O Grito Holístico (2ª parte)



Autor João Jarnaldo de Araújo
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 23/06/2010 16:07:15
A proposta é o desenvolvimento de uma interdisciplinaridade, em que se preconiza o encontro complementar entre ciência e as grandes tradições religiosas e culturais da humanidade, e esta configuração e que é em si só o MOVIMENTO HOLÍSTICO. É a síntese daquilo que já foi experimentado e vivenciado como verdade em todas as instâncias do saber humano, para resgatar-se a unidade primordial, unidade esta, sem a qual, perpetuar-se-á a destrutividade mútua, o GRITO HOLÍSTICO, então, objetiva sobremaneira, o surgimento de um homem novo de uma nova consciência ou mentalidade, de sorte a fazer acontecer o desmoronamento da velha ética que foi sustentada por uma cosmovisão maniqueista, visão esta que foi em toda a história da humanidade o mecanismo de sustentação das guerras e dos conflitos da humanidade, pela projeção do lado obscuro e sombrio de grupos, povos e nações em minorias étnicas e raciais.

O homem não reconhecendo estes aspectos "negativos" em si mesmo ou em seu grupo, e utilizando por estratégia de seu EGO, de maneira inconsciente, de mecanismo ou subterfúgio, como forma de preservar-se comodamente intacto, direciona sua energia destrutiva em suas amplas formas, ao seu semelhante, alertando ele para as terríveis desavenças, perseguições e rótulos que no decorrer da historia, temos presenciado por diversos registros, extraindo-se desta visão Junguiana a psicologia do BODE EXPIATÓRIO.
O GRITO HOLÍSTICO, que estamos ensejando, quer pregar a não separatividade, as vantagens do desapego, como forma de sairmos deste limbo espiritual, deste racionalismo cinzento desvestido de sentido, que não está levando a lugar nenhum. O movimento de per si, fundamenta-se na visão não fragmentária da vida, no continuum da existência, na máxima crística: "SOMOS TODOS UM SÓ".
ALICE BAILEY em seu Tratado de Magia Branca escreve textualmente, que a natureza dualística da mente rasa e egóica é quem produz a ilusão, pois esta mente ou apresenta ao homem as chaves do reino dos céus, ou lhe bate na cara, a porta que o poderia conduzir às realidades espirituais e divinais mais amplas. A mente concreta é a causa de muitos males para a humanidade com certeza.
HELENA BLAVTSKY, em a Voz do Silencio , ocupando-se de idêntico pretexto e explanação conceitual, argumenta que a mente enquanto processo egóico é a grande destruidora do real, isto é, ela com sua atividade contínua, com seus raciocínios capciosos, faz com que identifiquemos a realidade com o mundo ilusório que conhecemos pelos sentidos, produzindo uma espécie de névoa, que nos impede o livre curso da intuição.
É bom que concebamos a INTUIÇÃO como sendo uma função vital no processo Psíquico, quando queremos evoluir no sentido da AUTO-REALIZAÇÃO plena, Que em outras palavras, seria o salvo conduto da felicidade tão proclamada. É ela, que aliada ao sentimento à Sensação e à Razão (pensamento), nos assegura a individuação, Como quer a boa orientação Junguiana, a qual entende ser a gênese do conflito do homem moderno a unilateralidade de sua alma, da supremacia da RAZÃO, em detrimento das demais funções, tornando-o NORMÓTICO.
O Paradigma racionalista/materialista tem como foco cultural a acumulação de riqueza material. A sociedade em sua forma ampla cultua tais valores ao extremo, deidificando a matéria, a posse, o poder pelo poder, desprezando por completo as orientações contidas no bojo de qualquer doutrina espiritual verdadeira. Nesta cultura o valor nobre, o que é sagrado é o ter é o representar-se maior é o consumir pelo consumir. O individuo na intenção de enquadrar-se nestes moldes, torna-se neurotizado, vivendo a Síndrome do Paraíso Perdido, atraindo para si e para o seu meio, toda sorte de conflitos e mazelas.
A saída então, neste vislumbre, seria buscarmos os mecanismos salutares, que nos levariam aos altos ideais da realização de nossa essência verdadeira, para tanto, requer-se de cada um de nós, a empreitada pelo caminho estreito, Crístico por assim dizer, para que galguemos instâncias substanciosas, que nos conduzam ao caminho de nossa salvação e realização individual, exemplos e símbolos são o que não faltam para nos propiciarem roteiros seguros, norteadores de nossa magnífica trajetória no bem viver e existir.

Ao procedermos a TRAVESSIA NOTURNA de nossa alma individual, estaremos, por seu turno e decorrência, operacionalizando nossa essência individual, ativando altruisticamente nossa catedral interna contida na "alma mundi", já que pressupostamente intercambiamo-nos sobejamente com a mesma, portando-nos como luminescentes aparelhinhos transformadores de caos divino em ordem divina, donde e quando postaremos na máxima do Evangelho de Cristo de que poderemos fazer obras iguais ou maiores do que Ele, desde que trabalhemos para os Céus carregando responsável e humildemente nossa cruz, respeitando e amando nossos irmãos.









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