Não sei mais nada!
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Autor Paulo Salvio Antolini
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 3/4/2013 7:54:20 AM
Não sei mais nada!
Já aconteceu de você em determinado momento achar que está completamente por fora? Por fora de tudo, seus conhecimentos não significam nada no que tange ao trabalho, no que diz respeito aos relacionamentos, enfim, é como se, após tanto tempo vivido, não trouxesse nada consigo. Essa mesma sensação pode ocorrer isoladamente, em um ou outro segmento de nossas vidas. É muito angustiante. Dá uma aflição que nos impulsiona a largarmos tudo. È como se um forte desejo de abandono tomasse conta de nós. Largar tudo e sumir, começar tudo de novo, em outro lugar, enfim, muitas são as variáveis de pensamento.
Pois é hora de refletir sobre isso. Algumas pessoas que conheci que se permitiram abandonar tudo, após algum tempo perceberam seus erros e precipitações. Quais as razões que podem levar uma pessoa que vem tendo uma vida harmoniosa, seqüencial, de repente sentir-se rompida com tudo que a cerca?
Conheci alguns poucos casos de desencanto total, que necessitaram de uma busca maior no sentido do viver. Conheci vários casos (aqui também há o desencanto) de perda total do interesse, pois se descobriu que a opção feita foi errada. Em alguns outros, não a opção errada, mas o mudar interesses no decorrer da vida.
Mas quero me alongar um pouco mais nesse sentimento de "peixe fora dágua", de "o que eu estou fazendo aqui?".
O mundo está mudando muito rapidamente. Não conseguimos a agilidade para mudar e incorporar novos conceitos, novas visões que estão surgindo a cada momento. Sabemos que mudar trás para uma grande maioria o desconforto do desconhecido, o temor do "eu desconheço isso.", "como será que me sairei" e assim por diante. Quando da ocorrência dessa sensação do "Não sei mais nada!" estamos sofrendo exatamente o confronto de nossos conhecimentos com o que se apresenta de inovação.
Inicialmente uma grande ansiedade que vai sufocando a pessoa, a ponto de precisar ir mesmo para um espaço aberto, a expressão mais comum é "preciso de ar" um andar agitado e sem direção, mas "melhor" que ficar parado em um lugar só. Essa ansiedade vai dando lugar a uma angustia que se torna crescente. O peito apertado, dificuldade de se ter uma respiração inteira, parece que a pessoa vai ter um problema cardíaco. Muitos recorrem ao uso de calmantes para poderem suportar. Aqui os vícios tendem a ser também aumentados.
Abreviar esse estado extremamente incomodo é quase impossível, mas impedir que ele se fixe, isso sim é possível. Evitar o pânico, buscar manter a calma e o raciocínio para identificar tudo que esta acontecendo e quais as situações onde não se sente correspondendo, abrir-se para o que está se apresentando, sem relutâncias, resistências, possibilita a condição mais rápida de se retomar o equilíbrio pessoal.
Saiba que nesse agitar-se todo interno, está ocorrendo mesmo que à revelia, uma readequação de informações que se manifestarão através de um novo conhecimento. Muitos relatos dos que passaram por isso diz: "Descobri que sou bom no que faço, não sei o que me deu." Revelam que saíram muito mais confiantes do que antes. Os conhecimentos existentes com os que se adquire fazem com que nossos desempenhos sejam cada vez melhores.
Porém, facilita muito se as pessoas não esperarem por esse berro interno, causado pelo choque com o mundo em que se vive, se a pessoa buscar estar o mais atualizado possível com o que está acontecendo em seu campo de atuação.
Não é preciso dominar tudo ou se afastar de sua experiência, mas se informar.
Nos dias atuais, quanto mais reativos (palavra da moda para expressar resistência) mais problemas terá. O inverso, (também palavra em voga) ser pró-ativo, ser aberto e receptivo para se olhar o que está aí, facilita a condição de escolha do que nos serve ou não.
Portanto, quando ouvirem de alguém "não sei mais nada!" saibam que ela está em um processo de reaprendizagem!
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