte, acordei com a notícia: Ela havia aprontado? Não. Havia chegado a hora do término de seu Contrato Sagrado aqui na Terra. E começou uma nova etapa de Vida para ela na Espiritualidade, onde poderá ter a visão além do alcance e aprender tudo muito mais rápido sem a densidade do corpo.
Hoje, graças a Deus após rios de lágrimas (num instantinho acabou o meu bloqueio), já posso agradecer à Deus por ter tido misericórdia, a ter pegado em seus braços, levando-a sem dor, para novas tarefas fora da Terra e me dado maturidade e compreensão, e já posso sorrir com a lembrança de seu comportamento e a gratidão por toda ajuda e carinho que sempre dedicou às pessoas, e eu fui privilegiada de ser sua irmã.
Bem, gente, escrevi não só para justificar minha ausência, mas para dizer que estou voltando e, principalmente com a intenção de que esse artigo possa vir ajudar às pessoas que passaram por algo semelhante.
Viram? Já voltei a escrever, trabalhar, e estou entrando nos trilhos de minha Vida com a ajuda de Deus, da minha família e dos amigos verdadeiros, que nessa ocasião, pude perceber com clareza quem são e até como são. É o que ocorre nesses momentos de mergulho profundo na alma. Conclusão: não existe perda e sim transformação para quem partiu e para quem fica, o que temos que fazer é saber que Deus está no Comando e além de Onipresente, Onipotente é Onisciente!
Não posso esquecer-me de mencionar a ajuda que tive da minha amiga que citei acima, com o suporte espiritual e seu vasto conhecimento (e intuição) da astrologia kármica (ela fez as sinastrias de todos os envolvidos com uma precisão de relógio suíço, bem como à vibração e carinho que tenho encontrado na Casa de Padre Pio.
Obrigada a todos e até breve!
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