NÃO USE A DOENÇA PARA RECEBER AMOR

   

Autor Maria Lúcia Pellizzaro Gregori

Uma das grandes dificuldades do ser humano é conseguir, com segurança, expressar seus sentimentos.

Muitos deles são guardados numa tentativa de auto proteção, numa intenção inocente de preservar uma intimidade que deveria ser compartilhada para ganhar vida plena.

Quantos amores não são manifestados pelo medo de que, na sua expressão, esteja o risco de não receber de volta o que está sendo dado.

A contenção do amor é uma prova de que ele não está acontecendo. Amar é transitar numa via de mão dupla, onde o dar e o receber não são diferentes, onde a intensidade não é comandada pelos motivos defendidos pela razão, onde o medo da perda agoniza, diante da força do próprio sentimento.

Se você está preocupado com uma dor que poderá vir de um sentimento não correspondido, está, na realidade, preso em si mesmo e a maior qualidade do amor, o desapego, estará ausente, então ele também não estará vivo. E essa repressão será direcionada para algum outro lugar em você, obrigando seu corpo a descarregar a pressão que está sendo feita em algum órgão mais sensível, que não suporta indiferentemente o que está ocorrendo.

A contenção da raiva também não o levará a um destino saudável nem tampouco sua manifestação descontrolada e destrutiva. É preciso expressá-la, colocando com clareza o que aconteceu dentro de você mediante aquilo que a provocou e resolver o que for possível para que os resíduos negativos não afetem sua saúde.

Pratique seus sentimentos para que eles não sejam obrigados a abrir um caminho interno de saída, que comprometa mais sua felicidade do que sua simples expressão.

Precisamos desenvolver a coragem que é trazida pela sinceridade e não desperdiçar nosso precioso tempo com ruminações psicológicas que fabricam poderosos venenos absorvidos direta e imediatamente pelo corpo.

Inconscientemente podemos estar criando estratégias doentias para atrair os olhares daqueles que queremos que nos vejam, pelo tanto que precisamos de carinho, pelo tanto que temos de solidão, e assim, adoecendo, temos a sensação de atrair pessoas importantes para nós e finalmente nos sentirmos acompanhados.

Suas angústias precisam escoar, antes que o corpo se ofereça para ser o palco de sua expressão.

Fale sobre o que você sente, abra-se, só a verdade vale a pena, ela liberta e ensina aos outros a serem também verdadeiros. Tudo que você esconde ocupa um lugar que poderia ser preenchido por alguma coisa muito mais interessante e saudável.

Nós emanamos e atraímos o tempo todo.

Vamos selecionar o que queremos receber para sabermos o que devemos dar.

Seja fiel à você mesmo!

Respeite-se e procure conhecer suas motivações reais.

Sempre que criar um plano para ganhar consideração alheia estará também motivando o outro a desenvolver a mesma estratégia para acudir você e ambos estarão se enganando e se distanciando do prazer de um relacionamento feliz.

Adoecer não é tão difícil assim, pois somos a soma de várias gerações que nos transmitem seus talentos e dons, mas também suas fragilidades.

Para deixarmos realçar a melhor parte dessa herança, podemos nos alinhar com a Fonte de Energias Superiores, cada um no seu processo de elevação espiritual, para ganharmos entendimento, proteção e coragem para cultivar uma vida de verdadeira saúde, prosperidade e paz.
 

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