O fim da competição
Atualizado dia 6/8/2007 4:20:06 PM em Autoconhecimentopor Mauro Kwitko
Não existe competição boa, competição é competição, manifeste-se como se manifestar. As disputas "inocentes" baseadas em atributos físicos ou esportivos são movidas pelas mesmas forças inconscientes que geram o racismo e as guerras. O mesmo embate travado nas passarelas e nos campos esportivos estende-se às arenas de verdadeira batalha, com a diferença de que aí, as pessoas se matam, não psicologicamente, mas de fato.
Como condenar as torcidas organizadas que se digladiam, que viram os ônibus "inimigos", que travam às vezes lutas ferozes, se essa luta é incentivada pelos veículos de comunicação e pelos dirigentes esportivos, ao criarem toda uma mística em torno do esporte profissional, competitivo, como se ele fosse de fato algo de importância fundamental, que nós devemos ser os melhores, os campeões, devemos ser superiores?!
No dia seguinte a uma "grande" conquista esportiva, o que muda? O que de realmente importante aconteceu, a não ser aumentar a vendagem de jornais, a audiência dos programas, os salários dos "vencedores", a egolatria dos dirigentes? E a infantilização e a inconseqüência social incentivada? E a violência alimentada?
Não admira ver crianças e adolescentes dirigindo-se aos campos esportivos, travestidos de heróis, de gladiadores modernos, de guerreiros em busca de uma guerra santa qualquer... Mas, os adultos? Homens, mulheres e até velhos fantasiados transferencialmente de seus heróis preferidos, ansiando que alguém vença por eles, gritando histericamente por seus super-heróis, seus Super-Homens, Tarzans, Power Rangers, Rambos e outras criações infantis.
Não somos contra o esporte, muito pelo contrário, ele tem um grande valor recreativo e de saúde física e mental, mas não concordamos com o esporte competitivo, baseado em valores infantis, aparentemente inocentes, mas gerador de uma "normalidade" baseada em falsos e fúteis valores sociais e culturais, que evidentemente não priorizam os verdadeiros valores, interiores e profundos, e que apenas ajudam a manter uma ilusão de que "é assim que as coisas são, assim é o certo" e que, então, colaboram de uma maneira fortíssima para obstaculizar a evolução da consciência do Homem, rumo ao seu progresso real, rumo ao seu verdadeiro super-herói, a sua Essência, em sua batalha real de aperfeiçoamento, de crescimento, que, com os outros super-heróis internos, poderiam desencadear a grande batalha final, realmente santa, a da conquista da igualdade, da liberdade e da fraternidade, rumo ao realmente Super-Homem.
Todos nós nascemos com uma vontade interna de lutar por alguma coisa, por uma causa, por algo verdadeiro, realizar coisas importantes, e dói presenciar essa verdadeira lavagem cerebral de nossas crianças e adolescentes, e nos adultos perpetuada, em que é estimulada a luta e a conquista de nada, de ilusões, de vitórias vãs, de vantagens vazias de conteúdo.
Os jovens guerreiros sobre seus cavalos imaginários, destruindo moinhos imaginários, em busca de tesouros imaginários! Que perda de tempo, que malefício, que desperdício de energia!
O fim das disputas e das competições possibilitará a mudança do nosso mundo e, assim então, atingiremos a nossa meta e os nossos objetivos reais ao reencarnarmos: o nosso crescimento individual e de toda a humanidade.
E tudo que colabora para manter a ilusão deverá ser desmascarado aos poucos, não com luta, mas com a evidenciação de que os valores internos e profundos são superiores aos fúteis e superficiais externos e que devemos utilizar nosso lado guerreiro em uma ação verdadeiramente espiritual, onde a donzela presa naquela torre ou o tesouro dos piratas seja o Amor universal, a cooperação entre os povos, a Paz.
Texto revisado por: Cris
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