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O Dinheiro e o Seu Valor

Atualizado dia 6/12/2007 2:47:49 PM em Autoconhecimento
por Maria Cristina Tanajura


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Vivemos num mundo onde o dinheiro ocupa um lugar primeiro, para a grande maioria dos seres humanos. Deixou de ser uma energia necessária para a vida, como também alimento é, para se tornar um senhor, um dominador de consciências. E nada é de palpável, mas apenas energia, que pode ser transformada em coisas que, com certeza, nos são necessárias, se nos ajudam a viver de forma mais saudável e confortável. Em sua essência, é um pagamento justo pelo esforço despendido por cada um. Mas, sabemos que não está sendo assim. Muitos que ganham muito, pouco fazem e muitos que trabalham bastante, pouco recebem por isso. Existe um desequilíbrio energético instalado no nosso plano material, fruto da derrocada dos valores éticos, da negação do amor a si mesmo e ao próximo. Um caos instalou-se e tudo é pesado, medido, tem preço, é valorizado pela etiqueta, e a compulsão do comprar sempre mais é a mola propulsora de todo o sistema econômico vigente, que sugestiona a todos de forma implacável e ininterrupta, para que gastem mais e mais, desejem sempre produtos novos, joguem fora os que já têm, trabalhem para ganhar mais dinheiro para continuar comprando, trapaceiem, roubem, matem, se for preciso... enfim, é uma corrida do ouro desenfreada e injusta, que nos arrasta a todos, especialmente aqueles que não se vigiam, que não se conhecem o suficiente para se perceber como parte deste jogo macabro e destruidor do Ser.

No outro dia, tive uma vivência tão forte, que gostaria de compartilhá-la com você. No meio da rua, encontrei uma adolescente, mulata, mal-vestida, triste, que vendia panos de chão de algodão. Quantas vezes eu já tenho visto isto acontecer, quando paro o carro no semáforo. Mas, dessa vez, eu estava andando e tive a vontade de parar e lhe perguntar quanto era. “Está na promoção - cinco por R$5,00!” Eu nem precisava deles naquele momento, mas resolvi comprá-los para ajudá-la, pois seus olhos estavam tão tristes e desanimados. Dei-lhe o dinheiro e fui andando... mas voltei e lhe perguntei: - Por quanto você comprou este pano de chão? - “Por R$1,00 cada”. - Mas, assim, você não está ganhando nada, me vendendo por este preço. - “Pois é, dona, mas pelo menos, dessa forma não perco o dinheiro que paguei por eles”. Eu fiquei realmente perturbada e não sosseguei enquanto não lhe dei mais e lhe disse que não vendesse os panos pelo mesmo preço que comprou, mas pelo menos pedisse por cada um, R$ 1,50. Ela me olhou interessada, apesar do cansaço e da desesperança e me disse que estava ali desde cedo e só conseguira vender aqueles para mim e mais outros cinco. Morava bem longe (com certeza pagara transporte) e me falou que tinha uma filhinha que ficara com uma vizinha, que iria lhe cobrar R$ 2,50 para tomar conta dela. Senhor... eu desabei por dentro... Pedi-lhe que fosse para casa, pois já era de noite e que deixasse para recomeçar no dia seguinte, mas por um preço que desse para ela ganhar alguma coisa e que não ficasse dizendo que estava difícil, ou não conseguiria mesmo...
Ela se foi e eu continuei meu caminho muito mexida por dentro. Quantas coisas desnecessárias compramos, gastando um dinheiro que para outros é tão precioso! Gente, R$ 2,50 paga um dia de trabalho de alguém que toma conta de uma criança, enquanto a mãe tenta ganhar algum dinheiro. Que país é este, onde vivemos? Que coisa mais chocante...
Daí, pensei comigo mesma, que economizar não é apenas uma medida de prevenção do futuro, mas uma obrigação que temos diante do Universo, pois há muitas colocações valiosas que podemos fazer com nosso dinheiro, além da de ficarmos comprando coisas que não nos fazem a mínima falta.
Como é difícil conviver com esta realidade, amigos! Como a gente pode viver feliz sabendo que existem, bem perto de nós, pessoas que precisam de tudo – principalmente de uma atenção, de uma orientação e do mínimo para a sobrevivência?
É um desabafo para reflexão de quem me ler, pois acho que o dinheiro, nesta Nova Era que já está instalada na consciência de tantos, precisa voltar a ocupar o lugar em que sempre deveria ter estado; ser respeitado, ser valorizado e ser gasto com mais discernimento.

Texto revisado por: Cris

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Conteúdo desenvolvido por: Maria Cristina Tanajura   
Socióloga, terapeuta transpessoal.
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