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NAS PAISAGENS ESCOCESAS...

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Autor Christina Nunes

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 5/17/2008 6:01:14 PM


Ultimamente, mercê não sei bem de que, ando atirada a um passado onde existem, ou existiram num contexto todo particular, paisagens celtas! E isto vem trazendo à tona sensações e sentimentos de uma paz e harmonia infinitas, quase infantis! Um contraste enorme com o redemoinho turbulento que nos cerca do lado de fora!

Tenho visto "coincidentemente" nos últimos tempos uma prodigalidade de filmes cheios das paisagens inebriantes da Escócia, com atores escoceses; com suas planícies e planaltos frios e verdejantes, repletos de flores e de rochedos, e dos mares revoltosos! Chega-me de improviso à audição enlevada a extasiante quanto rara música celta, evocada atualmente nalguns filmes, quando muito, ou nalguns títulos musicais mais seletos da New Age. E isto tudo, repito, constrói um desconcertante e perturbador contraste com o nosso lado de fora!

A sensação é a de já ter usufruido vivências calmas e pacíficas, noutros idos, nestes cenários belíssimos - e, a partir de lá, sem solução de continuidade, ter aportado repentinamente em lugar e em época dissonante de tudo o que estas visões evocam: cheios de gritos, de angústias, de perplexidades e de violências, repletos de amarguras, de crimes, de desorientação!

E como conciliar uma bagagem interna tão forte, avassaladora, quanto aparentemente fora de contexto para com panoramas externos assim estranhos? Como viver o insólito dilema do estrangeiro trazido a terras desconhecidas e opressivas, suspirante de seus regatos tranqüilos pertencentes a um tempo já distante, e dos remansos bucólicos de seus pastos, do cheiro úmido do capim silvestre, e de povos e de companhias, de temperamentos e de línguas de articulação em tudo diversificados desta nova estadia?!

Ainda esta semana, em diálogo agradável com companheiro da área profissional profundamente lúcido e intuitivo, diga-se, já que afeito às interpretações mais amplas de ordem espiritual sobre a vida, comentava inusitadamente, em determinado instante de alheamento breve, quando considerávamos os acontecimentos bárbaros dos nossos tempos e a sensação de inadequação quase insuportável para com impulsos, hábitos, valores e ambientes a respeito dos quais compartilhávamos impressões de não ser esses os nossos, bem como, a partir disso, a perplexidade natural a todo ser distanciado do seu habitat, e forçado, pelos rumos arbitrários da vida, a uma quase asfixia em ambientes alheios, como o experimentariam aves imersas nas profundidades densas dos oceanos revoltos:

- Como lamento não ter nascido na Escócia!...

Ao que o lúcido amigo, olhando-me reflexivamente durante um segundo, aludiu, sem pensar muito - num daqueles momentos de inspiração rara onde vozes de cima nos falam a partir das vozes de baixo:

- É bem possível que estejamos por aqui desempenhando missões mais importantes do que as de quem vive na Escócia no presente momento...
- Já que quem está lá, num país mais evoluído, apenas usufruí... - completei, captando e acompanhando de imediato a sua linha de raciocínio vinda à tona a partir de um tipo de sensibilidade muitíssimo depurada.
- Sim. E nós, por aqui, precisamos passar a mensagem e o exemplo de um mundo melhor, mais harmonizado. Quem sabe já não nos achamos capacitados para isso e é esta a nossa função na vida atual, já que francamente não nos sintonizamos com tudo o que vem acontecendo?

Ao que refleti que sim, era bem possível! Afinal - comentei para ele, de arremate - o próprio fato de não nos afinizarmos com essas coisas já nos indicia claramente muito das nossas raízes pregressas! E, no meu caso específico, no que tange ao que lhes relatei acima, não poderia mesmo sentir falta de algo que nunca vivenciei. Nunca poderia estar por aqui neste momento sentindo a falta de lugares, de ares, paisagens e aromas, companhias e sensações, e de melodias específicas, a menos que já as tivesse experienciado!

E guardo a convicção de que seja isto mesmo! Tudo o que podemos e devemos fazer por aqui, agora, eu e muitos que compartilham comigo dessas vivências extemporâneas, é criar - materializar, em paragens diferentes e necessitadas de renovação, a paz, a harmonia, a alegria quase pueril que já conhecemos; a concordância e a sintonia profunda certamente vivida há muito tempo atrás noutras terras, em épocas mais puras, mais íntegras, e em lugares onde os homens, em maior e extrema intimidade com a beleza exuberante dos cenários divinos de determinados quadrantes da Terra, articulavam com total desenvoltura a linguagem da concórdia, da pureza dalma, da paz e do amor, entre si mesmos, assim como para com tudo que os rodeava!

Como me recordou o lindo verso ofertado por outra pessoa amiga ainda esses dias: Não devemos correr atrás das borboletas; mas criar e cuidar dos jardins porque assim, certamente, elas nos virão!

Ao que eu completo: virão - e muitas! Em qualquer quadrante do planeta onde estivermos, agora, ou em outras eras!

Glória ao Criador, e Paz na Terra aos homens de boa vontade!

Amor,

Lucilla



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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Christina Nunes   
Chris Mohammed (Christina Nunes) é escritora com doze romances espiritualistas publicados. Identificada de longa data com o Sufismo, abraçou o Islam, e hoje escreve em livre criação, sem o que define com humor como as tornozeleiras eletrônicas dos compromissos da carreira de uma escritora profissional. Também é musicista nas horas vagas.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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