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NUM CAMPO FLORIDO

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Autor Manuel Alvaro Silva Jesus

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 12/6/2004 1:22:16 PM


NUM CAMPO FLORIDO

Que sonho maravilhoso aquele! Assim digo, pois nem sei se sonho de facto o foi ou se constituiu uma saída rápida à deslumbrante região. Nunca cheguei a saber, até hoje, se em realidade existem pradarias assim floridas, espaços com músicas enlevantes, rios imensos de água azul-prateada e brilhante, perfumes e coisas impossíveis de serem relatadas.

No meio de tudo aquilo, uma criança loura de uns três anos, chamando-me pelo nome, guiando-me, numa expressão de felicidade contagiante, quando se volta, falou com a sua vozinha infantil, cheia de graça:

— Nós somos de Um Senhor, Infinito em todos os sentidos. Comportamos virtudes infinitas por desabrochar. Não devemos, portanto, miserabilizar nossas mentes e nossas consciências com as coisas e as impressões dos planos inferiores da vida. É capaz de se lembrar disto?

— Sou... Se Deus me der as forças...

— Forças nós a temos, por no-las haver dado Deus, desde o princípio, por natureza; o que não devemos é empregá-las negativamente, sob a forma de apegos inferiores, exclusivistas, orgulhosos, racistas, animais, etc. Pense bem, senhor Adroaldo, que não se vive, sem que se seja uma força. O que existe é força, seja lá de ordem que for, ou por mais negativa que o seja.

O certo é que venhamos a constituir uma força às direitas, no sentido harmónico, acompanhando em vibrações o Supremo Senhor. Julga ter por acaso a ida de Jesus ao mundo dos encarnados, para tamanho exemplo de esforço direccional conveniente?

— Eu sei que Jesus foi ao mundo...

E acordei. Se foi pesadelo, santo foi ele. Também, mal acordado, eis que por mim chamam, à porta. Quando a abro, era uma jovem do grupo de socorros que vinha avisar-me de serviços por executar, em sua companhia, horas depois. Saí, portanto, em sua companhia, para a rua. Todas as ruas dessa região são amplamente ajardinadas.

E creio que melhor tratamento de amor que lhe votam os habitantes não poderiam ter. Cada qual dá às flores, aos jardins, às frondosas árvores, tudo o que pode de afectos puros. E nós sabemos o que significa querer bem, contribuir desse modo pela beleza das coisas que glorificam a vida.

Religião não é isso que no mundo carnal faz de conta que é, ou faz-se por ser, religião é vida plena, amante, sábia, feliz, acolhedora, científica, harmónica, altruísta; é viver para tudo e todos, vibrantemente, universalmente, amoravelmente, seja para com os mundos, as nebulosas, os espaços infindos, as pessoas, os animais, as plantas, as pedras, tudo que vive, tudo que é, seja lá o que for, desde que seja manifestação do Supremo Espírito, da Fundamental Essência.

Havendo acompanhado aquela jovem, duas horas depois fomos ter a uma casa da crosta. Devia ser gente protestante, logo calculei, pelas cantorias bonitas com que se dirigiam a Deus, a Jesus, imaginando Aquele da forma a mais antropomórfica possível. Todavia, sentiam muito o que faziam, embalsamando o ambiente de maneira feliz, com radiações vigorosas.

Pediam ao Senhor a cura de uma criança, caso isso fosse do Seu Santo Desígnio. Íris, a jovem, foi levar-lhes a resposta do Senhor, resposta positiva. Foi vistoriar o caso, antes de mais nada, pois a menina tinha os intestinos em muito mal estado, fazia dias.

— Esta noite, como você irá ver, havemos de tirá-la daqui para um tratamento em nosso hospital. Faremos a cura pelo perispírito, além de virem médicos depositar elementos de nossa flora nos alimentos da irmãzinha. Ela precisa sarar, pois nasceu para certa função. O mundo carnal precisa de reformadores ou agentes de ideais reformistas; e esta menina irá fazer coisas úteis.

