Não podemos agradar a todos
Atualizado dia 03/07/2006 21:40:21 em Autoconhecimentopor Flávio Bastos
O Cavalo de Tróia, acontecimento marcante da história mundial, mais conhecido pela expressão popular como "presente grego", registrou um episódio curioso na guerra travada entre os povos grego e troiano: um imenso cavalo dado de presente aos troianos continha, escondido no interior de sua estrutura, um significativo grupo de guerreiros gregos que, aproveitando-se das trevas da noite e da embriaguez de seus inimigos, abriram os portões da cidade, possibilitando assim a dominação de Tróia. A utilização metafórica da expressão "Não podemos agradar gregos e troianos" retrata bem o que, em síntese, acontece no transcorrer de nossas vidas no sentido de experienciarmos inúmeras situações em que, inevitavelmente, nos deparamos com "o outro lado das nossas motivações", ou seja, o surgimento de forças antagônicas aos nossos interesses, por mais puros e autênticos que estes possam parecer.
Ensinam-nos os espíritos evoluídos que o mais importante em nossas trajetórias terrenas não é "possuir" a imagem de uma pessoa generosa e, sim, "ser" uma pessoa despretenciosamente bondosa. Se estivermos imbuídos de um idealismo nobre e este entrar em choque com outros interesses externos, ainda assim, o essencial é o sentimento de bondade que carregamos conosco e no qual estamos energeticamente envolvidos. O atingir da meta de nossos ideais humanos, na verdade, não significa quase nada na avaliação da espiritualidade superior. O que é significativamente considerado e avaliado é o exemplo que deixamos através do envolvimento neste processo, seja ele concluído ou não.
Nossas ações e decisões na vida serão fundamentais na forma de como seremos, futuramente, avaliados pela nossa própria consciência. A vida é uma conseqüência de nós mesmos, disto não poderemos escapar. De que adianta ser rei ou rainha se seus corações revelam o orgulho de suas posições sociais? Ou ser um grande e renomado empresário se o seu interesse está voltado para a obtenção, a qualquer custo, do lucro imediato? Ou ainda, ser um idealista defensor de uma "causa nobre" mas que o fundo falso esconde vaidade, soberba e ambição?
As táticas ou artimanhas de guerra já não nos servem mais. Não, no sentido do crescimento consciencial que mostra-nos o caminho da transparência como uma forma de progredirmos naturalmente, sem artifícios ou estratégias pré-definidas.
Não poderemos jamais agradar a todos, pois somos um imenso grupo de espíritos reencarnados convivendo em diferentes níveis de sintonia e visões de "vida". Mas, contudo, podemos ser pessoas bondosas e, ao cultivarmos este sentimento estaremos irradiando-o energeticamente através da nossa aura, beneficiando pessoas e ajudando a descontaminar ambientes por onde passarmos.
As grandes obras são as mais despretenciosas. De que adianta perseguir apaixonadamente um ideal, se o equilíbrio não encontra-se nos extremos, e sim no meio? A energia das paixões é intensa, fulgaz, podendo ser até arrebatadora. Mas, por ser um "turbilhão", apaga-se quando finda o seu efeito passageiro. A energia que emana da consciência equilibrada, por ser contínua e harmoniosa, tende a aproximar os extremos, mantendo a lucidez necessária para a compreensão do todo.
Façamos de nossas vidas uma grande obra. Não no sentido do "peso" que possa vir a impressionar multidões de pessoas e, sim, no sentido da "leveza" que possa proporcionar às nossas consciências.
Psicanalista Clínico e Reencarnacionista.
Visite meu Site, clique no link:
Texto revisado por Cris
Avaliação: 5 | Votos: 14
Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |