Não restaure o que você deletou em sua vida
Atualizado dia 16/08/2006 10:41:40 em Autoconhecimentopor Alberto Carlos Gomes Lomba
Não nego que mesmo me considerando um livre pensador adoto esta modernidade e, vez por outra, uso exemplos tirados de lá. Senão, vejamos: há uma pasta denominada “Lixeira” para onde se transfere tudo o que não queremos mais usar. Legal, né? A vida poderia ser assim. Poderíamos jogar no arquivo sexto, que tem uma analogia ao cesto de lixo, tudo aquilo que nos incomoda. Tudo aquilo que nos faz ter vergonha de nós mesmos: ações nefastas que praticamos e pesam na consciência. Com um simples toque, em uma tecla ou mouse, mandar para lixeira.
Outro aspecto positivo da computação é que a maioria dos programas nos dá opções várias. Assim, o arquivo “Lixeira” tem dois itens importantes: ”limpar a lixeira” e “restaurar”.
Escrevi todo esse preâmbulo para comentar que, muitas vezes, vamos lá no nosso “id”, no nosso porão fedorento da mente “restaurar” acontecimentos que deveriam ter sido deletados há séculos de nossas vidas. Buscamos lembranças catárticas de fatos como se fossemos piegas ou sadomasoquistas, prontos a relembrar coisas que mesmo alegres nos deixam depressivos e acabam estragando um dia que poderia ser glorioso e de muito sucesso.
Por isso o computador é mais dogmático. Um toque vai para lixeira, outro toque esvazia tudo que não serve mais. Mas como os computadores foram criados pelos homens que nunca serão perfeitos tinha que ter a opção do “Restaurar”.
Texto revisado por Cris
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