Nas Curvas
Atualizado dia 12/16/2006 10:10:13 PM em Autoconhecimentopor ESPAÇO LUZ CRISTICA
Passei a decifrá-lo, então: quando estamos dirigindo em uma estrada em linha reta, estamos seguros, despreocupados, pois o “linear”, o reto, já conhecemos. Quando estamos “nas curvas” a sensação é totalmente outra: antes de entrar nelas sabemos que “ali” é diferente, que vamos ter que aprender como fazê-la da melhor maneira e sair dela inteiros e com a sensação de que “conseguimos”.
Por “curvas” entendo todas as nossas dificuldades, momentos de tensão, de desarranjos, de mudanças, de superação. Assim é a nossa vida: cheia de “curvas”. Vi que são nas “curvas” que aprendemos as coisas e mais: aprendemos durante e sua execução. Não pensamos no “pós-curva”, mas nos concentramos em fazê-la. Estamos no agora e a sensação é única. De vida. Umas mais fáceis, outras mais difíceis, mas as “curvas” estão à nossa frente e se não as realizamos não chegamos a nosso destino.
É nos momentos das “curvas” que temos nossas experiências de vida. E nos guiamos por nós, em nosso potencial, nas “curvas” que já fizemos antes. Se jogamos nossa responsabilidade de realizar a curva na mão de um passageiro, ficamos inseguros e nos perdemos. Então, nas “curvas” de nossa vida devemos nos ater em nós e no caminho. O resto é a estrada - que já estava ali- e as pessoas que nos acompanham no movimento da nossa “curva”. Mas ela é sempre nossa; a responsabilidade, a sensação única e o melhor: o prêmio (aprendizado) de ter conseguido fazê-la. O caminho reto após uma curva é o descanso entre uma e outra experiência. É quando assimilamos que a curva passou, que a fizemos e que aquela experiência que adquirimos com ela utilizaremos na próxima.
A vida só tem graça por causa das “curvas”, senão seria muito monótono! E pode observar: é nas curvas que estão as mais belas paisagens: o sol, os morros, o mato, as rochas. Tudo se amplia e tem cores diferenciadas, pois estamos com nosso sentidos bem despertos.
Como dizia uma canção, a vida é uma mulher linda, com curvas doces e a vivemos quando nos arriscamos a vivenciar este amor e sentir, vivenciar suas curvas. Estão à nossa frente. São singulares e intensas, mas vale a pena! Vale nos arriscarmos nas “curvas” de nossa vida, para vivê-la. E contar para nossos netos.
Eliana Matthos
[email protected]
www.luzcristica.com
Texto revisado por Cris
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