O AMOR e o tempo...
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Autor Renata Cibele Lima
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 09/01/2013 06:52:08
Houve um tempo que sair por aí com uma máquina fotográfica nas mãos era a minha paixão. Andava sem compromisso, sem precisar obrigatoriamente descobrir uma imagem perfeita.
Houve um tempo que andava tranquila, só curtindo a paisagem e adorava sentir meu andar firme e leve pressionando dentro do tênis a dureza do asfalto.
Houve um tempo que suar durante a caminhada era fonte de prazer. Os raios de sol quando ficavam mais intensos pareciam beijar com sofreguidão minha pele.
Houve um tempo que queria perceber o quanto minhas emoções apareciam em meu semblante, então fotografava meu retrato.
Houve um tempo que quando percebia certo ar triste em meu olhar falava para mim: Sorria e deixe seus olhos brilharem!
Houve um tempo que andava por aí achando que o caminho que escolhi não tinha mais jeito de mudar e ser feliz.
Houve um tempo que quando deixava algumas lágrimas cair e abaixava para secá-las descobria que não estava sozinha ali. Havia tanta coisa bonita a minha volta, tantas coisas que construí no meio da tristeza que pensava sentir.
Houve um tempo que quando me faltou coragem de jogar tudo para o alto para tentar refazer a minha vida, criei força e coragem, não duvidei e resolvi ir em frente. Mudei! Larguei o que não me deixava sorrir.
Houve um tempo que não acreditava mais que pudesse caminhar sozinha e voltar para a minha vida de antes, antes de tudo que vivi e me fez crescer.
Houve um tempo que achava que jamais conseguiria encarar uma nova maneira de viver, sem ele, por escolha e decisão minha de deixá-lo partir. Eu não era feliz mesmo!
Tanta gente namora, se casa, vive junto e se acostuma a ter o outro por perto e, muitas vezes, sem paixão, sem desejo de homem e mulher ou de parceiros, mas mesmo assim não separa e vive infeliz a dois.
Houve um tempo que acreditei ser possível ficar junto sem amor. Viver a dois só tendo uma amizade gostosa e uma companhia, na tristeza e na alegria.
Mas nada disso é bom e faz bem. Feliz é ter paixão e amor pelo outro, pelo parceiro de vida. Paixão é tempero do amor e o deixa vivo e aquecido. É a lareira do quarto.
E pensar que só comecei minhas divagações quando resolvi caminhar debaixo do sol e acabei refletindo e escrevendo sobre amor e parceria. Amizade e paixão. Quanta filosofia! É melhor ser feliz do que ficar pensando em razões, porquês e onde encontrar a tal felicidade almejada.
Ser feliz é amar e ser amado. Isso é tudo e vale a pena!
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Renata Cibele Lima é Escritora, Arte-Educadora, Artista Plástica, Pesquisadora e Consultora em Desenvolvimento Humano. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |