No caos ninguém é cidadão
Atualizado dia 20/05/2006 09:58:50 em Autoconhecimentopor Helenilton Luiz C. de Sales (Lé de Sales)
Esses homens de origem pobre conheceram muito cedo o preço alto da violência e encontraram nela a única maneira de sobreviver e criar seus filhos. Quando a polícia cumpriu sua função de manter a ordem, matando mais de 100 homens em combate, assumiu sua condição de força de segurança de 3º mundo, incapaz de determinar a partir de investigação policial os responsáveis pelos ataques e assim submetê-los ao crivo da lei!
Em um país onde os escândalos políticos são diariamente frequentes e suas consequências mínimas ou inexistentes, uma pergunta se levanta: o poder constituído pode tudo? Quem foi o responsável por essas sentenças de morte? São legítimas? A insurreição armada assustou os homens deste país? Não procuro culpados, tampouco heróis, mas uma coisa ficou óbvia: as diferenças sociais gritantes deste país estão criando uma "casta" que não tem medo de lutar ou de dar suas vidas em combate! A cultura suburbana dessas pessoas, não pode fazê-los menos humanos, apenas diferentes!
Quando um Estado não eficiente na consecução de seus fins, cala, com a força letal, os filhos do morro, está se esquecendo que quando a droga acaba no quarto dos filhos adolescentes, é ao morro que ele vai comprar mais, com esses homens mortos na luta! E normalmente voltam com vida para as suas escolas e clubes no dia seguinte. Não podemos nos esquecer que nossas casas, verdadeiras fortalezas, não nos protejem o dia inteiro, e que é preciso encontrar uma maneira mais democrática de calar aqueles que incomodam! Sob o preço de vivermos uma Ruanda tupiniquim. Sejamos razoáveis!
Texto revisado por Cris
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