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O CASAMENTO ACABA COM O NAMORO???

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Autor Daniela M. P. de Azevedo

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 10/22/2007 3:57:27 PM


Há alguns anos, quando ainda estava na faculdade, realizei uma pesquisa de campo sobre os relacionamentos conjugais. Especificamente, a pesquisa visava entender qual o papel da mulher no casamento. Foram entrevistadas 10 mulheres, escolhidas aleatoriamente, com idade entre 25 e 55 anos e, casadas há pelo menos 5 anos. Achei interessante, portanto, através deste artigo retomar este assunto, tão polêmico e sempre atual.

O anseio de encontrar a alma gêmea, o par ideal existe dentro de todos nós. Para muitas pessoas a felicidade verdadeira está no encontro do amor. É claro que, sendo o homem um ser social, é essencial para o seu desenvolvimento compartilhar do afeto. No entanto, o que se percebe é que as pessoas estão em busca de alguém que preencha os seus “buracos”, os seus “vazios” e não alguém que compartilhe a vida com elas.

É pura ilusão acreditar no par perfeito, mas o que é possível ao homem é se voltar para o seu mundo interno e aceitar que as pessoas não são iguais, e que é a partir das diferenças que podemos crescer, aprendendo a valorizar as diversas formas de expressão dos sentimentos de cada um e tomar consciência de que o problema não é ter conflitos, mas não saber como lidar com eles.

No discurso da maioria das mulheres entrevistadas, em minha pesquisa, notei que o casamento é visto como algo difícil, complicado e, por vezes, enfadonho, ou seja, muito diferente dos primeiros tempos do namoro. A questão que pode ser levantada é: porque no casamento não há espaço para o namoro? Porque o casamento não é visto como um processo de construção e conhecimento do outro e como uma continuação da fase “feliz” dos “primeiros dias”?

O que se verifica é que os casais separam o namoro do casamento, como se fossem duas coisas totalmente distintas. Os parceiros, a partir do momento em que se casam, passam a vestir uma máscara de marido ou esposa ideais, ou seja, a esposa ideal é alegre, comunicativa, entende e completa o marido; é aquela que cuida bem da casa e dos filhos. O marido perfeito é aquele que é o amigo pra todas as horas, companheiro, que sabe o que a esposa gosta e sente, que gosta de diálogo e conversa com ela sempre que ela deseja; é o pai perfeito para os filhos do casal e, além de tudo, é o que traz o sustendo para dentro do lar. Isso significa que a leveza e a espontaneidade do namoro já não tem espaço, pois não existe flexibilidade nos papéis assumidos, somente uma rigidez absurda do que é ideal ou não no casamento.

Desta forma, não se tem mais possibilidades de descobrir e ser descoberto, e essa “mesmice” faz com que a relação vá minguando até que não exista mais nada a ser feito por ela. Acredito que grande parte dos conflitos existentes no casamento seriam solucionados se cada pessoa pudesse ser livre para ser o que quiser, livres para serem elas mesmas.

Para finalizar, mencionarei uma frase de Carl Rogers, que gosto muito e que expressa a liberdade de sermos nós mesmos e ainda assim, amarmos e sermos amados:

“Eu talvez possa descobrir mais do que sou realmente em meu íntimo e chegar mais perto disso – sentindo-me às vezes, encolerizado ou aterrado, às vezes amante e solícito, de vez em quando belo e forte ou desordenado e medonho – sem esconder de mim mesmo esses sentimentos. Eu talvez possa estimar-me como a pessoa ricamente variada que sou. Talvez possa ser espontaneamente mais essa pessoa. Nesse caso, poderei viver de acordo com os meus próprios valores experimentados, conquanto tenha consciência de todos os códigos da sociedade. Nesse caso, poderei ser toda esta complexidade de sentimentos, significados e valores com meu companheiro – suficientemente livre para dar o amor, a raiva e a ternura que existem em mim. É possível, então, que eu venha a ser uma pessoa real. E espero poder incentivar meu companheiro a seguir o seu caminho na direção de uma personalidade única, que eu gostaria imensamente de compartilhar” (Rogers, 1972)

Daniela M. P.Azevedo é Psicóloga Clínica de orientação transpessoal. Especialista em Psicologia Clínica/Hospitalar pelo Hospital das Clínicas da FMUSP.
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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Daniela M. P. de Azevedo   
Daniela M. P. Azevedo, psicóloga e psicoterapeuta. Possui consultório em Osasco, realizando atendimentos para crianças, adolescentes, adultos e casais. Para agendamento de consultas, entrem em contato por meio dos telefones: (11) 3699.3517 ou (11) 8643.6826
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