Menu
Somos Todos UM - Home

O Argueiro no Olho do Próximo e a Trave no Nosso

Facebook   E-mail   Whatsapp

Autor Guilhermina Batista Cruz

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 8/27/2013 2:36:29 PM


"Não julgueis, a fim de que não sejais julgados".(São Mateus, cap.VII, v.1-2).

Jesus costumava ensinar a seu discípulos, através de Parábolas, o seu Evangelho de amor. Um dos exemplos de seus ensinamentos está contido na Parábola do Cisco e da Trave nos Olhos, que assim nos diz: ” Por que vedes um argueiro no olho do vosso irmão, vós que não vedes uma trave no vosso olho? Ou como dizei a vosso irmão: Deixa-me tirar um argueiro do vosso olho, vós que tendes uma trave no vosso? Hipócritas, tirai primeiramente a trave do vosso olho, e então vereis como podereis tirar o argueiro do olho do vosso irmão (São Mateus, Cap. VII , v. 3-5). Jesus nos adverte por essa parábola, para uma das condutas mais importantes em relação ao próximo, que é o respeito e a tolerância com seu modo de ser. Ele nos alerta de que não devemos nos fixar nos defeitos do outro e sim nos preocuparmos com os nossos, procurando, antes de tudo, extirpá-los. Por que achamos sempre o outro errado, criticando sua conduta e tocando em seu ponto fraco, explorando suas “feridas” morais, quando podemos estar em situação igual ou até pior do que aquele a quem criticamos? Cutucamos o defeito do próximo, mas esquecemos das traves que impedem nos fixemos nos nossos. O defeito que vemos no outro, se nos incomoda, é porque nos vemos nele, mas, para ocultar nosso defeito moral, acabamos evidenciando o do próximo. É mais fácil colocar sobre os ombros de alguém a culpa de atos errado, do que nos avaliarmos quando praticamos o mesmo ato.

Somos seres imperfeitos e necessitamos ascender mais um degrau em nossa jornada evolutiva.Temos ainda defeitos a burilar, e por isso mesmo, precisamos exercitar a tolerância com o próximo. Embora alguns já tenham alcançado uma melhor sintonia e uma compreensão mais apurada sobre o sentido da vida, cientes de que têm uma missão a ser realizada, reconhecem que precisam ainda aprimorarem-se mais como seres humanos e combater seus defeitos para evoluírem. Por essa razão, preocupam-se mais com suas vidas do que com a do próximo. Fogem dos julgamentos precipitados e da crítica sobre a conduta do outro, tentando seguir o caminho ensinado por Jesus quando nos disse que não julguemos para não sermos julgados, porque com a medida que julgarmos, poderemos ser julgados também. Costumamos ser compreensivos com aqueles que nos são caros e a quem achamos merecedores de nossa atenção, por razões que pode ir do interesse a uma simpatia resultante de uma melhor afinidade que estabelecemos com ele, em detrimento de outros, que não nos agrada pelo seu modo de ser e sentir. Em relação a estes, nos sentimos particularmente incomodados, e fazemos questão de nos mostrarmos arrogantes, desmerecendo suas qualidades e ressaltando seus defeitos. Geralmente, no meio de tanta antipatia desponta sempre certa inveja disfarçada, pelo modo como ele se sobressai melhor em certos aspectos do que nós.

E por que nos indignamos e queremos espalhar aos quatro cantos os defeitos do outro e quando alguém aponta em nós os mesmos defeitos, sentimos raiva e ficamos com a sensação que fomos injustiçados? Para entender as razões que nos invade quando julgamos alguém é preciso
compreender as imperfeições que ainda acomete a todos nós, como seres humanos a caminho de um novo patamar evolutivo. Quem consegue ter uma compreensão melhor da vida, porque já passou pelos mesmos erros que o outro comete, é mais complacente com os defeitos do próximo, porque sabe o quanto é difícil a luta para vencer a si mesmo e as imperfeições que o impede de ser melhor. Já aquele em que a compreensão da natureza humana ainda é incipiente, que ainda não desenvolveu a capacidade de perceber o outro e de se colocar em seu lugar, prefere entregar-se ao julgamento e ás críticas destrutivas. Sempre arranjamos uma razão para os defeitos que notamos em nós, e que nos incomoda ao percebermos no outro. Na verdade, se seguíssemos as palavras de Jesus sobre a questão do julgamento dos atos alheios, jamais emitiríamos qualquer juízo sobre os atos dos semelhantes, tendo em vista que a nós mesmos poderia ser imputado tal juízo.

