O HOMEM QUE NAO QUERIA MORRER
Autor Alberto Carlos Gomes Lomba
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 22/09/2010 09:58:36
Desde que se apaixonou por Emanuelle, o bioquímico Jeancarlo tinha como proposta de vida nunca morrer.
O seu amor, ou paixão, era tão grande, pela jovem advogada, que se dedicou a pesquisar um elixir de longa vida.
Por isto passava horas e horas trancado em seu laboratório, fazendo testes com cobaias.
A finalidade destas pesquisas esbarrava num grande problema. Como viver eternamente e envelhecer ao mesmo tempo?
Por isto o elixir, alem de prolongar a vida, teria que conservar seu corpo sempre jovem, saudável e bonito.
Outro questionamento, que se fazia, era quanto a Emanuelle. Valeria a pena ela ter acesso a esta formula mágica? E se depois de um século enjoasse dela?
Não. Isto jamais aconteceria. E nem queria pensar neste assunto, pois sua proposta de vida eterna se baseava no seu grande amor.
Emanuelle, por sua vez, andava meio preocupada com as atitudes do namorado. Embora amante fervoroso, de dar inveja a qualquer homem, andava arredio.
E o tempo ia passando e nada de Jeancarlo chegar a um denomidor comum.
Suas infelizes cobaias ao receber alguma formula, que ele julgava ser a final, morriam se estrebuchando, para desanimo total do cientista.
Assim em alguns períodos lacrava o laboratório e corria para os braços de sua amada, tirando a ma impressão de que estava arredio e antisocial.
Curtiam momentos inesquecíveis com passeios, j jantares viagens e tudo que desse prazer.
Mas era nestes momentos que ficava deprimido ao observar seu corpo envelhecendo, bem como de sua musa.
Logo tomou uma decisão final e fatal. Não iria esmorecer a exemplo dos alquimistas que desistiram de transformar ferro em ouro.
Avisou a amigos, parentes e a namorada que faria uma viagem para se especializar em novas técnicas de sua área de trabalho.
Em seqüência, de forma sorrateira, se trancou no laboratório sem antes estocar comida e águia.
Eureca. Finalmente descobrira poção mágica.
Num ritual programado sentou-se na poltrona e sorveu um gole do elixir.
Calor, calafrio, visões destorcidas e Jeancarlo desmaia. Um tempo depois acorda. Levanta-se e procura um espelho.
La estava o homem mais bonito, mais saudável que apareceu na face da terra.
Feliz, saiu correndo a procura de Emanuelle.
Ao abrir a porta, do que teria sido seu laboratório, observou que estava sozinho no universo.
E assim ficou vagando por toda a eternidade como
corpo estranho parte de um planeta que acabara há séculos.
E como dizia o filosofo grego Aristóteles:” Antes de qualquer empreitada analise bem o caminho, e as conseqüências, para que não seja iludido pela razão”.
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