O AMOR, a DISNEY e o ANALISTA DE BAGÉ
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Autor Jay Reiss
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 11/18/2014 4:19:28 PM
Vida é assim: ela acontece no aqui e agora. E a gente é convidado a decidir a todo instante, e agir ou não agir, falar ou ficar em silêncio.
Esses dias eu terminei um atendimento e desci para almoçar com uma fome de amargar. Assim que eu desci eu ouvi uma mulher chorando aos berros no telefone, do gênero que não dá pra não perceber. Por onde ela passava as pessoas paravam o que estavam fazendo para observá-la.
Ela caminhava meio atarantada enquanto gritava no telefone: “você acabou com a minha vida”, e coisas do tipo. Vendo isso, o meu processo de decisão começou: vou ou não vou, me meto ou deixo passar?
Bem, fui: “você está precisando de alguma coisa?”
Ela: “Não” (chorando copiosamente)
Eu: “Quer falar o que aconteceu?”
Ela: “Eu só quero morrer”
Bem, geralmente quem quer se matar mesmo, se mata. Além do mais, o que mais eu podia fazer ali? Eu falei pra ela que imaginava que alguma coisa muito séria tinha acontecido e que seria bom ela sentar e se acalmar e indiquei um banco de praça mais a frente. Ela seguiu o rumo dela e eu o meu.
Fui almoçar para matar o que estava me matando e na volta decidi sair um pouco da minha rota e passar pela praça pra ver se ela estava por ali. Ela estava. Ao me aproximar vejo que ela continuava chorando copiosamente.
Aí pensei o seguinte: bem, ela aceitou a sugestão que eu dei, a de sentar no banco da praça.
Me aproximei e mas dessa vez fui mais direto: “tá bom, o que aconteceu?”
Ela respondeu: “Ele me deixou. Quero morrer. Ele disse que o amor acabou. A gente tinha planos de se casar. NUNCA MAIS vou amar ninguém.”
“Sei”. Respirei fundo e pensei: ah, puta que pariu.
Ela continuou dizendo que já estava chorando há três dias, que era auxiliar de enfermagem e que quase tinha dado remédio trocado para os pacientes. E que além disso, a mãe dela queria matar o criminoso que não queria mais namorar a filha dela.
“Quantos anos você tem?” Eu perguntei.
“22 anos”.
“E quantas relações você já teve antes?”
“Só uma.”
“E por que terminou a relação anterior?”
“Porque eu deixei de gostar dele.”
“Hum...”
No meio disso ela continuava chorando e dizendo que ele não podia ter terminado com ela.
E de novo, o meu processo decisório foi testado: “Se eu ficar ouvindo essa ladainha, isso não vai ter fim.” Ela estava muito confortável no drama dela, se esparramando igual batatinha quando nasce.
Aqui os complacentes de plantão iriam se foder e ficar horas ali sem resultado nenhum. E é claro que iriam me criticar com a sequência dos fatos, em que eu basicamente encarnei o analista de Bagé.
Na realidade eu fui direto o suficiente para ela acordar drama infinito que ela mesma estava produzindo e estrelando.
Não é fácil perder não. Mas saber perder traz dignidade pra gente. E além do mais o drama se alimenta de atenção “caridosa”, especialmente se ela vem misturada com pena. Compaixão é outra coisa.
Eu estava presente ali, e fui franco e sincero com ela. E ela sentiu isso, me ouviu, parou de chorar e de falar besteira. E no final me agradeceu e ficou reflexiva com as coisas que eu disse pra ela. Se vai ter um resultado duradouro, isso eu não sei mesmo, mas desejo que de alguma forma que esse encontro possa trazer algum benefício pra ela.
Ah, essa noção de amor romântico...”e foram felizes para sempre”...os contos de fadas da Disney fizeram um desserviço pra coletividade.
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Constelador Familiar, Facilitador de Barras de Access®, Facilitador de EFT, Instrutor de Breema Bodywork®, Master e Wizard Avatar ®, estudante contínuo de Astrologia como orientação pessoal e profissional. Trabalho com atendimentos e cursos http://terapia.net.br http://www.terapiacomjay.com.br E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |