O Consolador dos Cátaros
Autor Marcos Spagnuolo Souza
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 2/5/2008 9:04:15 AM
O consolador é a consciência de Deus, o Espírito Santo, a energia crística que cai sobre a Terra como se fose chuva. É a chuva invisível que faz germinar a verdadeira vida. É o parackleto, o espírito da verdade que o mundo profano não conhece e não pode absorver.
Somente a Taça Sagrada (O Graal) pode recolher o sangue de Cristo que é o consolador a energia divina responsavel pela transmutação do corpo material em corpo de luz. A Taça Sagrada é o corpo de luz.
A ceia é servida para os que possuem o Graal, muitos são os chamados para participar do banquete, mas suas consciências estão presas nas atividades cotidianas da materialidade. Somente os pobres de energia material comparecem à ceia oferecida pelo Senhor dos Senhores. É importante compreendermos que aqueles que não possuem as vestes próprias, que não estão paramentados devidademente são obrigados a se retirarem. A veste própria é o manto sagrado, a túnica que Trevrizent usava quando entrou na gruta para iniciar o jovem Parsifal, o paramento é o corpo de luz. Mestre é aquele que possui o corpo de luz. A túnica é o novo corpo eterno, costurado com fios invisíveis. É a barca de ouro tendo o sol por vela, é a arca de Noé e nunca um pedaço de pano que se coloca nos ombros. A túnica feita de elementos finitos é a túnica da materialidade.
Os ensinamentos a respeito da construção da Taça Sagrada é muito antigo. Vamos encontrar os referidos ensinamentos nos Vedas que foi recebido por uma civilização muito antiga que desapareceu da Terra. Vamos encontrar os ensinamentos do Graal em Melchisedec que entregou o referido conhecimento a Abrahão que a entregou a Moisés que foi recebida por Jesus. O Graal não é um símbolo e sim uma realidade é a veste eterna da alma que volta para o Universo Divino. Quando dizemos que Moisés bebeu na Taça do Graal estamos afirmando que ele recebeu o Consolador, o Espírito da Verdade e da vida eterna.
O Graal é a Nova Aliança: “é o sangue que é derramado por vós”. Significa que a partir do momento que a alma absorve o sangue e o corpo de Cristo (energia divina) deixamos as ligações com o mundo físico, rompemos com a velha aliança e fazemos uma nova aliança ou união com o Reino Infinito.
A energia crística, que é o consolador é tambem o sangue que nos dará Nova Vida. É o sangue, porque percorrerá por todo o nosso sistema, transformando-nos no Novo Homem, o Homem das Vestes Áuricas.
No século XII o Graal permanecia vivo, existia Mestres, condutores dos buscadores do Graal. Os cátaros, ou perfeitos, eram o Santo Graal.
O FIM E O INÍCIO
As cruzadas e a inquisição eliminaram todos que seguiam o catarismo. Em muitos locais, os padres católicos celebravam suas missas tendo como fundo a decapitação ou esquartejamento dos possuidores do Graal.
O Grão Mestre dos cátaros, Bertrand d’en Martri juntamente com um grupo de 205 homens e mulheres, no dia 16 de março de 1244, entraram voluntariamente na fogueira que foi erigida por seus perseguidores no sopé do castelo Montsegur.
Os cátaros foram eliminados, mas não conseguiram eliminar o conhecimento da transmutação do corpo material em corpo eterno. Mataram os cátaros, mas não conseguiram matar o conhecimento vivencial da endura que é o subir a alta montanha deixando no caminho os desejos e apegos.
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