O APEGO ( É MEUUU!) - Parte 2
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Autor Irineu Deliberalli
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 11/10/2005 9:06:42 AM
Normalmente, nossa mãe e nosso pai não nos amam. São apegados em nós. Confundem apego com amor. Aprendemos o apego e o praticamos em quase tudo em nossas vidas.
Infelizmente, a grande maioria dos seres humanos não pratica a troca, o entrar e sair em uma relação. “Temos uma necessidade interna de sentir que o outro é meu. Precisamos ter o outro. Somos dependentes do outro”. Só que estar com o outro, viver os momentos da relação, curtir o que for possível e depois voltarmos para nosso interior e nossa vida pessoal, a nossa geração não tem conseguido compreender.
Esta dependência do outro fez com que eu precisasse tomar conta da vida do outro. Preciso saber de sua vida. Preciso saber onde está, com quem está, o que disse e o que ouviu. O outro precisa confirmar várias vezes por dia que me ama. Se ele não confirma, sinto-me frágil, vazio, oco; é quase que uma sensação de desespero, de muita solidão e dor que toma conta de mim, dando até vontade de sumir. A vida perde o significado e só volta a ter algum valor se o outro me confirmar novamente e dizer e demonstrar que me ama. Preciso me sentir amado pois não me amo e aí dependo do amor do outro. Desenvolvi o apego pelo outro e, conseqüentemente, a dependência por não me amar.
Normalmente, chamam de amor as atitudes de apego e algumas pessoas têm este processo em nível de altíssima ansiedade, portanto, insegurança. Não tendo o outro elegem objetos materiais, precisando então consumir muitas coisas ao mesmo tempo, para aliviar a ausência interior do outro. Que, no fundo, não é do outro e sim de si mesmo.
Preste atenção às pessoas depois de alguma compra num shopping ou qualquer outro lugar, como se sentem compensadas e satisfeitas, pois a compra do objeto supre por hora a insegurança até que nova crise apareça e outra compra, ou mais um pouco de chocolate, ou até uma relação sexual vem aliviar minha tensão e fazer com que esqueça por momentos, aquilo que dói em mim, que é minha ausência de mim mesmo.
Reafirmo que toda ausência que temos do outro é de nós mesmos. Quando digo que preciso do outro para me proteger ou me completar ou me sentir seguro, é porque não aprendi a fazer isso comigo e preciso que o outro me faça. A tônica do apego é tão forte e a necessidade do outro se torna tão intensa que o outro vai completar alguma coisa que não faço por mim.
Estas pessoas que têm um nível mais elevado de apego e não se sentem complementadas pelo outro, precisam pôr para fora seus estados de insatisfação pessoal e trocam pelos objetos pessoais, as pessoas e acabam até praticando comportamentos compulsivos. Algumas têm a compulsão de comprar coisas sem conseguirem se conter. É como se ao comprar algo comprasse um pedaço de alguém que substitui um pedaço de si mesmo, que desesperadamente procura e precisa para se sentir uma pessoa, um ser humano.
Evidentemente, o que coloco aqui são teorias e praticá-las poderá ser bastante difícil, e até impossível, por pessoas que não têm o costume de entrarem em si e praticarem uma meditação.
Pode ser que alguma pessoa até ache uma utopia o que escrevemos mas tenho absoluta convicção que a felicidade e a paz, que são dois dos três estados mais desejados pelo ser humano (o outro é a saúde), só serão conseguidos se praticarmos uma mudança de padrões.
As relações no planeta estão estruturadas em se praticar o apego e apego representa também poder. Eu me apaixono pelo poder, eu tenho apego pelo poder. Levo este modelo para todos os meus papéis sociais, humanos e espirituais (sim, espirituais, pois as religiões são estruturas de poder e apego e não de ligação com a divindade) e passei a procurar fora de mim, o que deveria ser o meu maior compromisso interior.
Creio que não seja um caminho muito difícil ir se conseguindo este novo padrão. Se eu for honesto em meus propósitos e aprender a ficar comigo e meditar, entrar com profundidade nos meus sentimentos e emoções e conhecer minha realidade interior, em pouco tempo vou novamente lembrar o Deus que Eu sou e conquistar uma vida de harmonia e felicidade.
O caminho é seu, a consciência é sua e a escolha é de sua responsabilidade. Vá em frente e boa sorte; você merece pois é um Deus e Deuses não têm apegos. Deuses amam.
Ame-se e permita-se agora ser quem você É! Um Deus.
Texto revisado por Cris
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Psicólogo Clínico, Xamã, Radiestesista. Ministra Cursos de Reiki, Xamanismo, Radiestesia; Roda de Cura Xamânica todas as 5as. feiras e o Programa - "REENCONTRO - UMA VIAGEM PARA DENTRO DE SI", pela Rádio Universo - www.radiouniverso.com.br todas as 2as. feiras as 22:00hrs E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |