Não te iludas com o poder, amigo!
Atualizado dia 6/3/2007 12:53:16 PM em Autoconhecimentopor Flávio Bastos
Portanto, quando nos deixamos levar de uma forma obsessiva por sentimentos inferiores ligados à materialidade, paralisamos o fluxo natural de nosso próprio crescimento consciencial. E essa sintonia negativa quando multiplicada ao extremo vira fixação, que por sua vez transforma-se em auto-obsessão, levando o indivíduo a permanecer alienado de sua real situação dimensional durante séculos ou até mesmo milênios.
Com o sentimento de superioridade ainda bem presente em sua milenar paralisia consciencial, o nosso irmão apresentou-se no início do trabalho mediúnico de uma forma bastante questionadora e autoritária, como se ainda estivesse ditando ordens de seu trono nos idos anos do Egito antigo: "O que estou fazendo aqui? Não dei autorização a ninguem trazer-me aqui!"
Mesmo diante da amistosa resposta do dirigente da sessão que dava boas vindas ao amigo, saudando-o com uma frase simples e amorosa a sua chegada, a sua arrogância permanecia intocável no sentido de continuar questionando o que estava acontecendo: "Quem és tu? Não dei permissão a ninguém dirigir-me a palavra!"
A patética síntese do orgulho, vaidade e poder expressava-se naquele ser carente de amor e de despertamento de sua real situação, e ainda fixado na sintonia do orgulhoso governante que fora, fazia questão de afirmar com suas intimidações direcionadas ao dirigente, o poder que ainda acreditava ostentar: "Eu sou um faraó, eu tenho poder, ouro, riquezas..."
Acreditava ainda ter muitos soldados ao seu dispor, assim como muitos escravos que no menor deslize cometido mandava executá-los, porque, conforme insistia, ele era a autoridade máxima, ele era o faraó... e assim continuou o seu discurso, perdido nos labirintos escuros do remoto passado.
No entanto, em um determinado momento de pausa, convidado pelo dirigente a conhecer outras riquezas pertencentes à natureza humana, um pouco confuso, terminou por aceitar o convite, o que foi prontamente mostrado pela equipe espiritual presente no trabalho: a natureza, instigando-o, dessa forma, a um novo tipo de questionamento por ele inesperado: "Mas estou vendo o sol, rios, pássaros e árvores. O que é isso?" Foi a brecha, o momento oportuno para que o dirigente, através do diálogo que começou a estabelecer-se entre ambos, introduzisse o indispensável ingrediente do amor para que o irmão desse início ao despertar de sua milenar letargia paralizante.
Na sequência do trabalho, por orientação do dirigente e permissão da equipe espiritual, ele revivenciou imagens de seu passado como sofrido escravo no mesmo Egito, e que reencarnara como faraó com o compromisso de ajudar na libertação da opressão e do sofrimento que eles vinham padecendo há séculos. Atônito e perplexo com o que via na regressão, percebeu que a sua missão não fora cumprida.
O exemplo do amigo, que terminou sendo envolvido pela energia do amor divino que tudo pode e renova, é uma síntese do que ocorre com todos nós quando permitimos que as baixas sintonias ligadas ao eu inferior nos envolvam com a sua energia negativa e auto-obsessiva. A fixação, principalmente no orgulho e na vaidade, é responsável por um sem número de processos obsessivos no âmbito psico-espiritual, sendo uma realidade presente nas manifestações interdimensionais do ser pessoa/espírito, e que, invariavelmente, revelam-se nas sessões de regressão a vidas passadas ou nas sessões mediúnicas dos centros espirituais que lidam com regressão da entidade manifestante.
Somos a expressão máxima da verdade do que viemos sendo em relação à sintonia do passado. E essa verdade interior, quando revelada, reúne todas as condições de passar por uma completa transformação no sentido de sua renovação, ou seja, na relação direta da alteração da freqüência negativa para a freqüência positiva. Basta querermos, basta desejarmos o envolvimento nessa energia que liberta e abre as portas para a evolução do espírito.
Sacudir a poeira do passado e renovar-se em relação à perspectiva de crescimento pessoal e consciencial é a meta de todo o ser vivo inteligente. Mas para que isso ocorra naturalmente em nossas vidas, torna-se indispensável um segundo ingrediente que acompanha o amor, a simplicidade, porque somente ela nos dará a visão necessária do que precisamos transformar em relação ao que somos.
Psicanalista Clínico e Interdimensional
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Texto revisado por Cris
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Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |