Normose: Quando ser normal vira um problema
Autor Alexandra Vasconcelos
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 24/04/2016 21:11:59
Você já ouviu falar em Normose? Este conceito foi criado, paralelamente, na França por Jean-Yves Leloup e no Brasil por Roberto Crema. Consiste na patologia da normalidade, quando seguimos o que está socialmente estabelecido e aceito pela maioria, mesmo que não seja saudável ou não tenha nenhum sentido. Existem vários exemplos de normalidade patológica e, aqui, citarei alguns. Nosso conceito comum de sucesso, por exemplo, contém distorções. Costumamos considerar uma pessoa bem sucedida quando ela conquistou um cargo de poder e ganha muito dinheiro, mesmo que isso custe sua saúde, que lhe tire o tempo para usufruir da companhia da família, para se cuidar e fazer atividades físicas. Pode acontecer, inclusive, dessa mesma pessoa vencer de forma antiética, passando por cima de outras pessoas. Afinal, "se todo mundo está fazendo assim, também vou aproveitar". Podemos mesmo classificar isso como sucesso? Ou será que ter uma vida mais simples, menos ostentadora e consumista, com tempo para contemplar a natureza, se alimentar adequadamente e educar os filhos com valores nobres também não seria uma forma de ser bem sucedido? Outro exemplo de normose é o descaso com o meio ambiente. No Brasil, ainda é restrito o número de pessoas com consciência ecológica e respeito aos espaços públicos. Vemos lugares sujos, poluídos e contaminados. Nossas florestas e rios estão sendo destruídos por interesses econômicos que só privilegiam alguns, em detrimento de toda uma população. A lista poderia se estender para a política, o machismo etc. Muitas pessoas estão cansadas de seguir o status quo e já questionam esses modelos ultrapassados. Afinal, reproduzir um estilo de vida incompatível com nossos valores pode ser devastador para nossa autoestima e saúde emocional. Por isso, esse despertar é necessário para desconstruirmos a Normose dentro de nós e, consequentemente, em nossa sociedade. Já dizia Jiddu Krishnamurti que “Não é sinal de saúde estar bem adaptado a uma sociedade doente”. Portanto, cabe a cada um construir essa nova sociedade saudável, baseada em valores do bem, do respeito à natureza e à diversidade. Esse processo pode ser doloroso para boa parte das pessoas, pois significa a ruptura com nossa imagem idealizada e, também, com a imagem que esperam de nós. Então, ficamos nesse impasse de querer mudar, mas, ao mesmo tempo, evitar frustrar as expectativas de familiares e outras pessoas de nosso convívio. Porém, é libertador! Será necessário rever crenças que nos acompanham há um certo tempo e, muitas vezes, fazem parte da identidade que construímos e que estamos tentando deixar pra trás.
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Facilitadora de PSYCH-K® PRO (reprogramação de crenças limitantes no subconsciente) e Terapeuta Transpessoal. Pós-Graduada em Psicologia Transpessoal pela ALUBRAT e em Arteterapia de Abordagem Junguiana pelo IJEP. Consultas em Brasília: (61) 99805-6320 (Vivo/Whatsapp) ou [email protected] E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |
