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O legado de um gênio

Atualizado dia 5/8/2006 9:27:45 PM em Autoconhecimento
por Flávio Bastos


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Como foi que Sigmund Freud começou tudo? Na verdade, foi com um consultório, uma cadeira, um divã e uma atitude de interesse pelo problema do paciente que ele começou a evoluir, partindo exclusivamente de observações pessoais. Na continuação do seu esquema deu-se conta de que podia descobrir muito mais que até então, já que, na verdade, a chave de tudo estava em ouvir o inconsciente, embora, a esse tempo, houvesse ainda muito de intuição.

A partir desse conhecimento, tudo foi feito com o objetivo de formular um processo terapêutico que, através de uma série de interrelacionamentos de fatos, os quais apropiadamente instigados por processos técnicos (abordagens), ensejariam efeitos terapêuticos.

Se hoje a investigação do inconsciente evoluiu além da vida intra-uterina associando-se à teoria da reencarnação, é porque lá atrás, no tempo, existiu um gênio que, através de observações preliminares o levou a um vasto número de complexas teorias acerca da personalidade. Teorias estas que, de forma incansável, continuou a revisar por toda a sua vida, sempre em função das observações clínicas.

Na verdade, na época de Freud a teoria psicanalítica criou uma revolução na concepção e no tratamento dos problemas afetivos, gerando, na opinião pública, um grande interesse pela motivação inconsciente, pela personalidade, pelo comportamento anormal e pelo desenvolvimento infantil.

Foi através da investigação do inconsciente pela técnica da "associação livre" em que o paciente se expressa livremente sem a intervenção do terapeuta, ainda muito utilizada nas terapias oficiais e também em algumas terapias alternativas, que Freud deixou registrado em uma de suas obras a impressão à respeito: "Quando me impus a tarefa de trazer à luz o que os seres humanos guardam dentro de si, não pelo poder compulsivo da hipnose, mas observando o que eles dizem e mostram, pensei que a tarefa fosse mais difícil do que realmente se mostrou ser. Aquele que tem olhos para ver e ouvidos para ouvir, pode convencer-se de que nenhum mortal pode guardar um segredo. Estando seus lábios silenciosos, fala ele com "a ponta dos dedos". E, traduzindo o significado de psicanálise, concluiu: "Assim, a tarefa de tornar conscientes os mais escondidos recessos da mente se torna perfeitamente factível".

Muitos dos objetivos hoje utilizados pelas terapias não oficiais no tratamento com seus pacientes seguem, fundamentalmente, os objetivos terapêuticos da psicanálise, ou seja, compreendem a reconstrução ou uma modificação importante dos padrões de personalidade e defesas básicas do paciente, bem como o alívio dos sintomas. Esse envolvimento com a psicologia do ego, que é uma compreensão da estrutura do caráter básico do indivíduo, torna-se imprescindível à medida que considerarmos haver um interesse em relação aos fatos do passado (incluindo outras vidas), devido às marcantes influências na vida emocional do paciente.

Independentemente da linha ou do método terapêutico desenvolvidos em nossos consultórios, temos que ter bem claro que "investigar" é uma palavra que foi adotada por Freud por denotar uma grande força e quando se trata de investigar temos de nos pautar por normas nítidas de abordagem, por termos um objetivo, uma hipótese a presidir o nosso raciocínio, pois só assim chegaremos aos nossos objetivos, vez que o trabalho nos consultórios se reveste de alta complexidade, já que o princípio fundamental são os processos inconscientes que determinam o comportamento humano.

Portanto, uma antiga e sábia passagem da cultura chinesa, simboliza o preparo que, necessariamente, o psicoterapeuta deverá ter ao lidar com a complexidade da realidade interna de seu paciente:
Um príncipe chinês ao receber um amigo sábio em sua corte:
Quem tenho diante de mim?
Responde o amigo:
Eu não faço a menor idéia.


Uma outra, reveladora de seu espírito científico, refere-se à cura como um leque aberto à possibilidade do surgimento de novas metodologias que contemplem o bem estar do ser humano: Considero inteiramente justificável recorrer a métodos mais convenientes de cura, desde que haja qualquer perspectiva de se conseguir alguma coisa por meio deles.

Se somos hoje psicoterapeutas oficiais ou alternativos com nossas metodologias e óticas distintas devemos, e muito, ao legado que Sigmund Freud nos deixou: a firme estrutura da obra do futuro que está sendo, por nós e pelas próximas gerações, edificada. Depois dele tudo ficou mais fácil!

Psicanalista Clínico e Reencarnacionista.
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Texto revisado por Cris

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Conteúdo desenvolvido por: Flávio Bastos   
Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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