O bom senso e o Autoconhecimento
Atualizado dia 11/13/2006 5:21:20 PM em Autoconhecimentopor Eda Cecíllia Marini
Neste momento, é muito importante se destacar a tendência geral de se trocarem as regras. Querendo dar um jeito rápido na bagunça do passado mal gerenciado, larga-se o rol de regras sob o qual sempre se viveu submetido para adotar-se outra lista de regras criadas com a finalidade de rápida auto-ajuda, amplamente disseminadas pelos meios de comunicação, como o modo mais fácil de se alcançar o sucesso, a prosperidade, o amor, a vitória completa, submetendo-se novamente a normas generalizadas e que na maior parte das vezes não têm nada a ver com o interior de quem as está praticando. É trocar seis por meia dúzia, na ilusão de solucionar finalmente todos os problemas e impasses da vida.
Isto não é autoconhecimento e muito menos evolução.
Como fazer, então? Onde buscar orientação segura?
É muito mais simples que parece. Por sermos criados à semelhança do divino, somos como Ele, pois temos os seus genes, temos em nós a divindade. E é lá que encontramos todas as respostas às nossas indagações: direto em nossa alma. É nela que existe algo divino, chamado “senso”, isto é, capacidade de sentir, analisar e entender, julgar; portanto, a ferramenta certa e indispensável para discernir o que é bom ou não em nossa vida. Saber usar bem esta capacidade se chama “bom senso”, ou seja, usar o que nos chega com equilíbrio e clareza.
O maior exemplo vem da sabedoria da Natureza. Nada existe nela que não tenha função ou uso: o inútil se torna desnecessário e supérfluo, sendo rigorosamente reciclado ou descartado, substituído pelo que é funcional, produtivo e útil.
Conosco acontece a mesma coisa.
É preciso então se usar lentes especiais para observar-se: as lentes do bom senso, a fim de que não caiamos na generalização, na massificação oferecida pelas simples troca de “listas”, como foi dito acima. Somente com o uso do bom senso é que trazemos ao nível do nosso consciente o que precisa ser modificado. Sem regras. Sem rigidez, exigências, perfeccionismo, mas sim com flexibilidade, lucidez e, sobretudo, muita coragem, modéstia e auto-aceitação.
Observar. Neste primeiro passo vamos fazer o caminho inverso: partindo dos fatos (resultados), sentir, perceber quais atitudes os causaram e, por tabela, quais valores os originaram. Preste atenção no tempo, energias, talentos, idéias, objetos. Nas suas reações, sentidos e sentimentos, na linguagem do seu corpo, dores, doenças, postura. Observe seus valores e recursos, com muita clareza. Observe o peso e a importância que atribui a cada valor, crença, costume, idéia, objeto de posse; o espaço que cada um desses elementos ocupa em seu dia-a-dia, em sua vida, em sua casa, em sua história. E como usa seus recursos.
É quando vem o segundo passo: organizar-se. Sempre com bom senso, definir o que fica (porque fica e como fica) e o que sai. Descubra o modo como usa seus recursos e meios melhores de usá-los, pelo menos um de cada vez. Ordene-se e descomplique, encontre modos de gerenciar sua mente e suas emoções.
Terceiro movimento: limpar. Descarte-se de tudo o que não é mais funcional e útil, seja energético ou material. Pensamentos poluídos, rancores, cobranças, emoções ultrapassadas e cristalizadas, ilusões, vícios, controle e possessividade, ciúme, mimo, manias, atos falhos, hábitos. Roupas, objetos, coisas, enfim, tudo que não usa há muito tempo e está jogado num canto do armário, da casa. Desfaça-se sem dó e medo: abra espaço no coração, na mente, na casa. Libere! Areje, limpe! Abra as janelas da alma e da casa e deixe entrar o novo, a luz, deixe o trânsito livre para as energias superiores! Trabalho de coragem e de maturidade!!! De verdadeira modéstia e humildade.
Toda esta reflexão exige disciplina e força de vontade. Não desista diante da primeira dificuldade. Acalme-se, respire, continue. Adote a autodisciplina para reforçar seus propósitos. Sempre com muito bom senso, isto é, sem culpa, sem rigidez, com flexibilidade e auto-aceitação, humildade; pouco-a-pouco, mas com perseverança, bom humor, paciência e calma, na verdadeira e saudável alquimia interior.
É um trabalho de transmutação interior, de e na alma, quando energias de diferentes níveis de condensação (espiritual e material) se unem para a sua conscientização. Isto é autoconhecimento para crescer, para evoluir. É trabalhar com a Luz, na Luz e para a Luz. É ser Luz.
Que a Grande Luz esteja em seu coração, a todo instante.
Texto revisado por Cris
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