Nos bastidores do suicídio - parte 1
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Autor Flávio Bastos
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 05/08/2009 14:59:02
"Dar fim à própria vida, abrir mão de todas as possibilidades por uma possível paz, é o caminho que muitos seguem de uma forma consciente ou não; mas, ao invés de se mostrar uma solução, tranforma-se num longo caminho de dor, sofrimento e libertação". (Francisco Gabilan)
Sob o ponto de vista espiritual, o suicídio consciente é um ato de desespero que revela um espírito em desarmonia com o universo e em luta interna consigo mesmo. Luta em que ele foi derrotado para si próprio, à medida que o conflito manifesta, na culminância do gesto, fraquezas conhecidas do homem como o orgulho e o egocentrismo, derivado do egoísmo, entre várias outras que limitam ou cortam abruptamente o livre fluir da vida na direção do crescimento.
Segundo Dométrio de Oliveira, "A natureza de uma alma a leva a aprender e a crescer. Por isso, trazemos para a existência física, algumas situações que precisamos superar ou para as quais necessitamos buscar o equilíbrio necessário. Se nos déssemos conta de que no plano terreno é normal vivenciarmos algum tipo de sofrimento, seja físico, mental ou emocional e de que o suicídio não eliminaria essa condição, acreditamos que haveria menos casos de pessoas tirando suas próprias existências". E conclui, Dométrio: "Precisamos nos conscientizar sobre o erro do suicídio e sempre acentuar a responsabilidade que temos de viver plenamente, porque a vida, em síntese, é uma só, e as existencias neste plano-Terra, são os degraus que devemos escalar. Se quebrarmos algum degrau, por certo, teremos que descer de novo e reconstruí-lo. A queda, em qualquer circunstância, é sempre mais dolorosa".(fonte: www.espírito.org.br)
Sergio Gregório nos esclarece que "o suicídio afeta todos os aspectos da vida humana. Ele deve ser estudado levando-se em conta os componentes físicos, sociais, mentais etc., e que, em consequência, obedece a causas múltiplas. A cada um desses componentes corresponde um ângulo de análise, e a cada ângulo uma definição patológica, sociológica, moral, filosófica etc. Estas não devem ser necessariamente contraditórias, mas complementares. (fonte: www.ceismael.com.br)
Contudo, as pesquisas mostram que são muitos os motivos que levam uma pessoa ao suicídio consciente, mas carência afetiva, endividamento financeiro, vazio existencial, enfermidade e processo obsessivo, talvez sejam as principais motivações dos suicidas. No suicídio de nível inconsciente, portanto progressivo, encontramos geralmente, o uso contínuo do tabaco, drogas, álcool e a ingestão compulsiva de alimentos ou remédios.
Numa perspectiva biológica, pesquisas indicam que o comportamento suicida acontece em famílias, sugerindo que fatores biológicos e genéticos desempenham papel de risco. Algumas pessoas nasceriam com certas desordens psiquiátricas tal como a esquizofrenia e o alcoolismo, o que aumentaria o risco de suicídio.
Em "O Livro dos Espíritos", nas perguntas 943 a 957, Allan Kardec discute o tema apontando as causas e as consequências deste ato, diz-nos que o desgosto pela vida é efeito da ociosidade, da falta de fé e, geralmente, da saciedade. Para aqueles que exercem as suas faculdades para um fim útil e segundo as suas aptidões naturais, o trabalho nada tem de árido e a vida flui naturalmente. Os espíritos nos advertem que quando cometemos o suicídio respondemos por ato criminoso. Acrescenta ainda que "aquele que tira a própria vida para fugir de uma má ação, prova que tem mais em conta a estima dos homens que a do Criador, porque vai entrar na vida espiritual carregado de suas iniquidades, tendo-se privado dos meios de repará-las durante a vida. Deus é muitas vezes menos inexorável que os homens: perdoa o arrependimento sincero e leva em conta o nosso esforço de reparação; mas o suicidio nada repara". (fonte: www.ceismael.com.br)
No entanto, conforme a resposta dos espíritos à pergunta 957 do Livro dos Espíritos, "as consequências do suicídio são as mais diversas. Não há penalidades fixadas e em todos os casos elas são sempre relativas às causas que a produziram. Mas uma consequência a que o suicida não pode escapar é o desapontamento. De resto, a sorte não é a mesma para todos, dependendo das circunstâncias. Alguns expiam a sua falta imediatamente, outros numa nova existência, que será pior do que aquela cujo curso foi interrompido".
O VALE DOS SUICIDAS
A telenovela brasileira "A viagem" e, mais recentemente, o filme "Amor além da vida", baseados na temática espírita, informavam sobre um lugar no Umbral onde vão os suicidas após a morte física. O livro "O vale dos suicidas", autoria de Countess, em seu terceiro capítulo, registra uma interessante experiência de uma mulher que acabara de cometer a autoviolência. É o que veremos a seguir.
"Meu espírito como que desmaiara, senti-me semi-adormecida, como se estivesse perdida no vácuo, ao mesmo tempo em que acovardava-me sentir a profundidade do erro que cometi. As sensações eram conflitantes, confusas: eu me matara mas ainda vivia, e pensar nisso era quase enlouquecedor.
Aos poucos senti-me como que acordando e a dor violenta voltou com tudo, mais forte do que nunca. Junto com ela veio o frio terrível, fazendo-me enregelar. No entanto, creio que o mais enlouquecedor foi quando o ar faltou-me, levando-me a crer que não estava morta, mas sim que estava próxima.
A dor lancinante, localizando-se particularmente em meu estômago, arrancou-me desses pensamentos e presa por convulsões indescritíveis, levei a mão esquerda ao local. Para minha maior desorientação encontrava-me de algum modo ferida nessa região e não morta, já que a vida continuava em mim. Cheguei à conclusão de que, de duas uma: ou estava em um hospital, delirando graças ao láudano, ou tudo não passava de um terrível pesadelo!
O silêncio ao meu redor era enervante e gritei, pedindo a Dante que trouxesse cobertores para amenizar o frio que me entorpecia os membros, visto que nem sequer conseguia mover-me. Também pedi comida e algo para beber, já fazia muitas horas desde a minha última refeição. Em vez da amada voz de meu marido, para meu pavor, o que respondeu foi um coro de vozes ensurdecedor e sinistro, longínquo a princípio, mas que definitivamente estava aproximando-se.
As vozes chegavam mais perto e nenhuma era conhecida. Elas gritavam, choravam, umas gemiam, outras estavam enfurecidas, algumas queixavam-se, muitas blasfemavam e a grande maioria suplicava desesperada e raivosamente por compaixão e socorro. O mais espantoso é que essas vozes não conversavam entre si, apenas derramavam seu pranto desolador".
CONTINUA (parte 2)
Psicanalista Clínico e Interdimensional
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Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |