Não Reaja!
Autor Vanessa Mazza Furquim
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 22/04/2008 21:15:46
Atualmente, um determinado acontecimento, muito sutil inclusive, tem cada vez mais ficado evidente para mim: a questão da reação.
Geralmente se fala muito sobre reação como sendo a resposta direta a uma determinada ação e que esta "resposta", por assim dizer, à "pergunta" que jogamos ao Universo é chamada de karma.
Este karma pode ser positivo ou negativo, assim como ocasional ou recorrente.
Eu percebi, ao longo dos anos, que haviam vários desses karmas recorrentes em minha vida. Setores no qual a energia parecia sempre ficar estagnada.
(Se naquela época eu praticasse o Feng Shui, saberia que a primeira coisa que devemos fazer nesses casos é nos livrarmos da desordem acumulada em nossa casa ou ambiente de trabalho).
Eu me pegava pensando que se eu estava atraindo para mim constantemente a mesma resposta do Universo, era porque não estava fazendo a pergunta correta, ou pior, não estava entendendo a resposta.
E isso, recentemente, ficou ainda mais claro para mim. Percebi que a maioria de nós, além de não entender nem a pergunta muito menos a resposta, apenas reage à vida. Em outras palavras, por motivos que só cabem a cada um investigar dentro de si, nós nos posicionamos de maneira quase que totalmente passiva frente às pessoas e aos acontecimentos de nossas existências.
Acreditamos que estamos sendo ativos no nosso dia a dia, porque tomamos decisões, exercemos nosso livre-arbítrio, acumulamos tarefas e trabalhamos com afinco. Porém, estranhamente, somos passivos no sentido em que não temos real consciência da vida que levamos, já que somos constantemente atingidos por esses karmas recorrentes.
O interessante é que nos sentimos injustiçados, vítimas do destino, incompreendidos e vamos seguindo nossos dias no automático, sentindo depressão ou histeria, acessos de raiva ou desespero, desilusão, descrença e falta de confiança e, na maioria das vezes, todos esses sentimentos nos vêm no mesmo dia e à respeito das mesmas circunstâncias.
Como isso é possível?
Você acorda bem e confiante, disposto a mudar o mundo. Então, você chega no seu trabalho, por exemplo - como muitas vezes já aconteceu comigo - e é recebido com antipatia ou incompreensão e soberda. Às vezes seu trabalho é questionado e você se sente obrigado a se defender, se justificar. Quando a luta se torna intensa, você volta para casa derrotado, amargurado, nutrindo raiva ou insatisfação e a tendência é pensar mal de si mesmo ou por em dúvida sua competência, mesmo quando você sabe que naquele caso você fez o seu melhor.
Isso acontece não porque as pessoas são ruins e você é vítima, mas porque somente reagiu à emanação energética daquela pessoa ou ambiente, que naquele momento vibravam com raiva, desconfiança e incompreensão.
Nós, muito desavisadamente, ao invés de percebermos com a consciência clara e alerta o campo energético que está se manifestando, a ponto de nos tornarmos imunes a ele, já regimos imediatamente, ficando com raiva se a pessoa está com raiva, com inveja se nos é despejada inveja, com ressentimento se existe ressentimento.
Entretanto, como também reagimos a sentimentos bons, a tendência é que a questão da reação nunca fique clara.
Por isso, desacelere um pouco e coloque-se na posição de observador da própria vida. As pessoas vão jogar sobre você aquilo que vai dentro delas, o que pode ser uma gama gigantesca de matizes emocionais. Cabe a você então identificar a emoção ou sentimento, entender porque está ocorrendo e simplesmente deixar que passe por você sem afetá-lo. Isso independentemente se é um elogio ou uma ofensa, pois tanto um quanto o outro ofuscam sua visão e lhe deixam num estado de letargia.
Se você estiver totalmente consciente de si mesmo, não precisará que outra pessoa lhe diga aquilo que você é, seus defeitos e qualidades, pois isso lhe será evidente.
Não reagir lhe dá poder sobre a vida. Então pare de reagir!
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