O impacto da separação dos pais sobre os filhos
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Autor Elizete Maria Oliveira Rodrigues
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 8/6/2005 4:33:45 PM
Antes de fazermos uma compreensão do impacto que uma separação dos pais pode ocasionar nos filhos precisamos compreender o significado de família. A família a que nos referimos é aquela que significa mais que a soma das partes que a constituem; engloba um sistema emocional que se move através do tempo, ou seja, de geração a geração.
Hoje, podemos dizer que a família se apresenta convivendo com 3 a 4 gerações em função do aumento da expectativa de vida. As famílias se apresentam cada vez mais com apenas um único progenitor, resultado das separações e divórcios.
A separação e o divórcio vêm materializar o fim de uma união com ruptura de vínculos afetivos profundos. Novas adaptações são necessárias pois a experiência do divórcio torna-se estressante para todo o sistema familiar. Muitos casais adiam esse confronto da separação, nem levam em consideração essa hipótese, deixando emergir relações infelizes em nome dos filhos. Dependendo da situação, os pais podem e devem se separar e viver com ou sem uma nova união, pois a separação não é uma tragédia insolúvel, pois a maternidade e a paternidade se mantêm indissolúveis.
A relação pais e filhos, estejam os pais separados ou não, é ou deveria ser uma relação educadora. As crianças pequenas que não têm nenhuma lembrança do divórcio se ajustam melhor com o passar dos tempos. Aqueles que lembram da família anterior ao divórcio o consideram como evento central da infância.
Novos arranjos são necessários para a guarda dos filhos, pois eles precisam de um relacionamento qualitativo e contínuo com os pais. Necessitam de segurança e de solidez após a separação para não sentirem hóspedes de duas casas e filho daquele que saiu de casa.
Muitos adolescentes que conviveram com atritos conjugais na infância julgam resolução do impasse emocional que os pais precisam sair. É importante evitar a decisão de papéis, onde com um dos pais o filho se divide e com o outro obedece.
Uma separação pode ser traumática para um filho adolescente e não ser para uma criança pequena. Vai depender como essa função de parentesco é exercida. É desnecessário um divórcio emocional. Vale a pena se pensar em áreas de risco que fazem uma separação ser difícil para as crianças tais como: ser espiã ou mensageira do casal que não se fala; conflito de lealdade com um dos pais ou com os dois; um parceiro falar mal do outro; filho assumir papel adulto, ser usado para conseguir mais dinheiro ou melhorar o lado financeiro e também sentir a sensação de abandono.
Entrar num acordo de co-paternidade é uma das opções se os pais possuírem a capacidade de flexibilidade, cooperação e negociação para redefinir e estabelecer essa relação, provendo, assim, o equilíbrio emocional dos filhos que é preservado quando a sociedade familiar é preservada, dando direito aos filhos a um acesso relacional igual com o pai e com a mãe.
Elizete Maria Oliveira Rodrigues
Psicóloga Clínica - CRP 12/03045
Especializada em Terapia Familiar Sistêmica
(48) 257-1767 e 9919-4881
Texto revisado por Cris
Avaliação: 5 | Votos: 8
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