Antes de criticarmos alguém é de bom alvitre nos colocarmos em seu lugar, para saber como nos conduziríamos se estivéssemos enfrentando a mesma situação. Se acontecer de virmos a praticar um ato que condenamos no próximo, é necessário que provemos que ao passar por ele, não cometeremos também o mesmo erro. Como somos ainda imperfeitos é muito improvável que passemos ilesos, sem qualquer falha, pela mesma situação que o outro passou. Outro aspecto a considerar sobre o julgamento dos atos alheios é que podemos incorrer em grande erro quando só vemos as atitudes exteriores do outro. Interiormente, ele pode estar cheio de bons sentimentos, às vezes bem melhores que os nossos, só que ele não consegue exteriorizá-los adequadamente. Por que então, em vez de criticarmos e julgarmos os outros não buscamos ampliar nossa visão e nosso tempo no bem, atentando para nossas atitudes de desamor e desrespeito, procurando fazer melhor aquilo que está em nosso poder fazer? A crítica que fazemos com intenção maléfica fere e ninguém em sã consciência gosta de ser ferido. Aqui podemos destacar também o problema da vibração, pois ao agredimos alguém, seja de que forma for, receberemos de volta toda a carga negativa que emitirmos, caso a vítima esteja na mesma sintonia de desamor de quem a agride.

Críticas até podem ser feitas, quando trata-se de reprimir o mal que poderia causar dano a alguém, assim como quando sirvam de ajuda para quem as recebe ou quando ajudem alguém a sair de alguma situação equivocada. Fora disso, quando ferem ou denigrem a imagem do outro é falta de amor, caridade e discernimento. É fundamental que vivamos e deixemos o outro viver sem nos intrometermos em seus problemas. Só ele sabe de suas dores, anseios e frustrações. Não aumentemos suas dores morais com nossos julgamentos precipitados e inconscientes., pois é muito fácil olhar e aconselhar o que julgamos o certo, mas é certo que é muito difícil fazer o que aconselhamos. É mais fácil evidenciar o erro do outro do que colocar o nosso em evidência. É o orgulho, que muitos denominam de amor-próprio, que não nos deixa notar as imperfeições de nosso espírito, fazendo-nos, entretanto, ter olhos perspicazes para notar os defeitos do próximo, ao invés de nos voltarmos para nosso interior e procurar a correção de nossos defeitos e inferioridades. É preciso cuidado quando condenamos ou apontamos o defeito de outrem, pois palavras ditas com maldade saem de nossa boca e produzem conflitos, mágoas e decepções, infelicitando a vida das pessoas atingidas. Cada julgamento leviano que fizermos constitui-se numa infração à Lei de Deus e ao seu mandamento maior que é o de fazermos ao próximo o que desejamos que ele nos façam.

Procuremos modificar a atitude de julgar errada a conduta do próximo e divulgar seus defeitos, agindo com mais tolerância e caridade. Segundo Emmanuel, no Livro Paz e Renovação: ”Abstenhamo-nos de julgar. Nosso ponto de vista, ante os problemas dos outros, pode ser apenas impertinência, descaridade, leviandade, constrição."


Paz e Luz a Todos.
Gostou?    Sim    Não   

starstarstarstarstar Avaliação: 5 | Votos: 23


estamos online   Facebook   E-mail   Whatsapp

foto-autor
Conteúdo desenvolvido pelo Autor Guilhermina Batista Cruz   
Visite o Site do autor e leia mais artigos..   

Saiba mais sobre você!
Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui.
Veja também
Deixe seus comentários:



© Copyright - Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução dos textos aqui contidos sem a prévia autorização dos autores.


Siga-nos:
                 

Energias para hoje



publicidade










Receba o SomosTodosUM
em primeira mão!
 
 
Ao se cadastrar, você receberá sempre em primeira mão, o mais variado conteúdo de Autoconhecimento, Astrologia, Numerologia, Horóscopo, e muito mais...


 


Siga-nos:
                 


© Copyright 2000-2025 SomosTodosUM - O SEU SITE DE AUTOCONHECIMENTO. Todos os direitos reservados. Política de Privacidade - Site Parceiro do UOL Universa