Trouxe consigo faculdades mediúnicas vantajosas que, em seu tempo, hão de se expor, abalando a crendice de muitos. Poderá vir a ser mal compreendida, odiada até; mas, aos servos do Senhor basta-lhes a satisfação de consciência, de mandato em exercício.

A turma de cantores saíu. Nós, também, nada mais tínhamos por fazer, depois de Íris lhe impor as mãos, passando-lhes fluidos vivificantes.

A noite, por isso mesmo, estava sendo aguardada por mim com todas as honras; aprende-se muito e sempre por estas bandas da vida, no círculo de pessoas agentes do bem. Como Fábio estivesse com tempo, fiz-lhe convite, depois de indagar a Íris se isso seria possível, não prejudicial e do seu agrado. Ele quis muito e assim ficou combinado, para depois da meia-noite.

E a meia-noite chegou.

Quando saímos do instituto socorrista, um grupo de umas dez pessoas mais ou menos, guiado por Íris, foi com destino ao hospital localizado numa região abaixo, posto intermediário entre zonas trevosas e primeiros estágios de restauração e paz. Íris levava encargo no sentido de preparar o necessário para o acto a que a menina houvesse de necessidade. Chegados, pois, ao hospital em vista, deixou ela documento em mãos responsáveis, na portaria do mesmo. E partimos.

Na crosta, e casa adentro, vimos que amorosa mãe velava pelo seu rebento, sentada em cadeira de vime, pensando no Senhor; orava, no momento, desprendendo vigorosos filetes brancos, puros como o seu amor maternal.

— Ponham todos as mãos sobre mim — ordenou-nos Íris.

Feito isso, ordenou de novo:

— Orem ao Sagrado Princípio do Universo, que é em nós a parte e o Todo.

E não havia que pensar em Deus longínquo, depois de tal convite. Passamos, por isso mesmo, a arrancar de nós aquilo que jamais deixou de ser depósito divinal, em poderes e sentires. Nossas almas foram como que se expandindo, tornando-se amplas; cores desconhecidas foram-se apresentando, sons maviosos e embalantes vieram aos nossos ouvidos. O quarto podia estar escuro para os frouxos alcances do olho encarnado; para nós, porém, tudo era luz e dadivosas bênçãos.

Íris, só então, colocou sua mão direita sobre o ventre da irmãzinha, projectando-lhe eflúvios multicores, que, aos poucos, tomaram a tonalidade mais viva do dourado. Era como se um batalhão de homens bem armados valentemente penetrasse e de chofre pela caverna dentro onde ladrões se escondessem. Porque, assim como os ladrões o fariam, procurando jeito de fuga e esconderijo pelas frinchas e anfractuosidades, assim começaram a fazer, aqueles turbilhões mucosos, numa sortida desesperada.

A mãe, ante as convulsões da filhinha, levantou-se e prontificou-se à higienização. Admirou-se da quantidade de elementos expelidos e do mau cheiro. Mas, notou com satisfação, que o seu anjinho estava com outro aspecto, sorrindo mesmo, como há tempos não o poderia fazer.

Uma vez limpa a criança, colocou-a de novo no leito, acariciando-lhe a cabecinha loura.

— Coloquem as vossas mãos sobre a mãe. — ordenou Íris — Vamos aproveitar suas reservas de fluido animal eletromagnetizado.

E ela mesma passou a impor directriz aos fluidos que começaram a exteriorizar-se pelas pontas dos dedos da progenitora. Com isso, dentro em pouco a menina adormecia. E chegou a hora aguardada.

— Afastem-se um pouco — disse Íris, movendo a cabeça, a sua bela cabeça, de onde despencavam ondeados e sedosos cabelos cor do sol.

(...)

Osvaldo Polidoro

Ver artigo completo em: "A Caminho do Céu", em:
https://www.divinismo.org
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